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Mais um tempo se passou, como se o relógio não esperasse nenhum deles, como se o ar não desse tempo para ninguém respirar com cuidado e colocar os pensamentos no lugar. Assim que Erwin e os demais feridos acordaram, lhes restou acabar com a dúvida antes que a dúvida lhes consumisse. Claramente S/n já havia pensado no que fazer durante o tempo em que se manteve focada em seus planos, e para não parecer invasiva, deixou que Hange os confortasse antes, os deixassem em uma situação comum para depois vir a chuva de perguntas.
Erwin ─ Você tá com um cara horrível, qual foi a última vez que dormiu? ─ Tirando seus olhos da janela fechada, ela calmamente vira-se para olhar nos olhos de Erwin, que termina de tomar o seu café para então responder as suas perguntas como uma das líderes do batalhão do lado certo da humanidade.
S/n ─ Dormir é uma palavra que ando desconhecendo nos últimos dias... E como você se sente? Acha que consegue se lembrar de alguma coisa ou ao menos nomes?
Erwin ─ Antes de tudo, S/n, eu quero que se sente e descanse um pouco. Isso é uma ordem do seu líder e de alguém que ainda se lembra de te conhecer muito bem! ─ Rendida ao pedido do homem enfaixado, ela se senta na beirada cama e encara o nada esperando mais alguma palavra, um suspiro de reprovação, qualquer coisa que a faça ter que responder com alguma desculpa esfarrapada.
S/n ─ Vai só ficar me olhando assim? Eu ainda consigo ficar tímida as vezes...
Erwin ─ Quanto tempo fiquei assim?
S/n ─ Uns bons dias... Na verdade, perdeu muito tempo aí deitado. Achei que fosse mais forte é fácil de se recuperar!
Erwin ─ Acha que eu sou algum tipo de homem poderoso? ─ Colocando a xícara de lado, Erwin se esforça para chegar até a mulher escancaradamente desconfortável por vê-lo tão abatido.
S/n ─ Fica quietinho aí se não quiser ficar mais uma semana em coma!
Erwin ─ Nem sequer posso abraçar a minha mulher?
S/n ─ Deixe os abraços para depois, precisamos de algumas respostas para tais conclusões!
Erwin ─ Se fazendo de difícil a essa altura da história?
S/n ─ Eu sei que não sou um exemplo de autocontrole, porém, se eles fizeram isso agora, significa que nosso tempo já era e temos que agira já.
Erwin ─ É um fato que nosso tempo acabou. Estamos sendo fechados em um cerco que se vai se apertar a cada dia e só vai nos restar um milagre para que não venham atrás de nós sem que saibamos disso.
S/n ─ A essa altura, eles já devem ter tirado uma pequena conclusão e se aqueles homens da última vez, tiverem dito a verdade sobre quem eram, essa conclusão é mais do que provada.
Erwin ─ Se aquela vacina era o que te impedia de ter filhos, certamente já era hora de vestígios e uma criança aparecer!
S/n ─ Durante o ataque, viu algo incomum, como algum deles que tenha fingido algo, alguém que tenha escapado sem ser totalmente percebido pelos outros? Me conte tudo que se lembra.
Erwin ─ Tudo estava tranquilo aquele dia, era para ser. Mas como um raio em um dia de sol, um estouro de gritos e pessoas correndo, chamou nossa atenção e corremos para ajudar. Durante essa correria toda, estavam alguns soldados da capital, eles queriam estar ali, queriam achar alguma coisa e não se importavam em ferir as pessoas em prol de achar o que fosse.
S/n ─ Será que queriam se certificar de que estamos prontos?
Erwin ─ Não era isso. Estavam eufóricos buscando algo nos rostos das moças que estavam naquele dia. Eu impedi que os demais entrassem no meio da briga, por tanto, foi assim que sai com mais ferimentos.
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Nasty Desires - O Despertar da Liberdade | Livro 2 | Aot | Levi + Erwin + S/n
FanfictionLiberdade [...] Uma das únicas coisas que qualquer criatura que tenha um coração batendo ou ao menos uma fagulha dr vontade de viver, anseia durante a sua pequena existência em uma vasta e carregada linha da vida. Não há alma que deseje manter-se...