Capítulo 3

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Quem já leu o capítulo 2 antes da alteração que fiz, leia de novo, porque eu acrescentei algumas coisas no final. Pode ser que alguém tenho lido antes disso.

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PRISCILLA NARRANDO...

Minha mãe me ligou, coisa que ela nunca faz e quando faz, é bomba na certa. Um casal de amigos dela precisava de ajuda. A filha deles é uma maluca que torra dinheiro como se fosse mato em festas, bebidas, drogas e mulheres, então queriam dar a ela uma lição de como é viver a vida e qual o real valor do dinheiro e por algum motivo minha mãe achou que o tratamento de choque seria aqui em Goiânia na minha fazenda. Péssima ideia. Não queria uma maluca perto dos meus cavalos e nem de nada que é meu. Depois da minha mãe dar uma palestra de uma hora no telefone eu topei transformar a tal Natalie em gente. Ela chega no domingo. Pedi que arrumassem um quarto de hospedes pra ela, bem confortável, afinal ela teria que ter um quarto para descansar depois da ralação, porque ela não vai ficar 3 meses na minha fazenda sem fazer nada achando que está de férias. Ela chegou no domingo, a Luíza ficou de recebe-la em casa e o Rodrigo foi busca-la no aeroporto. Eu estava andando a cavalo pela fazenda, uma cerca havia estragado e eu precisava verificar. Chequei tudo e fui pra casa.

Eu: Hei campeão, obrigado pelo passeio. Aqui uma maçã bem saborosa pra você... – dei uma maçã pra ele. Eu amo o meu cavalo. Ele é meu fiel companheiro, treinado e lindo. Trovão o nome dele. Tenho uma égua bem queridinha também, ela é bem tranquila e quando recebemos visitas no haras, as crianças gostam de visita-la. O nome dela é Maya. Maya foi resgatada numa fazenda vizinha. Ela era maltratada estava bem ferida e abaixo do peso. Ela estava sofrendo muito e eu a comprei. O dono da fazenda só tinha ela e queria sacrificá-la. Eu não permiti, então eu a comprei e cuidei dela. Maya é carinhosa e delicada. Ela não faz passeios longos, ela é mais para crianças fazerem carinho, tirarem fotos. – Hei Maya... Trouxe uma maçã pra você também. – dei a maçã a ela e fiz carinho – Seu pelo está lindo mocinha. Descansou bastante hoje? Amanhã as crianças da escolinha vem ver você tirar fotos, espero que esteja disposta. – fiz carinho nela um tempo logo o tratador foi leva-la para dentro – Até amanhã minha linda. – dei um beijo nela. Fui caminhando para casa.

Rod: Priscilla?

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Rod: Priscilla?

Eu: Oi? O problema chegou?

Rod: Sim. E é uma grande patricinha. Boa sorte, você vai precisar.

Eu: A vida dela não vai ser fácil aqui – ri e entrei – Obrigada por tê-la buscado.

Rod: Sem problemas, vou pra casa qualquer coisa me chama.

Eu: Obrigada. – entrei em casa e ela estava na sala olhando a lareira. Bem bonita, e realmente era uma patricinha. A cumprimentei e ela cumprimentou de volta. Quando disse que ela iria trabalhar na fazenda, ela ficou bem chocada, achou mesmo que ficaria ali sem fazer nada. Sem suor, sem glória. Subi para o meu quarto tomei um longo banho, coloquei uma roupa confortável e desci. Ela já não estava na sala mais. Fui até a cozinha o jantar estava sendo preparado já. Sai na varanda e ela estava sentada na piscina fumando. – Você nem chegou e já está fumando maconha?

Nat: Que susto... E como sabe que é maconha?

Eu: Todo mundo conhece o cheiro da maconha. Eu moro na terra Natalie, não em marte.

Nat: Quer dar um tapinha? – eu a olhei incrédula.

Eu: Só se for na tua cara. Se eu te pegar fumando essa merda dentro da minha casa você vai dormir no celeiro.

Nat: Não é assim que se trata visitas.

Eu: E não é assim que visitas se comportam na casa dos outros. – ela rolou os olhos.

Nat: Por que uma fazenda? Sua mãe é uma perua pelo que sei, porque afinal ela é amiga da minha mãe.

Eu: Minha mãe ama aquilo lá, minha mãe ama o Rio de Janeiro e eu odeio aquele lugar. Eu gosto daqui, gosto dos meus cavalos do sossego e do ar puro daqui.

Nat: Eu estou aqui a algumas horas e estou louca para voltar pra casa correndo.

Eu: Não passa vontade não... – ironizei.

Nat: Olha só, eu sei que não me quer aqui e acredite eu também não queria estar aqui de jeito nenhum. Eu só vim porque eu fui obrigada de todas as formas a vir ou eu perderia meu apartamento, minha conta bancária e minha vida no Rio.

Eu: É, eu soube... – o jantar ficou pronto.

XX: Dona Priscilla, o jantar está pronto.

Eu: Obrigada Célia. Vamos jantar... – fomos para a mesa e a Luíza e o Rodrigo já estavam se sentando. Eu me sentei e a Natalie também. – Bom apetite a todos – nos servimos e comemos falando de algumas coisas que teremos que fazer no dia seguinte.

Luíza: Amanhã vem a turma da escolinha infantil.

Eu: Sim, vão ver a Maya e não é pra correr com ela tá? Só fotos, pode subir para tirar fotos, fazer carinho, depois a deixe livre.

Nat: Quem é Maya?

Eu: Uma égua resgatada. Aqui também é um haras e recebemos crianças para visitação, crianças e adultos para aulas de equitação e pacientes para equoterapia.

Nat: Trabalha só com cavalos?

Eu: Não. Café, gado, cavalos, temos pomares, hortas, chiqueiros, temos tudo aqui.

Rodrigo: Fornecemos verduras e legumes para o mercado municipal de Goiânia também. Leite para um laticínio grande daqui.

Nat: É muita coisa.

Rodrigo: Sim, é... – terminamos o jantar, comemos a sobremesa.

Eu: Bom, eu vou subir, estou cansada. Senhorita Smith fique a vontade. Amanhã cedo peço para te chamarem para começarmos as tarefas do dia ok? Célia o jantar como sempre, sensacional. Muito obrigada. Boa noite.

Celia: Obrigada. Boa noite dona Priscilla.

Eu: Rodrigo, Luiza...

Luíza: Boa noite Pri.

Rod: Boa noite Priscilla. – eu subi para o meu quarto. Escovei os dentes, tirei aquela roupa, hidratei meu corpo coloquei um pijama. Meu celular tocou.

Eu: Oi Vicky?

Vicky: Pugliese... Saudade sabia?

Eu: Você sumiu, o que houve?

Vicky: Viagem. Minha irmã se casou em Los Angeles, fui pra lá, acabei ficando mais do que deveria e quando voltei tive que resolver algumas coisas na empresa. Como você está?

Eu: Estou bem e você como está?

Vicky: Melhor agora ouvindo sua voz. – eu sorri de leve. – Posso ir até ai?

Eu: Agora?

Vicky: Sim, estou com saudade – sussurrou.

Eu: Tudo bem. – desligamos e ela chegou 1 hora depois. Bateu na porta do meu quarto e eu abri.

Vicky: Oi – me deu um selinho.

Eu: Oi... Está linda e cheirosa.

Vicky: Obrigada. Que saudade de você –beijou meu pescoço me arrancando um gemido. Tranquei a porta do quarto, porque a Luíza tem o péssimo hábito de abrir a porta sem bater. Vick tirou a roupa, eu tirei meu pijama e fui pra cama. Ela não economizou nos gemidos naquela noite me fazendo esquecer que eu tinha uma hóspede. Talvez ela não tivesse escutado. Eu e a Vicky não namoramos, a gente transa. Temos uma energia sexual muito grande, uma conexão um tanto inexplicável, mas ela não é uma pessoa para namorar, a gente não combina para vivermos juntas e até ela sabe disso, mas nos damos super bem na cama e principalmente como amigas. 

NATIESE EM: A FAZENDEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora