S/N:
Após caminhar por um tempo com a ajuda das muletas, finalmente chegamos em um lugar que eu nunca havia visitado antes. É um campo extenso e há uma cachoeira mais a frente. A grama está mediana, há algumas flores dispersas pelo local e uma árvore bem grande, afastada de todas as outras. Em partes isso me lembra o local onde encontrei a minha irmã pela última vez, o que me faz sentir vontade de chorar.
— Quando os nossos companheiros morrem e nós não conseguimos recuperar os corpos, viemos até aqui para homenageá-los. -Madara explicou. — É um lugar que transmite tranquilidade e paz.
Olho para o céu, que está limpo e ensolarado. Uma brisa leve e gélida passa pelo meu corpo, balançando os fios do meu cabelo que eu coloco para trás da orelha.
— Realmente. -concordei, enchendo os meus pulmões com esse ar puro e refrescante. — Já estive em um lugar parecido, foi onde vi Amaya pela última vez.
Madara não responde, apenas continua com o rosto erguido na direção do céu e com os olhos fechados, visivelmente aproveitando a sensação de estar em um lugar bonito como este.
Meus olhos passeiam pelo campo, como se quisessem gravar cada detalhe daqui. Olho na direção da grande árvore e não consigo evitar de imaginar Amaya lá embaixo, mesmo sabendo que isso não vai acontecer.
De qualquer forma, fico feliz em pensar que vou para um lugar parecido quando eu morrer. Bom, pelo menos eu acho.
— Eu vou me ausentar por um tempo. -Madara finalmente se pronunciou. — Vou precisar resolver alguns assuntos fora de Konoha.
Olho para o seu rosto enquanto processo a informação. Bom, é o trabalho dele, não posso contestar. E se tudo der certo, em breve poderei voltar a realizar missões por mim mesma também.
— Por quanto tempo? -perguntei.
— Não sei. -ele deu de ombros, voltando a encarar o céu. — Eu tenho certeza de que eu não vou morrer, sabe, eu vou voltar vivo uma hora ou outra. -disse, convicto. — Mas eu não posso ser egoísta ao ponto de pedir para que você espere por mim.
— O que você quer dizer? -uni as sobrancelhas em confusão.
— Você pode conhecer um homem melhor do que eu, se apaixonar e viver a sua vida como bem quiser. -ele vira-se de frente para mim. — Mas antes, eu quero que saiba todas as minhas intenções com você e como tudo começou.
— Você está inseguro. -observei. — Mas por que eu esperaria por alguém que jamais esperaria por mim? -cruzo os braços.
— Posso te mostrar? -ele ativou os sharingans.
Engoli em seco, lembrando-me daquele dia com Izuna. De qualquer forma, não acho que Madara me colocaria em um tsukuyomi agora. Mesmo um pouco hesitante, faço um movimento de concordância com a cabeça e ele segura os meus ombros delicadamente.
Segundos depois, tudo ao nosso redor muda. De repente, estamos no quarto dele, como era antigamente. Olho na direção da cama e vejo que estou deitada ao lado do Uchiha. Isso me assusta.
— Foi nesse dia. -ele diz.
Só agora entendo que estou presenciando as suas lembranças como se fosse uma espectadora. Presto atenção naquele momento. Eu estava dormindo profundamente.
— Nossa, eu sou horrível dormindo. -torci o nariz.
Madara não respondeu, estava mais sério do que o normal. Continuo observando até que a sua versão antiga se apóia em um dos cotovelos e fica me olhando dormir.
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feiticeira • entre uchihas e senjus
FanfictionOnde Hashirama abriga uma jovem órfã em sua aldeia e o seu irmão assume o treinamento da garota. S/n teve a sua família assassinada por serem portadores de um poderoso kekkei genkai, cujo ela foi instruída a esconder de tudo e todos. Após passar a s...
