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Após deixar que a jovem mulher se distanciasse um pouco mais do grupo de fanfarrões, Jean calmamente optou por observar de longe quais seriam as reações da mesma em relação ao ocorrido. Porém toda vida entretanto, a mesma se manteve boa parte dos minutos sentada em um tronco caído, pensando em nada e olhando para o tudo, muda como uma porta, parada como uma montanha, apenas existindo até dar a digníssima hora de voltar para casa.
Jean ─ Não devia ficar aqui sozinha, mesmo que seja tão forte quanto as comandantes, quanto a Mikasa e a Sasha, homens tende a ser covardes! ─ Sentado em uma árvore atrás da moça, agindo como se ela não soubesse desde o inicio que ele estava ali, entalhando uma madeira aleatória com a forma das curvas da jovem, observando cada detalhe. Como sua cintura é larga, as curvas do busto passando pelas costelas ao quadril, formando um violão ao ver dos seus olhos, suas pernas grossas trabalhadas em beleza pura por sua pele parda que aparenta brilhar na luz do sol. Seus cabelos as vezes prezo, parecem mel em partes do tempo, seus olhos somem quando a luz do sol toca e em todas as vezes que Jean percebe esse momento, uma flecha atinge seu coração.
Martha ─ O que quer? Você ficou ai todo esse tempo sem falar nada.
Jean ─ Sabia que eu tava aqui?
Martha ─ Impossível não sentir seu cheiro de cavalo! ─ O som dos pés de Jean batendo contra o chão, deixa a mulher alarmada, preparada para esfaquear se for preciso, não sentiria remorso em matar Jean e provavelmente fugiria para viver livre mais uma vez.
Jean ─ Eu não ligo quando os outros me chamam de cavalo, mas quando vem de você, me incomoda de um jeito que eu não sei dizer!
Martha ─ Que pena, eu não me importo, alias, por quê veio atrás de mim?
Jean ─ Foi minha culpa, só quis ver como estava, já ir ir embora! ─ Terminando de entalhar a madeira no qual tralhou por quase quarenta minutos, os olhos da mulher dos cabelos cor de mel, observa de relance a forma caprichosa na qual ele trabalha, curiosa para saber o que há na mão dele. ─ Como ficou a capital em todos esses anos?
Martha ─ Virou um verdadeiro inferno, as pessoas foram privadas de muitas coisas, as crianças não podem mais brincar, os mais velhos são tratados como lixo, aqueles que não respeitam o novo líder a frente das tropas, são espancados para receber uma lição por não obedecer as ordens e ninguém nunca viu o rosto daquele velho infeliz.
Jean ─ Sabe o nome dele pelo menos?
Martha ─ Chamam ele de general Noth, mas não não passa de um velho ordinário pra mim.
Jean ─ Se importaria se eu contasse sobre ela pra comandante S/n? Sei que não gosta dela, acha que ela é uma bruxa, promíscua, estranha... O que mais você acha dela mesmo?
Martha ─ Por que tá conversando comigo com tanta naturalidade?
Jean ─ Eu gosto de você!
Martha ─ G-Gosta de mim? ─ Seu coração faz um curva totalmente errada e acaba batendo de frente com um sorriso gentil partido do cara da barbicha rala. Sorriso simples, com as finas linhas dos lábios, olhos quase fechados e as mãos ocupadas, além do brilho do sol, que bate contra o seu rosto, sendo possível ver por debaixo do chapéu empoeirado. ─ Devia sorrir mais.
Jean ─ Mas eu estou sempre sorrindo, quer mais o que?
Martha ─ Você chama aquele fingimento de sempre estar sorrindo? Eu acho que nem o Connie acredita nisso, você mente muito mal.
Jean ─ Pra você, no que eu sou bom?
Martha ─ Irritar as pessoas, ser chato, inconveniente, bobo, sorridente falso, falar demais sobre estrelas mesmo que seja interessante, falar que fica sempre lindo de chapéu quando sabemos que somente um modelo te valoriza, além de ser patético dando em cima das novas como se elas fossem te querer e...
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Nasty Desires - O Despertar da Liberdade | Livro 2 | Aot | Levi + Erwin + S/n
FanfictionLiberdade [...] Uma das únicas coisas que qualquer criatura que tenha um coração batendo ou ao menos uma fagulha dr vontade de viver, anseia durante a sua pequena existência em uma vasta e carregada linha da vida. Não há alma que deseje manter-se...