• hotel •

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S/N:

    Após um tempo andando juntos rumo ao país do vento, Tobirama e eu estamos envoltos em uma conversa divertida e nada pesada. É estranho estar nesse clima com alguém como ele, mas eu gosto disso.

    A noite começa a cair e o Senju para de andar abruptamente, fechando a expressão ao perceber um inimigo próximo. Subimos em uma árvore e entramos em alerta.

— Não parece ser alguém forte. -ele diz.

— Concordo.

— Vou mandar um clone para cuidar disso. -ele faz um selo de mão.

— Eu também. -faço o mesmo selo e ambos criamos cópias perfeitas de nós mesmos a partir das sombras.

— Quando aprendeu isso? -ele perguntou, surpreso.

— Você me ensinou e eu aperfeiçoei enquanto treinei com Mito. -respondi orgulhosa.

— Esperta. -ele sorriu ladino.

    Enviamos nossos clones ao inimigo e nossos verdadeiros corpos continuam em cima da árvore. Tobirama coloca uma das mãos em um galho acima da minha cabeça e aproxima o corpo do meu. Me encosto no tronco da árvore e fico esperando ele me tocar, já sentindo meu estômago borbulhar de ansiedade.

— Estou sentindo você tensa. -ele diz perto do meu rosto.

— Não estou tensa, estou ansiosa. -corrigi.

— Está disposta a fazer aquilo de novo? -perguntou, certamente se referindo àquele dia no sofá.

— Estou disposta a começar e terminar. -sussurro, rendida.

   Tobirama se aproxima do meu corpo, colando o dele ao meu. Ergo o maxilar para conseguir encarar os seus olhos, que carregam um ar sedento e malicioso, como naquele dia.

    O Senju leva um dos seus polegares ao meu queixo, abrindo levemente a minha boca. Com meus lábios entreabertos, Tobirama me analisa, como se fosse um predador apreciando a presa que está prestes a devorar. Isso me deixa excitada, como se ele fosse um gatilho para deixar o meu corpo em chamas.

    Ele aproxima o rosto do meu pescoço, dando um beijo na minha pele sensível e subindo até o lóbulo da minha orelha, onde ele esfrega os lábios delicadamente só para fazer o meu corpo inteiro se arrepiar.

— Não precisa de muito para deixar você rendida, não é? -ele sussurrou perto do meu ouvido.

    Uni minhas pernas na tentativa de aliviar a tensão que se encontrava entre elas. Não quero parecer emocionada, mas ele tem razão, não precisa de muito para me deixar assim.

    Tobirama leva uma das suas mãos até a barra da minha calça e sem aviso algum ele adentra a minha roupa, indo até a minha intimidade por cima da calcinha. Sinto minhas bochechas esquentarem como nunca e desvio do seu olhar, sem saber direito como reagir.

— Droga... você está tão molhada, garota! Rápido assim? -ele sussurra entre os dentes, me olhando no fundo dos olhos. — Deve estar com vontade, não é? Vem, eu vou te dar o que você quer.

    O Senju não espera uma resposta, apenas me pega pelo braço e me guia dentre as árvores com pressa. Talvez eu o entenda, ele está com vontade desde a última vez que não fizemos nada. Sei disso porque não estou diferente, mas ele parece estar muito pior do que eu, como se lutasse consigo mesmo para se controlar.
    Não vou negar que acho isso sexy.



• • •



  Após um tempo sendo puxada dentre as árvores, Tobirama e eu chegamos em uma espécie de hotel que abrigava os viajantes que passavam entre os países. Entramos e ele pede uma reserva até o dia seguinte, com acesso às águas termais.

— É sério? -perguntei, revirando os olhos.

— Não vou tirar a sua virgindade no meio do mato. -ironizou enquanto pagava a estadia para a recepcionista. — Já vou deixar pago.

    Assim que ele termina de alugar o quarto, pegamos a chave e seguimos pelos corredores do hotel. Ainda não acredito que vou perder a virgindade depois de vinte e dois anos, eu nem sei o que fazer, nem sei como fazer alguma coisa. Será que vou sentir vergonha? O que ele vai achar do meu corpo? Ele é tão musculoso e atraente, é mais velho, parece ser experiente, e eu sei o quê?

    Só sei beijar, e olhe lá, nem sei se faço isso direito porque a única pessoa que beijei na vida antes dele já está até morta. Meu Kami, vou explodir de nervosismo. Estou cogitando desistir de tentar.

    E se doer? E se sangrar? Será que ele vai rir, vai vomitar, vai me acolher? O que Mito diria nessas horas? Ela é tão experiente, eu devia ter falado com ela antes. Que ódio!
   
    Será que Tobirama é o homem certo? Ele parece tão atencioso sobre isso, mas se não for ele o homem certo, quem seria? Bom, ele é um homem que eu gosto da companhia e acho atraente, não vejo mais ninguém para fazer isso sem ser ele. É com quem eu me sinto mais confortável também.

    O Madara que não seria o homem certo, né?, penso inconscientemente. Por que pensei nesse Uchiha uma hora dessas? Só posso estar tendo uma crise para estar assim, não é possível.

— Chegamos. -diz Tobirama ao parar em frente à uma porta.

    Eu nem reparei que já estava aqui.

— Vou dar uma volta para deixar você mais a vontade. Volto daqui uma hora. -disse.

— Tudo bem. -sorri e peguei a chave da sua mão.

    Tobirama retribuiu o sorriso e se retirou da minha presença.
    Isso! Tudo o que eu queria era ficar sozinha um pouco.

    Abro a porta e me enfio para dentro do quarto, me surpreendendo com o interior. É muito organizado, limpo e chique. Tem janelas em todos os lados e um banheiro com uma banheira para duas pessoas.

    Ai, papai.
    É hoje!






• • •






    Após um tempo, Tobirama volta para o quarto e eu já me sinto mais calma. Ele está trazendo duas garrafas de vinho, provavelmente para deixar o clima mais descontraído para ambos.

    Já está escuro lá fora. Tomei banho, passei hidratante e estou pronta. Conversei comigo mesma no espelho também, para me sentir mais confiante.

— Você está bem? -o Senju perguntou.

— Estou sim.

— Se estiver muito nervosa, eu entendo. -ele pegou duas taças e se aproximou da cama, trazendo também a garrafa.

— Estou um pouco nervosa, mas nada demais. -minto. Estou cagada de medo.

— Que bom. -ele sentou ao meu lado com as pernas um pouco abertas e me pediu para abrir a garrafa do vinho.

    Fiz o que ele pediu e enchi as duas taças que ele segurava. Pego uma e ele fica com a outra, então começamos a beber.

— Desta vez não vou fazer aquela brincadeira idiota das perguntas. -ele fala, rindo. — Vou sugerir algo diferente.

— O quê? -fico animada e curiosa.

— Quer tomar um banho comigo?


feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora