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Quando se foi alguém com criação diferente das demais pessoas, tende a ser difícil ver o mundo de maneira cega, fechar os olhos e simplesmente fingir que nada aconteceu e nada vai acontecer há qualquer momento. Do pó ao pó eles sempre dizem, mas que pó seria esse, por quê seria pó e não uma fagulha inapagável de fogo, um rio que não tem fim, uma roda de ouro com uma velha tecelã, que vem decidindo o destino de muitos de nós?
Cada um presente neste castelo, foi criado de uma maneira incomum, com uma criação que não se completa ou mal se encaixa. Suas crenças mal se falam, ninguém consegue compreender um lado caso seja colocado na mesa um assunto a disposição da decisão do povo. Exemplos disso, são pessoas como ela, eles e o bebê que veio de fora. Quem poderia dizer o contrário além deles mesmos? Além de tudo, existem aqueles que possuem a resposta das possibilidades correndo em suas veias todo santo dia.
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Cometendo um delito grave contra si mesma, ela saiu pela manhã novamente, antes que todos pudessem acordar, antes que os seres da noite pudessem enfim voltar para os seus esconderijos. Seu caminho foi controverso e secreto, arrastando consigo alguém que jamais imaginou participar das trambicagens de uma superior, uma superior grávida com os nervos a flor da pele e as ideias ainda mais alucinadas que seus próprios pés. Houve bastante questionamento da parte de Martha, no entanto, apenas perguntas vagas foram colocadas para fora, dignas de preocupação em dobro.
Agora em frente ao local onde costumavam treinar antes da notícia de sua gravidez, elas esperam um tal sinal que havia sido mencionado há pouco, uma espécie de convocação que as levaria em direção a um local prospero para possíveis traições. Claramente soando como brincadeira da sua parte, a mulher não hesitou em deixar sua companheira com uma pulga atrás da orelha.
Martha ─ Dá pra dizer por favor o que vamos fazer no meio do nada? Vai me matar por acaso? Eu acho que já é um pouco tarde pra fazer a namorada ciumenta maluca. ─ Afastando-se após retirar uma faca da bainha, Martha finalmente proclama o que S/n já imaginava vir da mesma, dado ao fato dos acontecimentos de uma querer roubar o namorado de outra por apenas motivo nenhum.
S/n ─ Abaixa essa faca, aliás, onde é que tá a adaga que eu te dei? Deveria ficar sempre com ela.
Martha ─ Não vou dizer nada até você me dizer o que viemos fazer nesse fim de mundo, nem usamos mais isso aqui depois que aqueles malucos apareceram no QG querendo matar todo mundo!
S/n ─ É um assunto oficial da capital, não percebeu? Eu sou a traidora. ─ Calmamente olhando para a jovem de olhos de mel como se não fosse nada demais, S/n espera um surto psicótico explodir sua cabeça, enquanto se refresca com água.
Martha ─ Nem ferrando, isso é conversa pra boi dormir, eu quero a verdade, me diga a verdade!
S/n ─ Se eu disser que quis vir dar uma volta e não queria vir sozinha, você acredita?
Martha ─ Claro que não, você sempre sai sozinha quando quer.
S/n ─ Tudo bem... ─ Rendida ao cansaço, a mulher estica os braços e vai em direção a floresta esperando que Martha a acompanhe um pouco mais para que possam finalmente falar sobre o assunto misterioso sozinhas. ─ Eu venho vendo coisas há um tempo, ouvindo coisas que me deixam incomodadas de formas que eu não consigo descrever e adivinha? Eu não consigo deixar quieto como eu não consigo deixar quieto o fato de toda a Marley ter sido dizimada da face da terra.
Martha ─ Pronto, a gravidez te deixou louca de vez? Só falta dizer que anda vendo gente morta. Já falou sobre isso com eles dois?
S/n ─ Acha que aquele meio metro acreditaria em mim? Ele facilmente me prenderia em uma daquelas celas sujas até o bebê nascer. ─ Enfim adentrando o amontoado de folhas verdes, S/n puxa Martha pelo braço a guiando para uma estrada entre três árvores com sinais parecidos.
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Nasty Desires - O Despertar da Liberdade | Livro 2 | Aot | Levi + Erwin + S/n
FanfictionLiberdade [...] Uma das únicas coisas que qualquer criatura que tenha um coração batendo ou ao menos uma fagulha dr vontade de viver, anseia durante a sua pequena existência em uma vasta e carregada linha da vida. Não há alma que deseje manter-se...