🔥
Quando tudo acabou realmente, a noite estava para cair, o céu estava laranja e as nuvens brancas davam um constate alegre ao tempo. Os escombros foram retirados pouco a pouco onde tinham certeza de que havia algum soldado, ou cidadão que teve o desprazer de ser atingido pelas grandes pedras. Todos eles estavam cientes do que aconteceria se continuassem e mesmo assim deram suas vidas para acabar com a guerra. Com o passar do tempo os cidadãos que haviam fugido para o norte, voltaram mesmo com o medo de serem surpreendidos por um resultado ruim.
Depois que tudo passou a sensação de liberdade é a única coisa que todos conseguem sentir em sua mais perfeita essência. Não há alma neste lugar que deseje manter-se presa novamente, presa a uma memória de um momento que as assombrou por tantas gerações. É nítido que a humanidade foi feita para ser livre como os ventos que sopram quentes em um dia de verão, como as correntezas dos rios que desaguam no mar e nunca são as mesmas. E no agora não há mais incertezas, não há uma imensidão escura pairando sob eles, nada mais será o mesmo e os olhares já ardem em um brilho de vitória.
🔥
S/n ainda se encontra debilitada por conta de sua luta com Noth. Sentada em uma das rochas distante do amontoado de pessoas, longe das perguntas e dos cochichos, sua mente enfrenta os rostos sem vida que viu pelo caminho até o lado de fora. Recorrendo aos planos de anos para ter certeza de que as perdas não seriam tantas, caindo em uma realidade que a morte realmente é inevitável.
Estando inerte, seus ouvidos nada ouvem e seu corpo está confuso com suas emoções. Ela não queria perder mais ninguém e ainda é uma casualidade ver tantos morrerem. "Pobre mulher mundana", é o que suas vozes dizem enquanto mostram onde teve que chegar para alcançar seus objetivos e mesmo que a liberdade esteja ali, a culpa é o que mais pesa em seus ombros. A culpa de ser responsável pelas mortes, a culpa por ter que matar os soldados que acreditavam em Noth, de separar amantes e fazer com que as pessoas temam seus atos.
Enquanto ela se mantém assim, os outros três comandantes sobem em uma das rochas mais altas para chamar a atenção do povo. Eles têm um discurso em mente, improvisado de última hora para dar apoio a quem precisa, para que tem a certeza de que há liberdade para onde quer que olhos. No entanto, os olhos de Erwin e Levi não saem da guerreira silenciosa, que olha fixamente para o chão.
Levi ─ Acha que ela vai ficar bem?
Erwin ─ Ela vai ficar, mas vai demorar mais do que das outras vezes. Muitos de nós morreram, pessoas que ela queria salvar também não escaparam, não entendo por que temos que sofrer tanto.
Levi ─ Como ela sempre disse uma vez, a vida é uma vadia má e sempre temos que enfrentar.
Erwin ─ Ou vamos enlouquecer e morrer tentando enfrentar!
Levi ─ Hoje não.
Erwin ─ Poderiam olhar para cá? ─ O homem altera sua voz para que todos possam ouvi-lo. Ainda muitas pessoas espalhadas pelos cantos ajudando os feridos e recolhendo os corpos. ─ Eu sei que todos estão cansados, perderam pessoas e tiveram que deixar sua humanidade de lado. Mas não podemos deixar de lado um fato que temos em mãos, a nossa liberdade. Cada um aqui está livre para continuar, sair para fora da ilha em busca de uma nova vida, estão livres para qualquer coisa que queiram fazer, principalmente se quiserem desvendar o mundo.
Hange ─ Do fundo dos nossos corações, sentimos muito por aqueles que perderam seus entes queridos e suas vidas. Mas devemos honrá-los, pois escolheram lutar ao nosso lado pela causa certa, e nossas honras também serão direcionadas para nossos antigos inimigos, que lutaram bravamente por aquilo que acreditaram. E caso alguns nos odeiem, nós iremos entender e aceitaremos qualquer repudio que vier, aceitaremos se quiserem nos mandar para longe.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Nasty Desires - O Despertar da Liberdade | Livro 2 | Aot | Levi + Erwin + S/n
FanfictionLiberdade [...] Uma das únicas coisas que qualquer criatura que tenha um coração batendo ou ao menos uma fagulha dr vontade de viver, anseia durante a sua pequena existência em uma vasta e carregada linha da vida. Não há alma que deseje manter-se...