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Seus olhos focados na paisagem da janela emanam e demonstram a crueldade que a alma humana pode chegar. Para ela é chegada a hora de jogar mais uma carta na mesa e gritar para o seu oponente, encorajá-lo a sair por cima da sua cartada mesmo sabendo que foi uma jogada de mestre.
Conspirações contra si, se tornaram maiores, o vento está mais cruel e ri, ri como um maníaco. Há desejo de sangue por todos os lados e a primeira gota deve ser derramada o quanto antes. Há desejo de olhar aquele homem nos olhos e arrancar a sua cabeça como se fosse apenas um tronco sendo cortado com seu machado afiado. No entanto, é necessário a calmaria estampada na face, é preciso ter o sangue frio como um morto e andar em direção a sua gloriosa vitória.
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E quando começou, se viu sentada na cadeira de Erwin no salão, um local escuro em certa hora com apenas algumas luzes acesas e os assassinos olhos de S/n, que brilham em puro ódio. Em sua mão há uma adaga sendo movimentada há uns cinco minutos sob a madeira escura da cadeira enquanto sua mente borbulha ideias e não há ninguém que ouse invadir sua privacidade, a menos que seja necessário.
Tony ─ Senhora comandante... ─ Ousado e desesperado, o jovem adentra o salão aos sufocos. ─ Ela conseguiu fugir, não sei como ela fez isso, mas pegou um dos cavalos e saiu em disparada. ─ Levantando um pouco mais sua cabeça que é fracamente atingida pela luz que vem da porta, o garoto é agraciado com um sorriso de ponta a ponta, olhos brilhantes e um frio correndo sua espinha lhe avisando para correr mais uma vez e desta vez, para longe.
S/n ─ Você chegou em boa hora, Tony! ─ Levantando-se da cadeira, ela caminha para fora das sombras como um fantasma em um pano escuro. Sua roupa é preta dos pés à cabeça, com um pouco de couro ali, botas desafiadoras aqui, algumas adagas que parecem botões de prata, cabelos presos em um coque e nada em seu rosto além da cor da frieza.
Tony ─ Comandante?
S/n ─ Avise a todos que hoje será um dia maravilhoso. ─ Sabendo para onde a garota pretende ir, S/n anda o mais rápido que pode sem perder a elegância da sua fúria, dando passada por passada até os estábulos atrás de seu cavalo.
Jean ─ Eu sinto muito S/n, ainda não sabemos como ela foi capaz de fazer isso!
S/n ─ De licença, preciso trazê-la de volta.
Armin ─ O comandante Levi acabou de sair atrás dela, ele vai conseguir alcançá-la!
S/n ─ Sendo assim, vamos preparar para ela uma boa recepção! ─ S/n retira uma adaga de seu corset e a esconde dentro da manga direita de seu blaser. ─ Eren, Mikasa, Reiner e Martha, vão dar apoio ao Levi, não sabemos o que o espera!
─ Sim senhora, comandante! ─ Ambos respondem em uníssono sem coragem para olhar nos olhos da mulher. Entre os soldados, os cochichos sobre a sua tranquilidade em agir em um momento em que deveria estar aos surtos ou indo atrás da garota, vão dobrando de tamanho até chegar aos seus ouvidos.
Jean ─ O que você vai fazer com ela?
S/n ─ O que te faz pensar que eu faria algo? Dessa vez devemos agir com um pouco mais de cala, não acha?
Jean ─ É dessa versão que eu tenho medo!
S/n ─ Versão? Eu só estou em meu mais perfeito estado, garoto. ─ Deixando Jean para trás, a melancolia, diabólica, sedenta e perigosa mulher avança para a entrada dos portões. Enquanto ela vagueia com sua mente tão clara quanto a água do mar do outro lado, seus amados cadetes se afastam para o outro lado.
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Nasty Desires - O Despertar da Liberdade | Livro 2 | Aot | Levi + Erwin + S/n
FanfictionLiberdade [...] Uma das únicas coisas que qualquer criatura que tenha um coração batendo ou ao menos uma fagulha dr vontade de viver, anseia durante a sua pequena existência em uma vasta e carregada linha da vida. Não há alma que deseje manter-se...