Nasty Desires - O Despertar da Liberdade | Livro 2 | Aot | Levi + Erwin + S/n

Nos dias que se seguiram (Capítulo Adicional)

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Duas semanas se passaram, os dias que antes passavam voando, começaram a se estender de forma a se comprar com a falta de velocidade de uma lesma. Os cadetes que antes estavam nas mãos de S/n, penaram nas mãos de Levi, sofreram como pobres miseráveis no minuto em que o homem de tamanho duvidoso colocou seus olhos impiedosos sob eles. Martha, desiludida, desejou voltar para a companhia da comandante que tanto azucrinou nas semanas que se passaram, chegando a completar meses que teve de ficar frente a frente com a louca cheia de esconderijos para facas e adagas.

Muitos dos cadetes treinados por S/n, deixaram de levar a sério todo o esforço disponibilizado pela mulher, por acharem que, ela havia ficado "molenga" em relação a Martha, os insultos, suas saídas noturnas, as noites em que os gemidos abafados ecoavam pelos corredores. No entanto, a mulher veio notando diferenças em seu corpo, mudanças desconhecidas e nunca relatadas por si mesma, a deixando preocupada. Em momentos pensou em estar doente, desenvolvendo algum distúrbio por trabalhar demais, insolação ou o temido esforço físico que a exauriu.

S/n ─ Decepção, essa é a única palavra que define essa cena inútil que eu tô vendo agora. Eu jurei que tinha feito um bom trabalho, mas se chamada na sala do líder pra uma reunião de urgência, foi o fim da picada, dos trilhos, do mundo e da porra toda.

Tony ─ Me perdoe senhora S/n, é tudo culpa nossa!

S/n ─ Quantas vezes eu disse que com ele não seria fácil, que deveriam treinar duro aqui, pra não passarem vergonha lá? Sinceramente, eu estava orgulhosa em ver vocês conseguindo alcançar níveis que muitos outros demoraram para conseguir. Mas todo mundo voltando?

Eren ─ É melhor se acalmar! ─ Com as mãos cobrindo seu rosto para não ter que olhar para nenhum deles, sua raiva começa a apitar como um sinal, entrando por seu ouvido e indo direto para a sua cabeça, flutuando como um tijolo em queda até que tudo vá pelos ares. ─ Vocês terão três dias para recuperar o que foi perdido, aqueles que não conseguirem, serão rebaixados.

Martha ─ Isso é injusto, eu sempre fui a melhor, por quê eu estou aqui?

Jean ─ Te dissemos pra tomar cuidado com as coisas que falaria para a comandante, o namorado nanico dela não costuma ter piedade com ninguém!

Martha ─ Tá dizendo que aquele nanico meia boca me mandou pra cá como castigo? Aquele... ─ Compartilhando da raiva da veterana, Martha lindamente deixa sua mão flutuar em direção ao tronco que S/n acertou há um tempo atrás, quase o arrancando do seu lugar.

Connie ─ Me lembrem de nunca chamar ela pra brigar!

Jean ─ É só usar a sua careca e a luz do sol pra cegar seus inimigos.

Connie ─ Tá engraçadinho hoje em, Jean, quer que eu comece a falar sobre aquele dia ou sobre os outros quatro nas últimas duas semanas?

Jean ─ Seu careca infeliz, eu vou te partir em dois!

Martha ─ Comandante, o que tem em mente para fazer o comandante nos aceitar de volta?

Jean ─ Ué, acabou o seu ódio pela velhota?

S/n ─ Se não calar a boca. vou enfiar uma dessas espingardas na sua bunda. Enfim, o plano é simples, nesses três dias não terão paz ou sossego, vão trabalhar de dia e de noite para alcançar o ponto que ele deseja, vão de si, já que não querem ser rebaixados a nada. No entanto, aqueles que querem desistir agora, estão livres para pegar suas coisas e voltar para o QG. ─ Com as costas escoradas em uma das carroças de mantimentos colhidos há quatro dias, a comandante espera que algum dos cadentes se levante e desista de uma vez por todas de estar ali em meio ao cansaço e suor.