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NARRAÇÃO:

    S/n e os guardas retornaram para a cachoeira e Itsuki se apavorou quando viu todos aqueles homens ali, junto da garota. O mordomo saiu da água e tirou Koji também.

— O que estão fazendo aqui? -ele perguntou.

— Eles nos seguiram. -S/n respondeu, decepcionada. — É triste saber que não confiam nem na sua rainha.

— Confiamos! -o líder da equipe protestou.

— Se confiassem, não teriam vindo atrás de mim! -ela elevou o tom, agora irritada. — Mas que droga! Qual a dificuldade de me deixar sair sozinha? Vocês nem conseguiram se esconder direito, acham que conseguiriam me proteger?

— Mas...

— Eu não quero mais ouvir. -ela o interrompeu. — Você arriscou a si mesmo e a sua equipe, foi contra uma ordem dada diretamente por mim e ainda quer se justificar?

    Ninguém respondeu, todos apenas baixaram a cabeça. S/n odiava falar com eles daquele jeito, mas só assim eles entederiam que Amaya não era mais a rainha e que agora eles tinham de seguir novas ordens.

— Vamos voltar para o castelo antes que fique tarde. -ela ordenou. — Koji deve estar com fome.

— Estou. -o garotinho coçou um dos olhos. — E com sono.

— Eu sei, vamos. -S/n colocou o menino nas costas logo após se vestir e todos seguiram em grupo rumo ao castelo, em silêncio.

• • •


— Levem-no para um banho quente. -Itsuki pediu às empregadas, entregando Koji à elas. — E alimentem ele.

— Se divertiram? -a mais velha perguntou simpaticamente.

— Muito.

    O assunto fora encerrado e o mordomo se aproximou de S/n, que estava terminando de fazer a ronda pelo castelo. Com a saída dos guardas, ela temia que alguém pudesse ter encontrado o lugar, mas estava tudo nos conformes.

— Tudo bem? -o garoto perguntou.

— Estou com um pressentimento estranho. -ela confessou.

— Quer que eu peça para prepararem um banho e a sua cama?

— Não, vou tomar um banho no chuveiro e não vou dormir agora.

— Como quiser.

    O mordomo pediu licença e se retirou para realizar as suas tarefas. S/n seguiu rumo ao seu quarto e tomou um banho quente e rápido, colocou uma roupa leve e seguiu rumo à sua sacada, de onde podia ver boa parte do reino e um pouco da floresta por cima dos muros altos.

Que sensação é essa? -a garota sussurrou para si mesma, esfregando o peito com uma das mãos.

    S/n voltou para o quarto e pegou uma garrafa de whisky na adega. Desde que voltou a ter pesadelos e assumiu todos aqueles problemas, ela passou a beber com frequência até o seu corpo adormecer. Assim, dormia minimamente melhor.

    De volta para a sacada, S/n deixou a garrafa de whisky no parapeito enquanto segurava o copo. Naquele horário, o céu já mudava de cor, preparando-se para o pôr-do-sol. Um cenário triste e mais solitário do que nunca, como tardes silenciosas de domingo.

    S/n observou o céu até o cair da noite, pois concentrando-se nisso, os pensamentos não lhe dominavam a mente. Mas assim que tudo escureceu, a tristeza se fez presente como sua amiga íntima em meses.

    Por cima dos muros, em certo momento, a garota finalmente viu a movimentação de algumas plantas que haviam na floresta. Ativando o doujutsu, S/n pôde ver tudo mais nitidamente, reconhecendo um grupo de oito shinobis da folha que estavam vindo justamente na sua direção.

    Seu coração disparou.

    Mas eles não podem ver o castelo.

    Uma bola de fogo fora lançada contra o muro, algo que não seria o suficiente para derrubá-lo, mas assustou a garota como nunca antes. Esse lugar sempre passou despercebido, como isso é possível?, ela pensou.

— SE VOCÊ NÃO ABRIR, VOU DERRUBAR ESSE PORTÃO! -uma voz conhecida gritou.

     S/n se agachou e se escondeu atrás do parapeito, envolvendo a cabeça com as mãos. Ela fora pega num momento de fraqueza e não conseguia acreditar que o castelo estava visível.

— PERMISSÃO PARA O CONFRONTO, MAJESTADE? -o guarda do portão gritou.

    Itsuki entrou no quarto como um furacão e correu até a sacada, arregalando os olhos ao ver a sua rainha daquele jeito. O mordomo se agachou ao lado dela e colocou uma das mãos nas suas costas.

— S/n, você está bem? -ele perguntou. Ela apenas assentiu freneticamente com a cabeça. — Você precisa se recompôr, por favor, fomos descobertos!

— Eu não sei o que fazer, Itsuki. -ela confessou, começando a chorar de desespero.

    Era lógico que sabia. S/n não temia o confronto em si, mas sim ter que olhar nos olhos daqueles que conhecia tão bem.

— Você é a rainha, Amaya não está mais mantendo o feitiço e não vai voltar. -o mordomo segurou o rosto da garota com ambas as mãos. — Muitas pessoas aqui precisam de você. Por favor se recomponha.
 

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora