Nasty Desires - O Despertar da Liberdade | Livro 2 | Aot | Levi + Erwin + S/n

Aproxima-se um pouco mais (Capítulo Adicional)

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Um questionamento sempre permaneceu na cabeça de muitas pessoas e sempre permanecerá, não importando quanto tempo passe ou o quanto as pessoas evoluam no decorrer das eras. Muitos de nós deseja saber o que leva a outros da nossa mesma espécie, a cometer atrocidades irreversíveis, cruéis e desumanas para com os seus semelhantes. Há alguns anos atrás, ela foi o principal alvo inevitável de pessoas de índole duvidável, sendo privada de um dos seus maiores sonhos de vida, com a maior desculpa esfarrapada já ouvida em toda a história da humanidade. A fizeram crer que, suas possibilidades de gerar uma vida em seu ventre, eram nulas, disseram que o "acidente" deixaram uma sequela que a impediriam de ter alguém sangue do seu sangue sendo gerado em seu ventre. E por quê tudo isso, afinal de contas, sua ameaça contra suas vidas tornou-se tão grave ao ponto de ataca-la de tal maneira?

Há pouco descoberto a verdade, o choque tornou-se maior que a eficácia do veneno que corrompeu seu organismo por anos. Acharam que haveriam riscos maiores para a saúde dela, estavam certos de que teriam que abrir mão da guerra para marcharem em direção a capital para salvar a vida da mãe e da criança. No entanto, sua teimosia e a chama que move sua alma, é o que ascende seu corpo todos os dias e grita bem alto para que o universo escute, que ele entenda que ela não está pronta para ceder e nunca estará. A mulher sábia ainda acredita que a sua protegida esteja alucinando por querer estar sempre se movendo, mas sente-se arrepiada em todas as vezes em que vê a verdade refletir nos olhos ameaçadores.

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Seus olhos focam na água aquecida dentro da banheira, tão parada quanto sua respiração, pois mal se move dentro da banheira, mal sabe pensar ou esboçar uma expressão que entregue qualquer emoção que esteja sentindo. No entanto, sua solidão no banheiro silencioso, lhe garante a primeira reação após um bom tempo, um sobressalto que invade seu corpo e sua mente, uma reação que acomete o despertar da sua prisão mental. O primeiro movimento em sua barriga, um chute forte que faz uma marca rápida em sua barriga para frente, que causa uma breve onda, que a faz mexer-se assustada com a reação da criança em seu ventre, seguida de um grito misturado de emoções.

S/n ─ Oh, meu Deus, não pode ser... Você... Você se mexeu pela primeira vez, me desculpa por não falar com você hoje, perdoa a mamãe... ─ Agarrando a própria barriga como se estivesse próxima a morte, suas lágrimas caem de seus olhos como a chuva caem do céu. Seu coração parece avisar sobre a criança saber que está triste e pensativa, sobre não gostar de seu comportamento. S/n já havia procurado bons motivos para chorar, mas não eram suficientes para deixar que o salgado fizesse parte do doce tão cedo, e agora desaba como tempestade. ─ Me desculpa, eu estava com medo, eu não sei o que fazer daqui pra frente, meu filho, a mamãe está perdia e se pudesse, fugiria com certeza de tudo e daria pra você um mundo melhor pra viver. Me perdoa por ser um fracasso... Me perdoa...

Hange ─ S/n, o que foi isso, por quê você tá chorando desse jeito, quer me deixar louca? ─ Graças a algum anjo ou instinto superior, Hange resolveu subir as escadas para ver como estava a sua amiga, ouvindo seu berro desesperador ecoar do quarto para os corredores a obrigando a correr para evitar qualquer acidente.

S/n ─ Ele se mexeu, Hange, ele se mexeu pela primeira vez, ele acabou de falar comigo, ele me viu triste e se mexeu pela primeira vez! ─ Seu rosto está avermelhado e seu nariz consegue estar mais vermelho que todo ele. Hange feliz até falar chega, arregala seus olhos e pula de um lado para o outro gritando em diversão pura, indo em direção a amiga para chorarem juntas.

Hange ─ Você devia tá feliz, vamos fique feliz, seu filho acabou de se mexer!

S/n ─ Eu não consigo, Hange, eu tô com medo, muito medo de dar tudo errado. Agora mais do que nunca, eu tenho medo de todas as coisas ficarem complicadas, tenho medo de eu ser um peso pra tropa e de ter que sair. Sabe, desde que eu descobri sobre as coisas que me aconteceram, eu me vi perdia e tô cansada de me fingir de forte o tempo todo.

Hange ─ Eu sempre soube disso, eu te conheço, eu fui a primeira pessoa pra quem você demonstrou fragilidade. Eu disse ao Erwin que ele não deveria pegar pesado com você e ainda bem que ele me ouviu a tempo e o Levi faz questão de sempre sair do treinamento pra vir te ver.

S/n ─ Não quero decepcionar ninguém, minhas escolhas podem ser difíceis daqui pra frente, podem ser vistas como algum tipo de retaliação, principalmente per eles dois!

Hange ─ S/n, o que você vai fazer?

S/n ─ Eu não vou ficar parada, sabe que eu não posso ficar parada. Se eles vierem atrás de mim, vão matar todo mundo e vão fazer eu assistir a morte de cada um, vão me deixar por último só pra me fazer sentir a dor que eu fiz muitos outros sentirem. E sabe quem vai fazer isso? ─ Estabilizando-se ao receber apoio dos braços de Hange, suas pernas arroxeadas erguem-se de dentro da banheira para que possa sair antes que se torne uma criatura de rugas.

Hange ─ O único que tem peito suficiente pra entrar aqui e enfrentar o Levi, você e qualquer um que entrar na frente...

S/n ─ Kenny é bom de lábia e ama o som da própria voz, mas não para pra isso, ele vai falar e chegar atirando em todo mundo, não vai ter santo ou demônio que o pare, não vai ter guardião ou o caralho todo que faça esse velho parar de atirar.

Hange ─ Acha que vão atacar agora?

S/n ─ Não, eles sabem que todos estão morrendo, sabem que os que conseguem fugir não falam tudo o que descobrem e esses mesmos são mortos sem falar um "A" de importante. Eles não vão mandar ninguém além de prender o povo, já que boa parte dos soldados ainda está fora da ilha.

Hange ─ Então não tem motivos para que você tente fazer alguma coisa!

S/n ─ Eu vou te contar uma coisa, mas eu preciso que guarde segredo de todo mundo.

Hange ─ Sabe que eu sempre guardo os maiores segredos e não vai ser diferente agora!

S/n ─ Amanhã, quando não tiver ninguém aqui, vá até a estante de livros de romance e pegue o livro de título reverso, sua escrita é em negro e sua capa está em vermelho vinho. Dentro dele tem algo que vai ajudar com suas criações e vai fazer você entender o motivo de eu ter que começar a agir. Assim que pegar esse livro, coloque outro no lugar, ele vai estar do lado do berço do Sol, São quase iguais, a única diferença entre um e outro, é a linguagem antiga.

Hange ─ Eles sabem sobre esse livro?

S/n ─ Esse livro só pode ser visto por... ─ Escutando a voz de Levi atravessar do corredor para porta, ela se cala, aparentemente voltando a si, olhando confusa para Hange, que a encara tão confusa quanto. ─ O que foi?

Hange ─ Você estava falando sobre um livro e que ele só pode ser visto por...?

S/n ─ Que bobagem, todos os meus livros são normais, menos aqueles que eu escondo algumas coisas! ─ Tocando a sua barriga de tamanho bem aparente, seu sorriso se abre ao esquecer do medo por um instante. Do medo para o desejo de contar o acontecimento, ela se apoia na amiga para ir para o quarto se vestir para não pegar um resfriado.

─ Faça o que ela disse, venha aqui pela manhã e procure pelo livro... ─ Assustada com o sussurro, a mulher olha para trás para buscar a fonte do som e vê na água o reflexo de uma sombra que faz com que seu coração acelere. Ao piscar algumas vezes, a mesma sombra já não está mais ali, a colocando como louca.

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─ Ninguém em AotND é normal galerinha

─ Queria escrever algo fofo e saí chorando

─ Em breve S/n colocando os filhos pra fora e pondo pra segurar uma espada pra lutar contra a capital

─ Que sombra é essa?

─ Leia Paths Of The Guardians