Nasty Desires - O Despertar da Liberdade | Livro 2 | Aot | Levi + Erwin + S/n

Os Filhos (Capítulo Revisado)

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Não sabemos o que se passa na mente das outras pessoas, o que vão fazer, qual será o próximo passo, se são ou não dignos de confiança. Muitos dizem que humanos são o verdadeiro significado de fraqueza, imersos em problemas nos quais eles não conseguem resolver. Porém, apenas humanos são capazes de coisas quase impensáveis para o próprio bem ou o bem daqueles que o cercam.

No começo de tudo, o plano era vingar-se e seguir a sua vida, ou até mesmo aceitar uma morte digna vinda da lâmina de um deles. Mas agora, em suas mãos, tem um peso maior, um fardo que não dá para descartar como se fossem apenas cartas de um baralho velho. Com a sinceridade lhe correndo nas veias ferventes, lhe restou orquestrar coisas novas, um grande show de "luzes" para tirar o foco do que tem do lado de dentro.

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Agindo como uma boa mãe deveria ser, S/n se encontra no banheiro do quarto dando banho em suas crianças, certificando-se de que fiquem limpas. Rindo sozinha, ela achou que todos ali seriam agitados, principalmente por estarem em meio a tantas pessoas, bagunças, ameaças e gente invadindo a cada meia hora, mas são o oposto disso.

S/n ─ O que acham de darmos uma volta pelo castelo? ─ Ela encara Apolo, que não tira seus pequenos olhos da figura da mulher, assim como Erwin costuma fazer. ─ Acho que vocês devem descansar, ficaram tanto tempo com a tia Hange, que com certeza estão com sono! ─ Com cuidado ela retira o bebê da água o enrolando em uma toalha o levando até a sua cama para secar seu corpo pequenino e vestir suas roupas.

Eren ─ Como se sente hoje? ─ Aparecendo na porta como um fantasma, o jovem de olhos verdes, observa S/n, imaginando como alguém como ela pode ter tanta delicadeza nas mãos, quando consegue desmaiar um homem com o dobro da sua altura com apenas um ou dois socos.

S/n ─ Me sinto calma, mas essa história daquele homem estar vivo, anda me tirando o sono!

Eren ─ Eu disse que te protegeria, S/n e isso ainda vale, principalmente agora!

S/n ─ E mesmo assim, é o dever de uma mãe proteger seus filhos, e você é um dos meus filhos.

Eren ─ Minha mãe amaria saber que tem alguém cuidando de mim. Depois de tudo aquilo, da formas que aconteceram as coisas. ─ Ao terminar de secar e vestir a pequena criança, a mulher se senta na poltrona para alimentá-lo antes de colocá-lo para dormir. Como uma criança cansada e com sono, Eren se senta no chão entre as pernas dela e sente carinhosamente a sua mão acariciar seus cabelos.

S/n ─ O que você está sentindo? Acho que devia se abrir mais, ou não. Mas pra alguém que quer sempre proteger todo mundo, ao menos deveria ter um momento em que você precisa desabafar.

Eren ─ Eu não sei desabafar e somos um pouco parecidos nisso!

S/n ─ Não se esqueça que estarei aqui pra te ouvir, mesmo que sejam suas lágrimas!

Eren ─ Obrigado por tudo, S/n! ─ O menino deita sua cabeça na coxa direita da jovem mãe e deixa suas lágrimas caírem. Não há um motivo específico para que o jovem desabe a chorar, mas S/n não se importa com tanto que ele fique bem.

S/n ─ Eu quase não fiz nada, eu ainda estou começando a fazer e você sabe disso!

Eren ─ Começando a fazer? Desde o minuto que a capital declarou guerra, você mudou completamente.

S/n ─ É... talvez eu tenha ficado um pouquinho diferente.

Eren ─ Por que não conta pra eles de uma vez? Eu tenho certeza de que vão concordar em colaborar.

S/n ─ Eu acho que não. Na verdade, acho que aquele sem tamanho me chamaria de louca e tentaria me impedir ou me colocaria pra fora daqui e pra bem longe das crianças.

Eren ─ O Erwin não deixaria, eu sei que ele arrumaria um jeito de contornar isso tudo e até mesmo ajudaria!

S/n ─ Ou ele pode ficar do lado do Levi e me mandar ir embora.

Eren ─ Entendi, é isso que você quer. Quer que eles te coloquem pra fora assim você pode agir sem problema nenhum sabendo que as crianças vão estar seguras.

S/n ─ Eu acho que pode ser isso, mas eles me prenderiam, se formos analisar por um outro lado. Eles não me deixariam ir assim, já que poderiam achar que eu estaria em risco e as crianças estariam bem longe da mãe. ─ Com os ouvidos bem abertos e atentos a quem se aproxima do quarto, a mulher encaminha um assunto que só pode ter com Eren, o único que realmente sabe sobre o que vai acontecer ali e quais serão seus próximos passos, além da dificuldade que terá que encarar ao ficar frente a frente com aqueles dois.

Eren ─ Acredita que existe outros mundos?

S/n ─ Por que quer saber disso logo agora?

Eren ─ Eu só quero saber, você vive contando essas histórias como se fossem reais!

S/n ─ Acredito que seja possível e acho que não vamos descobrir isso tão cedo. ─ Seus olhos vão para a janela e se perdem por alguns segundos, sua mente vai em direção a lembranças recentes como a sombra e os conflitos ao seu redor. ─ Eren, prometa que os protegerá caso algo aconteça, caso eu não consiga me livrar da morte dessa vez.

Eren ─ Eu ia dizer que você quem iria fazer isso. Mas com todo esse risco de perder alguém ou nos perder, eu prometo que farei o meu melhor.

S/n ─ É essa a graça da vida, meu menino dos olhos brilhantes. Uns acabam morrendo e os outros realizam os seus sonhos, vários fogem e poucos são dignos de enfrentar a teimosia da vida. 

Eren ─ Mesmo assim, eu sei que amos conseguir, temos os melhores do nosso lado, sabemos como nos proteger e não vamos deixar que cheguem tão perto!

S/n ─ Você tem fé e isso é bom. Então continue com essa fé, ela salvará a todos nós! ─ S/n acaricia os cabelos de Eren um pouco mais sentido que ele está prestes a dormir. ─ Levanta e se deite na cama!

Eren ─ Eu tô bem!

S/n ─ Bobagem, vamos logo! ─ Ela o guia até a cama e o cobre com o lençol. ─ Durma um pouco, sinta a paz pelo menos uma vez. ─ S/n sai e fecha a porta, deixando seus cinco filhos em um sono profundo e calmo para que possam descansar. No entanto, não há descanso para si, nunca houve descanso para alguém como ela.

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─ Queria a S/n como minha mãe

─ Estamos quase em rata final

─ Já leram paths of the guardians hoje?