• pureza •

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S/N:

    Conforme fomos bebendo com a senhora Masu e os parentes dela, fomos nos soltando cada vez mais. Madara já não estava reprimido, estava normal. Essas missões longas e responsabilidades exigem muito de nós, então é compreensível o cansaço de todos.

    Exceto Itsuki e Izuna. Eles nunca estão cansados. Os dois já pegaram a senhora Masu e jogaram a velha para cima umas cinco vezes, dançando e gritando junto dos parentes dela. Não tem como não rir aqui, é muito agitado.

    Ouço o som de batidas na porta principal, mas parece que ninguém mais ouviu. Peço licença e saio da sala de estar para ir atender. É Kagami, com Koji.

— Trouxe ele. -o garoto disse. — Está com sono, brincou muito.

— Obrigada, Kagami. -sorri, segurando a mão de Koji que coçava um dos olhos e bocejava. — Boa noite.

    Ele assentiu e se retirou. Fechei a porta e guiei Koji até o banheiro, para que tomasse banho e pudesse dormir.

— Estou com sono, não queria tomar banho, tia. -ele confessou.

— Deixa de ser porquinho. -bufei, ligando o chuveiro. — Pode brincar um pouco, mas vê se lava direito a bunda e o tico.

    Ele torceu o nariz, descontente, mas assentiu. Ajudei ele a tirar as roupas e saí do banheiro para buscar peças limpas e toalhas. Sorte a minha que sempre deixo roupas extra para ele aqui.

    Estou saindo do quarto da senhora Masu - que é onde guardo as roupas de Koji - quando encontro Madara no corredor. Estava com uma feição séria, mas relaxa a expressão quando me encontra.

— Pensei que tivesse ido embora. -ele diz, se aproximando.

— Koji já chegou, está tomando banho. -informei.

    Ele coloca ambas as mãos na minha cintura e me empurra até a parede, me beijando com malícia. Retribuo no primeiro momento, mas percebo as suas intenções e o empurro, separando o beijo.

— Eu tenho que cuidar da criança. -lembrei, rindo.

— Ah, deixa ele lá. -aproximou o rosto do meu pescoço.

— Para. -o empurrei novamente, fugindo. — Vou colocar ele para dormir primeiro, depois eu encontro você.

    O Uchiha concordou, mesmo contra a sua vontade, e parou de tentar me provocar. Me afasto dele e volto até o banheiro, encontrando Koji brincando com a água.

— Já se lavou? -perguntei, colocando as roupas dele e a toalha penduradas em um suporte.

— Não. -ele respondeu, sorrindo.

— Deixa que eu te lavo rápido.

    Peguei o sabonete e comecei a lavar o menino, que estava despreocupado brincando com um pote de creme. Lavei o seu bumbum e quando o virei de frente para mim, reparei em um hematoma bem pequeno no seu ombro.

— O que é isso? -torci o nariz, apertando o local e vendo Koji fazer uma careta de dor.

— Ai, tia! -reclamou.

— Você brigou? -cerrei o cenho.

— Eu caí enquanto estava brincando com os meus amigos. -respondeu, também cerrando o cenho. — Não briguei, não. Eu juro!

— Hum. -o analiso, arqueando uma sobrancelha. — Acho bom que não. Vou conversar com o shodai amanhã sobre isso.

— Eu não contei para ele que eu caí. -confessou timidamente.

— Por quê?

— Ele não ia mais me deixar brincar em cima da árvore!

— Mas você tinha que ter falado! -dei um peteleco na sua testa. — Vamos sair logo, já está ficando frio e você tem que dormir. -terminei de lavar o corpo dele, apressada.

— Você só quer que eu durma para poder brincar com os seus amigos e com a senhora Masu. -resmungou ele, descontente.

    Peguei a toalha e enrolei o menino.

— Não estamos brincando, estamos bebendo. -corrigi. — É coisa de adulto, você não pode ficar junto com a gente.

— Que droga! -reclamou.

— Olha essa boca suja! -repreendi.

    Ajudei Koji a se secar - porque ele é muito lento - e também o ajudei a vestir o pijama. Assim que ele já está pronto, coloco ele sentado na tampa fechada da privada e começo a pentear o seu cabelo.

— O seu cabelo está enorme! -observei. — Não quer cortar um pouco, não?

— Quero deixar comprido igual ao do tio Madara. -respondeu, balançando os pézinhos que ainda não encostam no chão.

— Mas o cabelo do Izuna também é comprido. -lembrei, sorrindo.

— Mas eu não quero ser igual ao tio Izuna. -torceu o narizinho.

— Ai, Koji. Você não precisa ser igual ao Madara. -falei. — Eu sei que você o admira, mas você tem que ser quem você é.

— Eu quero ser forte igual a ele! -ele mostrou o músculo do braço, que nem existia ainda. — E ter o cabelo igual ao dele também, mas não quero copiá-lo.

— Uhum. -murmurei, desacreditando.

    Peguei o menino no colo e o carreguei até o quarto de Madara, onde eu o faria dormir pois a cama é a maior da casa. Coloquei Koji deitado  deitei ao seu lado, cobrindo nós dois com o lençol.

— Será que a minha mãe vai voltar, tia?. -ele perguntou com o polegar na boca, pois sempre chupava o dedo para dormir.

    Meu coração fica acelerado, eu jamais esperava por isso. Ele parece neutro sobre esse assunto, provavelmente porque não lembra muito bem de como era estar com a sua mãe. De qualquer forma, é triste ver uma criança tão inocente tendo que conviver com isso.

— Não vai, Koji. -fui sincera. Não adianta mentir.

— Eu não lembro muito bem do rosto dela. -ele desviou o olhar. — Ela era bonita igual você, tia?

— Era linda, pode ter certeza. -sorri fechado. — Não pense muito nisso agora. Vamos dormir?

    Ele assentiu e virou de costas para mim. Comecei a cantarolar uma melodia qualquer até que ele pegasse no sono.





























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Não é o último cap gente, senti falta de pôr mais algumas info, então relaxem kskskskdk

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora