feiticeira • entre uchihas e senjus

• é você que eu quero •

ITSUKI:

    Estou na casa de S/n - que também é minha casa - arrumando algumas coisas, quando ouço batidas na porta. Corro até lá para atender, mas meu corpo fica tenso quando dou de cara com Izuna.

— Oi. -minha voz saiu baixa.

— Oi. -ele respondeu, um pouco rouco.

— S/n não está. -informei imediatamente.

— Eu não vim vê-la, vim ver você.

    Engulo em seco, uma quantia de saliva que parece mais com uma bola de pêlos áspera passando pela minha garganta. Me mantenho firme, mesmo que por dentro esteja quase surtando.

— Aconteceu alguma coisa? -perguntei, coçando a nuca.

— Posso entrar?

    Meu Kami, não sei se fico nervoso ou irritado quando ele entra sem nem esperar a minha resposta. Parando no meio da cozinha, Izuna olha ao redor parecendo analisar a casa. Torci o nariz e cruzei os braços.

— Fala logo. -exigi, impaciente. — Se a S/n chegar, vai pensar coisas.

— E daí? -ele deu de ombros. — Pode trancar a porta.

— Não. -respondi rápido.

— Então deixa aberta. -concluiu, se aproximando.

    Recuei até encostar na parede. O Uchiha se aproxima de mim descaradamente e coloca as mãos na minha cintura. Mesmo que a minha consciência diga que é errado, o meu corpo corresponde totalmente ao contrário.

— Eu quero experimentar. -ele diz.

    Minhas sobrancelhas se unem e eu encontro forças para empurrá-lo para longe. Paro de frente para ele, há uma distância segura e levemente ofegante.

— O que você pensa que eu sou? -perguntei, irritado. — Eu não sou nenhuma cura hétero não, Uchiha.

— Eu não disse que é.

— Então por que quer me usar para fazer um teste? Se vira, arruma outro! Tem vários gays em Konoha, sabia disso? -cruzei os braços e virei o rosto.

— Por que eu iria querer experimentar outro homem se o único que me despertou essa vontade foi você? -disparou.

    Meu coração errou uma batida agora, tenho certeza. Começo a gaguejar e me enrolo com as palavras, sem saber direito o que responder. Já faz muito tempo desde que criei uma tensão assim com alguém, então não sei como reagir e nem sei se isso é bom ou ruim.

    Decido passear os meus olhos por esse garoto. Ele é bastante atraente e carrega um olhar sombrio, algo que eu gosto bastante. Mas, ele é um Uchiha, afinal de contas. Todos eles são assim, por isso a S/n é rendida igual uma cadela para aquele líder.

— Fala alguma coisa! -Izuna pediu.

    Balancei a cabeça para ambos os lados, me livrando daqueles pensamentos. Estufei o peito e tive uma ideia.

— Eu te dou um beijo e você vai embora. -ergui o indicador. — Se você ainda quiser isso amanhã, conversamos melhor.

    Um sorriso malicioso surgiu nos seus lábios enquanto o seu olhar mudou notoriamente, como se tivesse assumido uma postura de predador. Mesmo que eu seja o mais experiente aqui, me sinto intimidado com essa presença.

    Izuna de repente caminha até mim e segura o meu rosto com ambas as mãos, aproximando nossos rostos. Não movo um músculo, aguardando a sua atitude.

    Seu nariz encosta no meu e nossos lábios roçam um no outro. Ele deve estar pensando que eu vou avançar, mas continuo imóvel, mesmo que desejando isso mais do que tudo agora.

    Então, ele finalmente toma a atitude e me beija. De início, percebo que ele age estranho, mas basta apenas alguns segundos para que ele se solte e explore a minha boca sem nenhum pudor.

    Retribuo na mesma intensidade, nem mais e nem menos. Ele separa o beijo algumas vezes somente para mordiscar o meu lábio e logo volta a me beijar. Suas mãos impuras passeiam pelo meu corpo, apertando e massageando as minhas costas e o meu bumbum. Preciso pensar em coisas broxantes, senão vou ficar duro e ele vai notar.

    Eu sei que ele está testando os meus limites, mas de qualquer modo, eu avisei que seria apenas um beijo. Reúno forças e me afasto, empurrando o seu peito para longe. Olho para o seu rosto e percebo que ele está corado e com o olhar sedento, deixando transparecer a imagem do garotinho inexperiente que é.

    Como eu não vou ficar duro vendo isso? Inferno!

— Eu tenho certeza de que é isso que eu quero. -ele respondeu ofegante.

— Durante o prazer, sempre é. -respondi, sentindo as minhas bochechas quentes.

    Desço o olhar até a barra da sua calça, notando uma ereção discreta naquela região. Voltei o olhar para o seu rosto e não contive um riso fraco.

— Eu só vou esperar até a noite. -ele avisa, segurando a minha mandíbula com uma mão e apertando com certa firmeza. — Se você não for até mim, eu virei até você.

— É melhor você ter cuidado, ou pode acabar viciado em mim. -brinquei.

— Eu sei. -ele assentiu. — E eu digo o mesmo para você.

    Finalizando com essas palavras, Izuna deu as costas e saiu da minha casa em passos firmes e apressados. Me vendo sozinho, me atiro no sofá e fico relembrando de tudo.

    Meu Kami, o que foi isso? Levo os dedos até a boca e, se eu me concentrar bastante, ainda posso sentir as mordidas que ele me deu.

    Olho para as minhas calças e percebo que estou duro. Bom, bater umazinha não mata ninguém, não é mesmo? Levanto e corro até o banheiro para tomar um banho e me aliviar.

    Esses Uchihas não negam o tal katon que possuem. São quentes como o inferno.

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N/A: Uma dúvida, gente: vocês querem hot desse casal? Eu pergunto porque não sei se todas estão de acordo e afins, então...

Finalmente rolou, hein. Izuninha, sempre desconfiei, Hehehe.

Até o próximo cap ❤