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As chances da uma conversa mínima na noite anterior, foram poucas quase nulas. Restaram forças apenas para terminar com tudo, um banho rápido com a ajuda de Erwin e logo partir para outro quarto para poder ter uma boa noite de sono, um descanso merecido após algumas horas com as pernas escancaradas como uma janela.
O novo dia brilha alegremente, as aves que estão por perto cantarolam o seu piar na melhor nota, o vento ainda sopra, porém calmo como as pequenas ondas que quebram na areia da costa. Mesmo que os soldados estejam espalhados cumprindo suas tarefas, o castelo encontra-se em silêncio, sem conversas paralelas, sem brigas ou provocações, sem fofocas ou questionamentos. No outro quarto, também há bastante desse silêncio caloroso, uma calmaria diferente e um doce cheiro de sol, cheiro roupas novas e bebês dormindo. No entanto, é começo da tarde e seus olhos estão bem abertos enquanto encara o teto, rodopiando em sua própria mente as cenas da noite anterior, exigindo saber de si mesma se tudo não passou de um sonho. Com as mãos ainda tremulas, ela tenta levantar o seu corpo da cama, no entanto, sente seu corpo pesar como nunca antes , desistindo de mover-se. Escorado na porta com os olhos fechados, Jean se encontra de prontidão vigiando qualquer movimento, passou a noite toda de olhos bem abertos na mulher para que nenhum mal a atingisse.
S/n ─ Deveria ter ido dormir assim que amanheceu, cabeça dura! ─ Virando seu corpo de lado com cuidado, seus olhos podem ver Jean com mais facilidade. O garoto está tão frágil quanto ela, com os olhos inchados e fundos, com os ombros caídos para os lados. Seus olhos se abrem com um pouco de dificuldade por conta da luz do dia, mas o sorriso ao ver a mulher ali, tão bem quanto antes, se abre instantaneamente.
Jean ─ Finalmente acordou, você tava quieta demais. ─ O garoto sai de seu lugar e se ajoelha ao lado da cama, tocando o rosto de S/n para ter certeza de que seu corpo não está com nenhuma reação diferente.
S/n ─ Achou que eu tinha morrido? Você é muito desesperado.
Jean ─ Claro que não, você é durona, já escapou da morte várias e várias vezes. E se morresse, o comandante Levi com certeza iria a trás de você.
S/n ─ Outro doido desesperado. O que aconteceu depois que eu adormeci?
Jean ─ O comandante Levi achou que você tinha desmaiado e teve um surto, a Hange limpou os bebês e colocou eles no quarto dos três depois de limpar a cama e tirar os lençóis sujos, os dois ficaram no quarto olhando as crianças, a rainha Historia tá lá embaixo e todo mundo tá alegre por nada ruim ter acontecido da última vez. ─ Sentando-se no chão, Jean vira-se de costas para S/n, escondendo seu rosto e suas expressões que facilmente o condenam.
S/n ─ Você quer chorar, não quer?
Jean ─ Claro que não, só tô cansado! ─ Por dentro, Jean desaba como uma criança chorona, não consegue esconder a alegria que sente ao ver alguém que ama bem. Mesmo que tenha sido perdoado por antes, há uma ponta de culpa que sempre fica enraizada, dizendo que ele poderia ter causado algo que atrapalharia a mulher na hora do parto.
S/n ─ Não tem problema em querer chorar e se ainda estiver se culpando por alguma coisa, eu vou ter que te dar uma surra e pendurar você em uma das muralhas como castigo!
Jean ─ Caramba, tão carinhosa, nem parece que colocou três pestinhas no mundo e todos com a cara parecida com os três!
S/n ─ Eu nem sequer conseguir vê-los...
Jean ─ São lindos e com certeza querem ver a mãe!
S/n ─ Falando em ver, onde os outros estão? Quero ir até as crianças também.
Jean ─ Vem, eu vou te ajudar a ir pro outro quarto e depois eu chamo os dois! ─ Jean ajuda S/n a se levantar da cama e a pega no colo com facilidade, não recebendo nenhum tipo de reclamação, apenas um olhar arregalado e curioso. ─ O que foi?
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Nasty Desires - O Despertar da Liberdade | Livro 2 | Aot | Levi + Erwin + S/n
FanfictionLiberdade [...] Uma das únicas coisas que qualquer criatura que tenha um coração batendo ou ao menos uma fagulha dr vontade de viver, anseia durante a sua pequena existência em uma vasta e carregada linha da vida. Não há alma que deseje manter-se...