• em casa •

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   S/N:  

    Acordo calma pela primeira vez em muito tempo. Abro os olhos devagar até me acostumar com a luz, mas logo dou um pulo e sento na cama quando me dou conta de que estou no hospital.

    Olho para os meus braços e ambos estão com curativos, enquanto um ainda está com o acesso para que eu receba o soro. Torci o nariz, pois mesmo sendo uma ninja médica, odeio agulhas.

— Bom dia! -a voz de Itsuki se faz presente e eu dou um pequeno pulo pelo susto.

— Itsuki? -cerrei o cenho enquanto sorria. — Como você veio?

— Eles foram me buscar. -ele sorriu. — Você tinha razão, S/n. Esta aldeia é muito bonita e o hokage-sama é muito receptivo.

— Como você já os conheceu? Calma aí... -meu cérebro deu pane por um minuto.

— Você dormiu por dois dias. -ele me interrompeu.

— Mentira! -acusei.

— Veja na identificação do seu leito. -cruzou os braços, emburrado.

    Baixei a cabeça e encarei as minhas próprias pernas enquanto assimilava tudo. Meu corpo simplesmente desligou após aguentar aquele nível alto de estresse que passei. De qualquer forma, estou feliz por estar bem e "em casa".

— Tem uma pessoa que quer te ver. -Itsuki sorriu travesso, parado na porta.

— Quem? -meu coração ficou acelerado. — Estou com vergonha de vê-los.

— Ah, não precisa ter vergonha não. -continuou com aquele sorrisinho ladino.

    Ele saiu do quarto e Tobirama entrou logo depois. Minhas bochechas esquentam e eu cubro o rosto com o lençol. Ele está ainda mais atraente, que ódio disso.

— Por que está se escondendo, garota? -ouço ele perguntar.

— Eu estou um caco! Desmaiada há dois dias. -resmunguei.

— Eu vim aqui ver você e não o lençol.

    Respiro fundo e descubro o rosto, desviando o olhar para qualquer canto que não seja ele. Posso ouvir ele rindo baixo.

— Continua linda. -observou.

    Não respondo, apenas continuo em silêncio. Estou feliz por estar de volta, mas envergonhada também. Além de não ter mandado nem uma carta, cheguei sem avisar e ainda desmaiei igual uma tonta na recepção.

— Eu acho que é melhor você se recompôr logo. -ele aconselhou e eu finalmente o encarei.

— Por quê? -questionei.

— Mito está preparando um evento para apresentar a sua filha à Konoha. Ela estava esperando você voltar. -informou.

    Meu coração se encontra disparado.

— Que vergonha! -esfrego o rosto com ambas as mãos. — Ela está magoada comigo?

— Claro que não, ela tinha certeza de que você iria voltar. Foi a mais tranquila de todos quanto a isso. -sorriu fraco.

    Fico um pouco mais aliviada, mas ainda não sei onde enfiar a cara. Pelo menos está tudo bem agora, Itsuki, Koji e Amaya estão em segurança.

    Espera ... Amaya!

— Você sabe da minha irmã? -perguntei ao Senju.

— Sei que ela está internada, mas não sei mais nada sobre. -ele coçou o queixo e torceu o nariz. — Mas ela está viva. Não pense sobre isso agora.

— Que bom. -murmurei, mais tranquila.

— Eu não gosto muito de dizer isso, mas eu até que senti a sua falta. -ele disparou de repente.

    Arregalei os olhos em sua direção e ele riu com isso.

— Está blefando. -revirei os olhos.

— Pense como quiser. -deu de ombros. — Eu só queria ver como você está, mas agora preciso ir. Acabei de voltar de uma missão, preciso entregar o relatório.

— Tudo bem. -assenti. — Nos vemos por aí.

— Com certeza. -se retirou.

    Esse "com certeza" me pareceu um pouco malicioso, mas deve ser coisa da minha cabeça. Estou há muito tempo sem um homem, não posso ser emocionada ou irracional.

— Bom dia! -um médico entra no quarto, sério.

— Olá, doutor! -sorri.

— Você já vai receber alta, fico feliz que tenha acordado. -seu tom é áspero e um pouco rude. — Olha, mocinha, não é porque você é uma médica ninja e possui o byakugou, que você é imortal. -me repreendeu.

— Mas eu nem...

— Você tem necessidades básicas como: comer, descansar, dormir, neutralizar o estresse, etc... -listou, com o cenho cerrado. — Você estava sem comer, sem dormir, sem descansar e passando por um pico de estresse. Não tem ninjutsu médico ou byakugou que faça milagres ou forneça as vitaminas que o seu corpo precisa!

— Desculpe. -murmurei. Sei que ele está certo.

— Se desculpe com você mesma! -finalmente sorriu. Ele não é tão mau assim. — Vou receitar umas cápsulas de vitaminas que nós fazemos no laboratório aqui da aldeia e tem tudo o que você precisa. Vai tomar uma por dia durante uma semana.

— Ok. -bufei.

— Eu sugiro que não faça grandes esforços por enquanto. -continuou. — E, claro, tenha uma boa alimentação.

— Certo. -suspirei.

— Eu vou organizar os papéis para a sua alta hoje à tarde. -sorriu simpaticamente. — Só vamos fazer mais alguns exames rápidos e você já pode ir.

— Que bom. -sorri em retorno e ele saiu do quarto.

    Os últimos seis meses parecem ter sido um surto de tão intensos., pensei. Esfrego o rosto com ambas as mãos. Eu não sei onde estava com a cabeça, mas nunca passei por tanta pressão como nesse tempo que estive fora.

    Agora, parece que voltei à realidade. Finalmente me sinto bem, mesmo que os meus pensamentos ainda me perturbem um pouquinho.













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N/A: Quero agradecer pelos 66K 😭😭😭 e agradecer a todos que estão acompanhando os novos capítulos, sou grata por cada voto, comentário e leitura. 💕

    Estou começando a preparar uma fanfic do Itachão, depois dele, vou fazer do Indra kkkkk

    Até o próximo cap❤

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora