• despedida temporária •

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S/N:

    Tobirama e eu chegamos em um restaurante simples bem no centro de Konoha. Os olhares curiosos pesam sobre nós, mas o Senju parece não se importar muito com isso. Fizemos nossos pedidos e aguardamos.

— Você é tipo uma celebridade. -comento, torcendo o nariz.

— Um pouco. -deu de ombros.

— Esses olhares não deixam você desconfortável? -perguntei.

— Não.

— Eu fico um pouco. -confesso, passando a mão na nuca.

— Mas estão olhando para mim e não para você. -arqueou uma sobrancelha.

— Se eu estou andando com você... -reviro os olhos.

— Apenas ignore. -aconselhou.

    Nossas bebidas chegaram. Optei por um chá verde - que é o único que eu gosto -, enquanto Tobirama pediu saquê.

— Bebendo álcool ao meio dia? -não contive a pergunta, fazendo uma careta de estranheza.

— Cuida da sua vida. -resmungou enquanto servia um copinho da bebida.

— Vai virar um bêbado. -suspiro, dando um gole do meu chá.

— Problema meu. -deu de ombros.

— Argh, você é amargo. -rosnei descontente.

— Sou um doce. -me olhou de canto. — Com quem merece. -concluiu.

— Eu não faço nada de errado.

— É insolente.

— Sou assim porque você é amargo. -me defendo.

— Eu sou autoridade aqui. -cerrou as sobrancelhas.

— Sobre mim você não tem autoridade alguma. -sorri travessa. — Só no campo de batalha e treinamento. Fora de lá somos amigos.

     Ele me olhou confuso e deixou o copo sobre a mesa. Fico encarando seus olhos naturalmente vermelhos enquanto espero ele falar.

— Amigos? -perguntou de um jeito debochado.

— Eu considero você meu amigo, oras. -cerro o cenho. — Só vi você sorrir durante as nossas conversas, sei que no fundo você gosta de mim.

— Mas eu não considero você uma amiga. -arqueou uma sobrancelha.

— Problema seu. -soltei uma risadinha e ele fez o mesmo. — Viu, comigo você ri.

— É porque eu fico surpreso com o tanto de bobagem que sai da sua boca. -ele disse. — Quando eu penso que não pode piorar, você solta mais uma asneira. É por isso que eu sorrio, porque fico surpreso com tanta petulância.

— Para de gracinha, só está disfarçando. -dou um tapinha no ar.

— Nunca conheci uma garota como você. -ele disparou, ficando sério de repente.

    Por que eu sinto que o clima entre nós mudou em questão de segundos?, penso comigo mesma. Meu coração dispara e eu começo a me sentir nervosa. Tudo muito rápido.

— Como assim? -perguntei.

— A maneira que lida com os seus demônios. -se escorou na cadeira e ajeitou a postura. — E a coragem que você tem. -acrescentou. — É admirável.

— Oh, fico lisonjeada, mestre Tobirama. -brinco, fazendo uma pequena reverência.

    Ele revira os olhos e olha para outra direção, ignorando o meu olhar. Não escondo o meu sorriso, pois amo receber elogios, principalmente quando não são sobre o meu físico e sim sobre e meu interior.

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora