• verdadeira face •

2.9K 382 372
                                        

S/N:

    Chegamos na sala das refeições e meu corpo congela ao ver tantas opções diferentes de pratos para o café da manhã. Solto a criança no chão e me aproximo da mesa, hipnotizada com tanta comida e já salivando de fome.

— Essa garota tem uma solitária no estômago. -Amaya brincou com as funcionárias.

— Ah, cala a boca. -brinquei, revirando os olhos.

    Aos poucos, todas as funcionárias e ajudantes saem da sala, deixando apenas eu, Amaya, Koji, Itsuki e uma empregada, que era encarregada por cuidar da criança em tempo integral.

— Você não dá comida para o seu filho, não? -perguntei para Amaya.

— Eu brinco com ele, faço ele dormir, mas eu pago uma empregada para fazer o restante das coisas. -ela revirou os olhos e se serviu com um tanto de comida.

    Dei de ombros, afinal, o filho não é meu. Peguei um prato e me servi com o máximo de alimento que eu conseguiria comer.

— Eu acompanhei uma parte do seu treinamento, irmã. -Amaya puxou o assunto.

    Ela comia com muita educação, quase não tocando na comida, o que me lembrou a postura de Tobirama à mesa. Ela realmente não é a mesma mulher que eu me lembro.

— E? -arqueei as sobrancelhas, com a boca cheia.

— Mas eu não observei tudo. -continuou ela. — Ainda não sei sobre a metade das coisas que você sabe.

— Ah, eu me tornei uma kunoichi forte. -dei de ombros. — Graças à minha sensei.

— Entendi. -ela murmurou.

— Você vai ficar só parado aí me olhando? -encarei Itsuki. — Eu fico com vergonha de ter alguém me olhando assim, sabe, eu não costumo comer com muita educação e eu não gostaria que você me visse dessa maneira.

    Ele desviou o olhar e eu pude ver as suas bochechas ficando vermelhas. Gargalhei e dei um tapa na mesa enquanto ria, recebendo um olhar confuso da parte dele.

— Senta aí, garoto. Come alguma coisa. -falei, apontando para uma das cadeiras.

— Ele come depois, na cozinha, com os funcionários. -disse Amaya.

— Mas era só o que me faltava. -resmunguei.

— É protocolo. -ela insistiu.

— Ele tem que me obedecer, afinal, ele é o meu mordomo e eu estou mandando ele sentar e comer conosco. -falei pausadamente e em seguida voltei a encarar o garoto. — Vai, senta aí. Se você quiser, é claro. -sorri.

    Itsuki olhou para Amaya de soslaio e engoliu em seco. Seus movimentos são muito cautelosos, o que me dá a impressão de que a minha irmã não deve ser uma "rainha" muito caridosa.

— Desculpe, mas vou para a cozinha. -ele proferiu, se curvando rapidamente. — Se não se importa, S/n.

— Pode ir. -dei de ombros. Ele faz o que quiser da sua vida.

    O mordomo deu as costas e seguiu para fora da sala, me deixando sozinha com a minha irmã, Koji e a empregada que cuida dele.

— Esse símbolo na sua testa... -Amaya me olhou. — É a marca do byakugou?

— Sim. -arqueei uma sobrancelha. — Como sabe?

— Essa técnica é citada em alguns livros, mas poucos shinobis conseguiram adquirir. -explicou.

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora