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Seria impossível dizer que tudo estava indo bem nos primeiros dias em que S/n não estava mais presente. Claramente muitas das coisas desandaram e todas as coisas que andou pesquisando e planejando, sumiram de uma hora para outra. Não teria como ela ter levado tudo consigo, afinal, a mesma saiu sem nada, apenas com um grande ar aterrorizante de ter feito escolhas duvidosas. E por esse empecilho tão simples, tudo pareceu afundar com o restante das esperanças que tinham.
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O relógio bate à meia noite em ponto, tudo é calmo, os soldados ainda acordados fazem a vigia dos portões, os outros dois que estão à frente do comando permanecem juntos revisando alguns planos antes de qualquer coisa. Entre todo esse tempo de pequeno preparo e se manter firme, duas semanas e meia se passaram, com direito a uma busca rápida por S/n para saber o paradeiro de seus projetos e crianças agitadas do outro lado do castelo.
Levi ─ Já é tarde, você não vem pra cama? ─ Levantando-se para esticar seu corpo, o homem dá a volta na mesa e encara os mesmos papéis que Erwin tem mantido os olhos pregados há horas.
Erwin ─ Quanto tempo ficamos aqui?
Levi ─ O dia todo e já passou das dez da noite. Não tem nada nesses papéis, Erwin, se tivesse já teríamos achado. Ela com certeza deu um jeito de dar um fim em cada uma das pesquisas que ela andava fazendo.
Erwin ─ Talvez você tenha razão. Mas ainda acho que ela não jogaria fora ou queimaria tudo. S/n parecia conhecer bem esse lugar e nós, que vivemos aqui há mais tempo que ela, parece que chegamos ontem.
Levi ─ Aquela mulher que você trouxe, será que ela sabe de alguma coisa? Ela confessou ser irmã dela.
Erwin ─ Eu cheguei a interrogar, mas o único lugar que ela sabe da existência, é aquele nas celas!
Levi ─ É claro que foi a única coisa...
Erwin ─ Não é só você que tem as suas suspeitas, Levi. Acha que antes de trazer ela até aqui eu não fiz questão de analisar até o último detalhe? ─ Levi o ignora e vai em direção a porta esperando que o loiro faça o mesmo, que esqueça por u8m instante o amontoado de papéis.
Erwin ─ Tudo bem, você tem razão, eu preciso descansar. As crianças estão bem? ─ Ele se levanta da cadeira e caminha para perto de Levi, que o abraça com certo carinho afundando seu rosto em seu peito.
Levi ─ As crianças estão dormindo no quarto da Hange. Ela disse que devemos dormir mais do que um pouco, porque faz horas que nenhum de nós fecha os olhos para relaxar! ─ Levi segura a mão do homem e o guia para o quarto, que não é o mesmo de antes. O antigo quarto ainda traz a eles lembranças de muitos momentos que podem se tornar desfavoráveis. ─ Você precisa de um banho.
Erwin ─ Precisamos, você está mais tenso que eu!
Levi ─ Isso não é nada.
Erwin ─ Vem, me deixe cuidar de você... ─ Erwin pega Levi em seu colo e suas pernas os guiam até o banheiro do quarto onde há uma banheira um pouco menor que a do outro quarto. Durante os anos que se passaram, fizeram banheiras em alguns quartos para dar um pouco mais de conforto aos soldados, sendo uma ideia total da jovem mulher que está bem longe agora.
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Meia se passou e do lado de fora do castelo nas muralhas, Jean, Connie, Tony e Eren jogam um simples jogo de cartas para poder passar o tempo e o dia amanhecer. Tudo tem andado monótono, nada aconteceu desde o último acontecimento catastrófico, até mesmo os pássaros deixaram de se agitar por todos os lados.
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Nasty Desires - O Despertar da Liberdade | Livro 2 | Aot | Levi + Erwin + S/n
FanfictionLiberdade [...] Uma das únicas coisas que qualquer criatura que tenha um coração batendo ou ao menos uma fagulha dr vontade de viver, anseia durante a sua pequena existência em uma vasta e carregada linha da vida. Não há alma que deseje manter-se...