• declaração •

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NARRAÇÃO:

Koji não demorou para dormir, pois estava cansado de tanto ter brincado. S/n levantou da cama e colocou um monte de travesseiros e almofadas ao redor do garoto, para que ele não caísse enquanto dormia.

Ela saiu do quarto, deixando a porta entreaberta, e partiu rumo à sala de estar onde todos estavam bebendo. Quando chegou, deparou-se com um cenário um pouco caótico. A senhora Masu estava cantando uma música antiga junto das suas parentes mais velhas do que a música. Itsuki e Izuna faziam a trilha sonora e Madara estava de pé em um canto da sala.

Havia uma mulher perto dele, visivelmente puxando algum assunto. Como não era tão bobinha, S/n ficou parada no canto da porta apenas observando e aproveitando o fato de ninguém tê-la visto chegar.

O seu coração estava acelerado e cada parte do seu corpo estava tremendo. Ela não iria julgar e nem se irritar com a menina, afinal ela provavelmente estava sozinha lá. Mas, se Madara retribuísse e fizesse qualquer coisinha suspeita, seria bem diferente. Chorando é que não vou ficar., S/n pensou.

O Uchiha uniu as sobrancelhas e fez um sinal de negação com a cabeça, se esquivando da moça. S/n não interviu, afinal, quem devia fazer isso era apenas ele. A menina colocou uma das mãos no peitoral de Madara, empurrando-o contra a parede. Naquele momento o coração de S/n fez menção de sair pela sua boca. Suas mãos começaram a suar e ela ficou ofegante.

- Posso até morrer depois disso, mas se ele tiver me enganado, vou arrancar no mínimo dois dentes dele com um socão na boca. -a garota sussurrou consigo mesma.

Não!, ela pensou, dando um tapa na própria testa. Você não é surtada, minha filha, aceita! Quem perde é ele., corrigiu-se e ergueu o cenho, voltando a olhar na direção do Uchiha.

Madara segurou a mão da menina e afastou do seu peito, unindo ainda mais as sobrancelhas. Ele empurrou a garota suavemente e conseguiu se esquivar, andando em passos largos até Izuna e pegando um copo com bebida.

- Boa escolha, gatinho. -S/n falou consigo mesma, cruzando os braços e se escorando no batente, vitoriosa.

Eu sou tão idiota., ela pensou, decepcionada consigo mesma.

- Está falando sozinha? -Itsuki apareceu do lado da sua amiga, assustando-a.

- Mas que m... -ela não completou a frase, levando uma das mãos ao peito. - Que susto.

- Desculpe. -ele riu alto. - O que está fazendo aí escondida?

- Estava observando o meu quase chifre. -ela riu na mesma intensidade.

- Aquele homão é fiel, acredite. -ele garantiu, fazendo um joinha com a mão.

- Está fingindo estar bêbado de novo, não é? -S/n revirou os olhos.

- Lógico, se eles souberem que não estou, vão se cuidar muito com o que fazem. -ele deu uma piscadela. - ELA VOLTOU! -gritou de repente, fazendo todos da sala olharem para eles.

A senhora Masu acenou para que S/n se aproximasse deles e ela o fez. Madara estava próximo da mesa e puxou uma cadeira para que a garota pudesse sentar.

- Vai beber o quê? -ele perguntou.

- Saquê. -S/n respondeu, sentando-se.

O Uchiha pegou uma garrafa e entregou para ela, que abriu e começou a beber. Madara ficou apoiado na cadeira atrás da garota, de pé enquanto bebia.

- Um shot para cada um. -Izuna sugeriu, entregando uma dose de vodka para S/n.

- Estou bebendo saquê. -ela avisou.

- Não seja chata. -o garoto choramingou. - No três nós viramos.

Vencida, S/n concordou e pegou o copo. Izuna fez a contagem e os dois beberam a dose de álcool ao mesmo tempo, fazendo uma careta em seguida por conta do gosto amargo.

- Não quero mais. -ela disse, se estremecendo inteira.

- Você está fraca, gatinha. -Madara se inclinou e falou baixo no ouvido dela.

Um arrepio conhecido percorreu pelo seu corpo, mas S/n disfarçou bem, ignorando o Uchiha.

- Vem cá, quero falar com você à sós. -ele convidou.

O casal partiu para o lado de fora da casa, onde estava mais calmo e tranquilo para conversarem. Madara se apoiou na proteção da varanda e S/n parou ao seu lado, observando o céu escuro e estrelado.

- Eu vi você rejeitando aquela menina. -ela revelou.

- Hum. -ele apenas murmurou.

- Por que fez isso?

- Que pergunta mais idiota. -Madara não conteve um riso incrédulo.

S/n não disse nada, apenas se fez de sonsa. Bom, eles não haviam oficializado a relação, então tecnicamente não deviam fidelidade um ao outro. Eles agiam como se estivessem juntos, mas nunca falaram sobre isso, de fato.

- Demorei muito tempo para encontrar alguém que me fizesse sentir como você faz. -o Uchiha murmurou, encarando o céu.

- Como? -ela ergueu as sobrancelhas.

- Não sei. Feliz, talvez? -ele deu de ombros, ainda sem olhar para o rosto dela. - Seria uma tremenda idiotice trocar você por outra pessoa.

- Mas relacionamentos acabam, você pode se apaixonar por outra mulher. -ela disse convicta, porque realmente pensava dessa forma. - Não é só porque um dia você se sentiu bem comigo, que e....

- Eu não quero outra pessoa. -Madara a interrompeu. - Sinceramente, eu me sinto o ser mais egoísta do mundo, mas não sei o que eu faria se um dia você me deixasse.

Ouvir aquilo fez o coração de S/n disparar violentamente. Ela arregalou os olhos e entrabriu os lábios, mas não soube o que responder. Aquilo soou doentio.

- Se você quiser me deixar, eu vou entender. -ele acrescentou. - Mas se o motivo for algum erro meu, não vou me perdoar.

- Então não erre. -ela finalmente disse, colocando a mão em cima da mão do líder, que estava apoiada na proteção da varanda. - Não pretendo deixar você agora. Está bom do jeito que tem sido.

Madara se desvencilhou do toque dela e virou-se de frente, apoiando ambas as mãos na cintura da garota e aproximando os seus corpos. S/n sempre ficava sem reação quando aquilo acontecia, mas naquele momento, sentiu que o Uchiha estava secretamente precisando de uma reciprocidade maior da parte dela.

- Acho que a bebida deixou você muito sentimental. -ela brincou, se apoiando nos braços dele.

- Sentimental eu não sei. -Madara ergueu o cenho e observou a garota de cima para baixo, esboçando um sorriso malicioso. - Mas me deixou com tesão, eu confesso.

- O que você quer fazer? -S/n perguntou com a voz mansa.

- Quero te dizer muitas coisas, mas não sou bom com palavras, então prefiro mostrar. -ele afastou algumas mechas de cabelo que cobriam o pescoço dela, passando a deixar selares dispersos pela pele exposta.

- Como? -ela fechou os olhos, rendendo-se.

- Você precisa vir comigo.































feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora