feiticeira • entre uchihas e senjus

• partindo em missão •

NARRAÇÃO:

    S/n e Madara vão até o território dos Uchihas, de onde partirão com a equipe. Os membros do esquadrão não gostaram muito de ter uma mulher com eles, pois os únicos que já haviam trabalhado ao lado de S/n foram Izuna e Madara. O restante da equipe havia sido recém recrutada.

— Boa noite. -ela disse assim que chegou.

— Oi, S/n-chan! -disse Izuna, sorrindo.

— Uma mulher? -um dos homens torce o nariz. — Uma única mulher? Seria preciso umas três delas para valer por somente um de nós. -ele ri junto de outro homem.

— Eu não precisaria usar nem a metade de mim para acabar com essa sua cara de c.... -a garota rebateu, mas Izuna cobriu a boca dela antes que terminasse a frase.

— Ele é o mais velho aqui. -o garoto sussurrou antes de soltar S/n.

— Sem mais interrupções! -o líder ordenou. — O plano é o seguinte...

— Da próxima vez que você cobrir a minha boca eu quebro a sua mão! -S/n sussurrou perto de Izuna, bem baixo para que Madara não ouvisse.

— Eu estava protegendo você de levar uma bronca, sua ingrata! -ele sussurrou de volta, fechando a mão em punho perto do peito.

— Se quisesse me proteger teria falado alguma coisa, e eu nem pedi a sua ajuda. -a garota também cerrou o punho perto do peito.

— Sorte a sua que o meu irmão está ali, senão eu quebrava a sua cara! -Izuna aproximou o rosto na direção de S/n, rangendo os dentes.

— Repete isso quando ele não estiver por perto, então. -a garota deu uma cabeçada no Uchiha.

    Os dois estavam atrás dos outros integrantes da equipe, e por serem menores do que os mais velhos, não estavam na mira direta de Madara - que estava falando sobre o posicionamento para o campo de batalha -.

    S/n e Izuna ficaram empurrando a cabeça um do outro usando suas testas, brigando da maneira mais discreta que conseguiam, mas o líder percebeu e não se agradou com aquilo.

— Estão ouvindo? -Madara chamou num tom firme.

    Os dois pararam o que estavam fazendo e olharam na direção do líder, mostrando seus melhores sorrisos falsos. Assim que Madara prosseguiu com a explicação, S/n e Izuna deram uma última olhada um para o outro e então cruzaram os braços e viraram os rostos na direção oposta, emburrados.

— É isso. -o líder finalizou a explicação.

    A equipe partiu para a missão.

    Izuna e S/n se gostavam, mas não no sentido romântico. Bem longe disso, os dois tinham um grande potencial para serem ótimos amigos, mas eram tão parecidos que não se suportavam por muito tempo. Izuna era a versão masculina de S/n, e aturar uma versão de si mesmo não é algo muito bom na prática. 

• • •

    O esquadrão já estava viajando há algumas horas quando fizeram a primeira pausa para descanso. Seria um total de três pausas antes de chegarem no local da missão.

    A equipe de Madara consistia em nove ninjas de elite e um ninja médico. Muito mal contado? Sim, mas a verdade é que S/n não era uma ninja especial. Ela estava em treinamento prático, ou seja, era acrescentada em missões mais básicas para aprimorar as habilidades que treinou até então.

    A equipe inimiga consistia em uma média de dez à quinze ninjas, de acordo com a contagem de Hashirama. Não seria uma tarefa muito difícil, mas eles não podiam abrir a guarda. No meio de uma guerra, absolutamente tudo poderia acontecer e eles precisavam ficar em alerta O tempo inteiro.

    S/n estava faminta, então ingeriu suas pílulas de comida assim que pararam de correr. Ela não havia comido direito antes da viagem, mas estava planejando fazer uma refeição assim que a tarefa fosse concluída. Era uma motivação para concluir a missão mais rápido e com êxito.

    Madara foi instruído pelo hokage a tratar S/n da melhor maneira que conseguisse. Depois das coisas que Amaya disse, eles precisavam ter cuidado com ela. O mínimo descontrole seria o suficiente para que a irmã fosse buscá-la, e isso poderia gerar um conflito ainda maior.

— Vamos parar por quinze minutos e logo voltamos! -disse o líder, se retirando para checar as redondezas de onde estavam.

    S/n deitou-se bem longe dos outros membros da equipe para conseguir descansar. As pílulas de comida fizeram efeito e ela não estava mais com fome, mas não era como se tivesse feito uma refeição completa ainda.

— Vou ficar aqui com você. -Izuna se aproximou.

— Não fique me perturbando. -ela pediu, de olhos fechados e com as mãos atrás da cabeça.

— Você é muito preguiçosa. -ele reclamou. — Andamos só algumas horas e você já deitou.

— Eu gosto de lutar, não de correr. Se eu gostasse de correr, estaria em uma maratona e não em uma missão desse tipo. -ela rebateu.

    Izuna cerrou o cenho, mas decidiu não rebater. Ele permaneceu sentado ao lado dela, com as pernas cruzadas.

— Sabia que o meu irmão planejava tratar você mal? -disse o garoto, rindo.

— Não seria nenhuma novidade. -S/n riu também. — Mas por quê?

— Ele tinha medo de ser enfeitiçado igual o Senju foi. -confessou.

    S/n ajeitou a postura e sentou ao lado de Izuna, para conversarem melhor. Ela ria divertida, pois aquilo já não era mais um assunto que a incomodava.

— É possível, viu. -a garota respondeu. — Até mesmo você corre esse risco. Eu enfeitiçei o Senju sem querer, não controlo isso.

— Não é possível. -Izuna garantiu. — Andamos pesquisando um pouco sobre.

— Pesquisaram? -ela se interessou. Os olhos brilhando em curiosidade.

— Sim. -ele deu de ombros. — Quem possui um doujutsu, não é afetado pelo seu "encanto". -riu. — É, você não é tudo isso, não. Estamos protegidos de você.

— Não mudaria nada, porque eu não quero nada com vocês mesmo. -ela riu, dando um tapa no braço de Izuna.