feiticeira • entre uchihas e senjus

• amizade verdadeira •

NARRAÇÃO:

    Enquanto a vida de S/n estava virada do avesso, o clima em Konoha estava começando a se tornar incômodo.

— Já se passaram seis meses e ela não mandou nem uma carta. -Izuna reclamou com o seu irmão.

— Ela deve estar ocupada. -Madara deu de ombros. — Já deve ter encontrado outro garoto para chamar de "melhor amigo". -provocou.

— Eu mato ela. -o mais novo cruzou os braços, sentado em cima da mesa do escritório do seu irmão.

— Vaza, Izuna! -o líder o empurrou, irritado.

— Para de fingir, irmão! -o garoto reclamou, impaciente. — Você está curioso para saber como ela está. -afirmou.

— Se eu estivesse, já teria ido atrás dela.

— Você só não foi porque acha que seria imprudente ou desrespeitoso. -Izuna cruzou os braços. — Mas desde que ela foi embora, você passa o dia inteiro bêbado, se afundou no trabalho e não dorme direito.

— Cala a boca. -Madara xingou.

— Não calo! -o mais novo insistiu.

— Quem é você para dizer como eu devo agir? Você não para mais em casa, só tem feito missões.

— É assim que eu alivio a minha frustração e estresse. -deu de ombros.

    Izuna realmente não se importava com as provocações vindas de Madara, só queria saber como S/n estava depois de ter se passado tanto tempo. Ele temia que ela estivesse morta, mesmo sabendo que seria difícil para alguém conseguir matá-la.

— Hashirama disse que iria permitir as buscas assim que a filha dele nascesse. -o garoto lembrou. — O bebê já tem quatro meses e nós ainda não fomos.

— S/n não quer ser salva, e nem precisa, você está ficando maluco. -Madara continuou lendo alguns papéis.

— Bom, se você quiser ficar, não estou nem aí. -Izuna se colocou de pé e andou até a porta. — Eu vou ir atrás dela.

— Não faça coisas idiotas, garoto! -o líder rosnou.

— Idiota é você que fica só se lamentando e guardando esse sentimento ruim. -o garoto provocou. — O Madara de antigamente nunca faria isso. Se fosse antes, você teria ido atrás dela.

— Eu não tenho o direito de interferir na vida dela! Ninguém tem, nem você!

— Não vamos interferir, só vamos ver se ela está bem. -Izuna insistiu mais um pouco. — E sinceramente, é bom que você fique. S/n gostava do meu irmão mais selvagem e arriscado e não desse garotinho que você se tornou.

    Num piscar de olhos, Madara apareceu na frente de Izuna e segurou o pescoço do irmão mais novo contra a parede. Era notório que ele não estava bem e não era somente por S/n, mas também porque não conseguia mais se envolver com outras mulheres para se aliviar de todos os problemas que tinha em mente.

    Desde a primeira vez em que dormiu com aquela garota, ela havia se tornado única, e isso perturbava o líder como nunca antes.

— Eu já fui atrás dela uma vez. -ele revelou.

    Izuna arregalou os olhos e não respondeu, ficou apenas sustentando o olhar do seu irmão mais velho. Madara soltou o garoto e virou de costas, respirando fundo.

— Fui com uma equipe pequena, rastreamos ela. -explicou.

— E o que acharam? -o mais novo se via apreensivo.

— Encontramos uma espécie de barreira invisível, cuja não conseguimos quebrar de maneira alguma. -Madara se sentia extremamente incomodado em dizer aquilo, mas entendia que Izuna precisava saber. — Não tinha chakra, não tinha ninjas próximos, não tinha nada. Passamos dois dias escondidos e tentando, mas simplesmente não obtivemos resultado algum.

— Falou sobre isso com o hokage? -o garoto questionou.

— É claro que não. Hashirama não entende e eu não queria que muitas pessoas soubessem. -explicou.

— E os anciãos?

— Disseram se tratar de um feitiço desconhecido, ninguém sabe ao certo. -o líder voltou a andar e sentou-se em sua cadeira, pegando uma garrafa de awamori e dando um gole. — Ela não quer ser encontrada.

— Então vamos lá hoje mesmo! -Izuna decidiu, cheio de esperanças.

— Você ouviu ao menos uma palavra do que eu disse? -Madara ergueu as sobrancelhas.

— Eu vou gritar lá naquela barreira até alguém aparecer.

— Pode ser ela, mas pode não ser. -o mais velho tentou falar com paciência, mas era difícil com Izuna. — É arriscado para você e uma equipe.

— Fale por você. -o garoto deu de ombros e fez menção de sair do local.

— Já que é arriscado, vou com você. -Madara disse antes que Izuna saísse da sala. — Mas, sabe, só por ser arriscado mesmo.

    O mais novo abriu um sorriso radiante e finalmente saiu do escritório, agora mais animado do que nunca. S/n fazia falta para ele e o garoto já havia assumido isso para si mesmo. Izuna estava conhecendo uma garota legal e precisava dos conselhos da sua melhor amiga, pois cada passo novo que dava em sua vida, sentia ainda mais falta da petulância de S/n para animar o dia.