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Tentando manter em sua mente o que lhe foi dito a pouco, seus esforços para dar a luz aos seus filhos, faz com que sua mente fique presa em poucas coisas e o restante se feche em portas a sete chaves. Enquanto se esforça até não poder mais, os barulhos de seus gritos são ouvidos por todo o castelo, do lado de fora, e possivelmente por quem passar por perto do campo pertencente aos libertinos. Os pássaros parecem saber o que acontece, todos pararam de piar por todos os lados. O vento sopra um pouco mais forte do que antes facilitando a circulação do ar dentro do quarto. Os soldados apreensivos com a situação de sua comandante, pararam seus afazeres para dar atenção ao momento, unindo-se em rodas para fazer orações para que Deus poupe de uma morte violenta, assim como foi com Mônica.
Mesmo que esteja graciosamente tentando manter o seu bom humor para não preocupar ninguém, seus gritos entre os intervalos de contrações, arrepiam as espinhas de qualquer um. Para os mais jovens e para os que tiveram mais contato com eles, é como se tivesse um titã adormecido dentro do corpo da mulher.
Erwin ─ Levi, ficar andando para lá e para cá, não vai ajudar. Você vai apenas ficar cansado e preocupado sem chances de ver seu filho depois!
Levi ─ Eu estou com medo, meu corpo treme de medo, Erwin. Você sabe o que aconteceu com a Mônica e sabe muito bem como ela ficou depois que viu ela morrer na frente dela.
Erwin ─ Eu sinto esse medo em todos os dias da minha vida, principalmente agora. Mas o que nos resta, é manter a calma e ficar aqui, esperando até que elas nos deixe entrar lá dentro. Insistir só vai atrapalhar.
Eren ─ O que está acontecendo, onde tá a minha mãe? ─ Eren, que vinha calmo de sua patrulha ao lado e Reiner e Pieck, acabou por acelerar o trotar de seu cavalo ao ouvir os berros de sua mãe. Claramente julgando ser o pior e esquecendo a maior barriga que já viu em sua vida, seu desespero atropela os bois, os carros, as carroças e tudo que veio pela frente.
Pieck ─ Ela tá bem? Esses gritos não parecem normais.
Erwin ─ Ela entrou em trabalho de parto há pouco tempo. Em um minuto ela começou a cochilar e no outro ela gritou ao sentir uma dor e ao olhar para baixo, viu que a bolsa tinha estourado.
Pieck ─ Eu tenho que ir ajudar, Reiner guarda tudo por favor, ela precisa da minha ajuda ─ Pieck entrega suas coisas nas mãos de Reiner e corre em disparada ao quarto de S/n vendo Tony e Jean na porta, guardando para que apenas as mulheres possam agir.
Jean ─ Ei, onde você pensa que vai?
Pieck ─ EU vou ajudar a S/n, o que mais você acha que eu vou fazer? Sai da frente antes que eu passe por cima.
Jean ─ Já tem muita gente lá dentro, não precisam de mais ninguém! ─ Apressada e estressada por Jean interromper a sua entrada, suas únicas alternativas são nocautear o garoto ou gritar por Hange, que tem mais ordem do que si mesma.
Pieck ─ Hange, me deixe entrar, eu também quero ajudar ela com isso!
Hange ─ Entra logo e segura a mão dela o quanto conseguir, tente manter ela acordada o tempo todo, somos só nós agora! ─ Vencido pela ordem, o menino do chapéu abre caminho e Tony abre a porta para que Pieck entre. Ao entrar, suas mãos fecham a porta impedindo os dois curiosos de olhar para dentro, seus joelhos vão contra o chão e suas mãos de encontro a dela.
Pieck ─ Oi, eu vim te ajudar, mesmo que não sejamos tão próximas, senti que deveria fazer isso! ─ Recebendo um sorriso em troca, parte sua se alivia, como colocar a queimadura na água fria. Do outro lado da porta, os angustiados questionam mais uma vez, tendo o óbvio jogado em suas caras curiosas.
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Nasty Desires - O Despertar da Liberdade | Livro 2 | Aot | Levi + Erwin + S/n
FanfictionLiberdade [...] Uma das únicas coisas que qualquer criatura que tenha um coração batendo ou ao menos uma fagulha dr vontade de viver, anseia durante a sua pequena existência em uma vasta e carregada linha da vida. Não há alma que deseje manter-se...