feiticeira • entre uchihas e senjus

• agitação •

NARRAÇÃO:

    Izuna estava triste por ter sido completamente ignorado por S/n no escritório. Madara também havia sido bastante ignorado, mas não se importou muito, pois entendia que ela estava confusa por ter chegado há tão pouco tempo na vila e provavelmente ainda estava brava com eles.

— Será que ela vai voltar ao normal? -Izuna perguntou ao seu irmão.

— Ela só precisa de tempo para se readaptar aqui. -o mais velho não deu muita importância. — Você pode pedir desculpas para ela numa outra hora.

— Mas eu quase não lembro do que aconteceu, como vou pedir desculpas? Não seria algo genuíno! -Izuna protestou, nervoso.

— Pare de pensar nisso e pense nos seus três relatórios atrasados. -Madara bagunçou o cabelo do irmão. — Hashirama já disse duas vezes que vai cortar o seu salário, não acho que vai haver um terceiro aviso.

— Argh! -o mais novo resmungou.

    Enquanto isso, o trio de S/n, Mito e Itsuki chegavam na casa da Uzumaki. Ela insistiu em oferecer um almoço reforçado, mesmo que os dois mais novos tenham negado a todo custo.

— Eu já mandei as empregadas prepararem um almoço, pois você está precisando de nutrientes e eu sei que gosta de comer. -Mito disse, entrando em casa.

    Estava tudo diferente lá depois da chegada do bebê, e S/n reparou isso logo que entrou. Os três se aproximaram da mesa que já estava posta.

— Eu sempre deixei claro durante o nosso treinamento que você ainda precisa dos cuidados básicos de uma pessoa normal, apesar do byakugou e ninjutsu médico. -a Uzumaki repreendeu S/n. — Parece que você não escutou!

— Eu escutei, mas me ocupei pensando em tantas outras coisas e acabei esquecendo do básico. -a garota respondeu.

    Itsuki já estava comendo, pois se soltava facilmente perto de outras pessoas. Quando S/n o conheceu, ele não era assim, provavelmente por conta do feitiço de Amaya que sempre esteve sobre ele.

    As duas começaram a comer e, quando S/n provou o tempero da comida, perdeu a vergonha e encheu um pratão.

— É isso aí. -Mito sorriu. — Está voltando ao normal.

    Enquanto os três jogavam conversa fora, do outro lado da aldeia, Tobirama finalizava o seu relatório acompanhado por Hiruzen. O garoto estava aprendendo muito com o seu mestre e o Senju via muito potencial ninja em Sarutobi, o suficiente para até mesmo cogitar nomeá-lo hokage caso um dia fosse necessário.

— Acabei. -disse Hiruzen.

— Deixa eu dar uma olhada. -Tobirama pegou o papel e leu com atenção. — É isso, está correto.

— Obrigado, mestre. -o garoto se curvou.

— Escute aqui, rapidamente. -o Senju pediu, um pouco desconcertado. — Você conhece a S/n, certo?

— Um pouco. Soube que ela voltou há alguns dias para Konoha.

— Sim. -Tobirama suspirou. — O que você acha dela?

— Como assim "o que eu acho"? -Hiruzen arregalou os olhos.

— No geral.

— Ela é uma ninja excepcional. -o garoto ficou um pouco constrangido para responder àquela pergunta. — Uma ótima médica, é bondosa com as pessoas. -pensou um pouco. — É bonita também. Tem um cabelo bonito, os olhos também. O corpo dela também é muito bonito.

— Andou reparando no corpo dela? -Tobirama arqueou uma sobrancelha, sério.

— Não! -Hiruzen ergueu as mãos na altura do peito, apavorado. — Não, jamais! Quer dizer, é no geral. Eu quis dizer o cabelo, as roupas, sabe... as roupas que ficam no corpo e esse tipo de cois...

— Eu entendi. -o Senju o interrompeu e em seguida ficou pensativo.

— Posso saber o motivo da pergunta, mestre? -o garoto perguntou, receoso.

— Você acha que eu e ela seríamos um casal bonito? -Tobirama perguntou. — Como padrinhos da minha sobrinha, logicamente.

— Hum... -Hiruzen arqueou uma sobrancelha, desconfiado. — Eu pensei que ela estivesse com o Madara-sama.

— Isso é loucura! -o Senju riu contido, desviando o olhar para outro ponto.

— Ele foi o único que foi até ela desde que ela saiu de Konoha, e logo depois ela retornou. -o garoto continuou falando. — Há muitos boatos de que ela estava frequentando o distrito Uchiha antes de partir. Fiquei sabendo inclusive que ela se despediu somente dele e demais ning...

— Cala a boca, garoto! -Tobirama xingou, se colocando de pé.

— Já calei. -Hiruzen respondeu rapidamente.

— Vai entregar esse relatório logo, se demorar demais nós precisaremos refazer! -o Senju ordenou.

    O garoto imediatamente reuniu tudo o que precisava e saiu de fininho da casa de Tobirama, sem dizer mais nenhuma palavra. Agora, o Senju se encontrava tremendamente irritado. Tudo bem se ela escolher aquele maldito Uchiha, mas eu não vou me dar por vencido só por conta de boatos., pensou.

    Talvez fosse a última chance de Tobirama conseguir algo com aquela garota e ele já havia decidido que tentaria ficar com ela antes de se relacionar com qualquer outra mulher. Então, era justamente isso o que ele faria a partir dali.

     Enquanto a mente de Tobirama praticamente explodia por conta daquelas ideias perturbadoras, a casa principal do território Uchiha estava calma. Madara havia finalizado todas as suas tarefas e só precisava aguentar as reclamações de Izuna sobre a vida.

— Como eu deveria fazer isso, irmão? -o garoto perguntou. — Eu chamo ela para conversar ou espero uma oportunidade? Até porque eu sei que ela não vai vir falar comigo por conta própria, é lógico.

— Eu não sei, Izuna. O problema é seu. -o líder já estava irritado. — Você não tem nada melhor para fazer, não? Vai dar uma volta, vai.

— Por que você não me ajuda? -o garoto choramingou.

— Porque eu não consigo, idiota. Ela também não está falando comigo e eu não estou assim desesperado igual você! -bufou.

— Por dentro você está. -Izuna sorriu travesso.

— Estou muito tranquilo, na verdade. Fazia muito tempo que eu não me sentia tão de bem com a vida. -Madara ironizou.

— Porque ela voltou. -o mais novo provocou e teve um pergaminho arremessado na sua direção.

— Sai da minha sala, Izuna. -o líder ordenou. — Não quero mais ver a sua cara até amanhã.

    Murmurando xingamentos inaudíveis, Izuna saiu da sala e deixou o seu irmão sozinho. Aquele garoto tem o dom de acabar com a minha paciência., Madara pensou. Ele só não sabia se ficava irritado pela insistência do seu irmão mais novo, ou por inconscientemente saber que estava ouvindo as verdades que não queria encarar.

    S/n mal chegou e já estava bagunçando com a cabeça de dois rivais. Mal sabiam eles que nenhum dos lados poderia vencer, afinal, ela queria provar os dois juntos.