• floricultura •

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S/N:

   
    Chego em casa após ter passado a tarde inteira com Tobirama. Paguei o café, mas nós não conversamos nada muito importante depois disso. Fico feliz que a atmosfera pesada entre nós dois tenha finalmente se dissipado e dado lugar à conversas agradáveis entre amigos. Era exatamente isso que eu queria.

    Tomo um banho quente e decido deitar um pouco, pois está frio e eu quero aproveitar mais a minha cama aquecida e confortável que eu tanto amo.

    Começo a ter lembranças sobre tudo o que passei na casa do Uchiha e me sinto tentada à voltar lá, mas sinceramente, estou esgotada. Ele me tira muita energia, o que eu gosto, mas preciso estar bem para aguentar.

    A cama quentinha e o clima frio me deixam sonolenta. Não demoro para fechar os olhos e me entregar, decidindo tirar um cochilo rápido antes de sair novamente.

• • •

     Acordo com os raios de sol invadindo o meu quarto e dou um salto da cama. Como eu consegui dormir tanto? Já se passou um dia inteiro, só tenho mais dois aqui e perdi metade de um deles dormindo.

    Levanto, tomo banho e visto uma roupa confortável. Hoje, quero ver o Izuna. Rezo para que ele não esteja em uma missão, senão terei de ir sem me despedir.

    Andando pelas ruas de Konoha, passo em frente à floricultura da falecida senhora Keiko. Tenho tantas lembranças da época em que trabalhei aqui, mesmo que não tenha durado muito. Bato na porta e sou atendida por Seiji, que esboça um sorriso largo quando me vê.

— Bom dia, S/n. -ele diz.

— Bom dia. -sorri.

— O que te trás aqui? -perguntou animado.

    Ele sempre teve esperanças comigo, mas apesar de ser um homem bonito, não faz o meu tipo, infelizmente.

— Vim me despedir. -falei. — Estarei partindo para uma missão demorada daqui uns dois dias.

— Que pena, mas fico feliz que tenha lembrado de se despedir. -sorriu largo.

— Eu queria te pedir uma coisa. -falei, tendo toda a sua atenção. — Daqui há exatos dois dias, gostaria que entregasse um buquê de flores na casa do hokage.

— M-Mas...

— Não é para ele, seu bobo. -o interrompi, notando o seu breve desespero. — É para a esposa dele. Pode fazer isso?

— Claro. -me deu espaço para entrar. — Escolha a flor que deseja enviar.

— Eu já planejei. -entrei em sua loja. — Você pode colocar gérberas e crisântemos juntos?

— Sim. -ele parece confuso, mas não questiona. — Preferência de cor?

— Branco e vermelho. -dei de ombros, foram as primeiras cores que pensei.

— Posso saber o motivo para escolher flores tão lindas assim? -perguntou simpático.

— Ah, claro. -coloquei ambas as mãos nos bolsos da calça. — As gérberas, simbolizam a amizade e os crisântemos, a despedida. -baixei o olhar, entristecida.

— Quem ouve você falando assim, pensa que não vai mais voltar. -brincou enquanto anotava os detalhes do meu pedido.

— Entregue daqui há dois dias, no período da noite. -pedi.

— Certo. -anotou. — Vai ficar quanto tempo fora?

— Um tempo. -suspirei. — Talvez eu nem volte.

— A vida de um shinobi não é nada fácil. -lamentou.

— Não. -concordei, colocando o meu melhor sorriso no rosto. — Vou pagar agora, tudo bem?

— Certo.

    Fui até o caixa, combinei alguns detalhes não muito importantes e paguei. Após me despedir de Seiji, saí da floricultura e continuei andando por Konoha, pensando em onde eu poderia encontrar o Izuna.

    Sua boba, é ir na casa dele., pensei comigo mesma. Mas e se o Madara estiver ?, não é como se eu estivesse o evitando, mas o meu estômago borbulha só de pensar naquele homem sério. Logo, me vêm as lembranças das expressões no rosto dele enquanto fazíamos....

— S/n! -uma boa alma interrompe os meus pensamentos.

    Respiro fundo, pois já estava começando a ficar ofegante, e me viro para a pessoa. É a senhorinha que me deu o colar com o símbolo do clã Uchiha. Esboço um largo sorriso em sua direção.

— Bom dia! -falei.

— Que bom ver você usando o presente. -apontou timidamente para o meu pescoço.

— Vou sempre usar, é lindo. -sorri.

— Fico feliz. -ela retribuiu o riso. — O jovem líder está procurando por você desde ontem à noite.

— Jovem líder? -torci o nariz.

— O irmão do nosso líder. -concluiu.

— Ah, Izuna. -coloquei uma das mãos no rosto, rindo. — Que coincidência, eu também estive procurando por ele. Sabe onde ele está?

— Está no nosso distrito. -informou.

— Obrigada. -agradeço, tratando de me apressar. — Foi bom ver a senhora, senhora.

    Soltei um riso, pois minha frase saiu meio tola, mas me afastei da velhota e saí correndo na direção do território dos Uchihas. Não vou conseguir ir embora sem me despedir daquele pivete.

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora