Mais tarde a Diorio chegou com a Dani.
Dani: Chegamos Luíza... Natalie? - ficou surpresa ao me ver.
Nathalia: O que faz aqui?
Eu: Não podia continuar longe com ela doente.
Dani: Como soube?
Eu: A mãe dela me contou ontem no coquetel. Como ela está?
Luíza: Oi, e ai como ela está? – nos sentamos no sofá.
Nathalia: Está isolada. A Vicky vai ficar em Goiânia enquanto ela está no hospital para nos dar boletins dela. Ela foi intubada.
Eu: Meu Deus.
Nathalia: Ela não pegou um vírus, ela pegou uma bactéria no acesso dela. Pode ter sido poeira do ar condicionado, ou um passeio a cavalo contato com os bichos dela, pode ser qualquer coisa mínima. Ninguém tem culpa de nada, o médico disse que isso é mais comum do que parece e que até demorou acontecer. Normalmente pessoas na situação dela apresentam esse quadro na terceira semana quando a imunidade cai quase que totalmente. Ela está recebendo medicação pesada por isso foi intubada. Ela deve ficar assim por 48 horas depois ficar mais uns dois ou três dias no hospital e vir pra casa. O ciclo de quimio dela foi cancelado, ela vai ficar um mês sem fazer e depois retomar. Não vai prejudicar o tratamento dela já que está no inicio e ela fez o primeiro ciclo de 4 vezes em um mês.
Eu: Ela está correndo risco de morte?
Nathalia: Não. Ela está estável no momento a medicação está funcionando vamos ver como ela vai passar essas 48 horas. Ela foi intubada porque está muito fraca, com muita dificuldade para respirar, então acharam melhor preservar as funções cardíacas, cerebrais e pulmonares dela. – discutimos muito toda a situação eu quase não jantei aquele dia estava preocupada e quase não dormi também. Minha mãe não parava de me ligar e eu não queria atender. Pedi a Luana para não contar onde eu estava e dizer que não sabia do meu paradeiro. No aeroporto eu comprei um chip para o meu celular, então tirei o meu chip e coloquei o novo cadastrei e mandei mensagem para a Luana a gente conversaria por lá e que ninguém tinha aquele número. Passei o número para as meninas da casa na manhã seguinte e pedi que se caso minha mãe ligasse não dissesse que eu estava lá. Eu resolvi limpar o quarto da Priscilla, pedi ajuda de uma das moças da limpeza para abrir o ar condicionado dela e estava realmente imundo. Tirei o filtro e coloquei num balde, limpei tudo com muito rigor, coisa que eu nem fazia na minha casa porque eu tinha quem fizesse por mim. Passei lisoform em cada móvel dela, e até mesmo no colchão, nos tapetes, tirei a cortina para lavar, passei o produto no ar condicionado. Troquei toda a roupa de cama dela, limpei o closet. Dei uma super faxina por lá. Terminei a arrumação por volta de 14 horas.
Luíza: Nossa...
Nathalia: Isso aqui está tão esterilizado que dá pra fazer uma cirurgia...
Luíza: Você está limpando aqui desde as 8 da manhã não parou nem pra almoçar.
Eu: Limpei e esterilizei cada cantinho desse quarto. O filtro do ar condicionado parece que saiu da loja de tão limpo. Agora eu posso almoçar. – sorri orgulhosa do meu trabalho. Eu nem sabia que eu sabia dar uma faxina pesada. O máximo que fiz na minha vida foi limpar meu apartamento depois de alguns esporros da minha mãe por causa de alguma festa, e lavar banheiro. Desci todas as coisas que usei para limpar, subi para o meu quarto tomei banho lavei o cabelo me troquei e fui almoçar na cozinha. Logo me sentei na varanda estava exausta. A Jolie veio deitar do meu lado. – Está com saudade dela né Jolie? Ela vai ficar bem logo menina, fica tranquila... – fiz carinho nela. - Você vai ter que tomar banho quando a Pri voltar ok mocinha? Ela precisa de toda higiene do mundo e você já está fedidinha. - ela me encarou. Será que ela me entendeu? Fiquei pensando. Coloquei uma bota no fim da tarde e fui até o celeiro, fiz carinho no Trovão, na Maya, e pedi para prepararem um cavalo pra mim. Eu ainda tinha medo, mas queria andar um pouco. Eu subi no cavalo andei um pouco e voltei. Que saudade dela. Podia vê-la do meu lado toda imponente cada dia com um chapéu diferente, ela amava chapéu e tinha uma mais lindo que o outro. A postura dela em cima de um cavalo era impecável. O impacto que a presença dela causava em qualquer lugar era surpreendente. Ela tinha aquele jeito marrento dela, muito séria também, mas tinha um coração bom que eu acho que nunca conheci ninguém nessa vida igual a ela. No dia seguinte acordei cedo, fui cuidar das galinhas, depois fui tratar dos porquinhos. Eles ficavam andando atrás de mim, eu me sentia uma mamãe porca. Logo os coloquei no lugar limpinho, coloquei a comida e a água limpa. Fui ver os gansos e um daqueles indecentes saiu correndo atrás de mim.
Dani: Onde vai correndo assim?Eu: O GAAAAANSOOO... – e ele veio a mil por hora atrás de mim. Eu dei uma volta pelo laguinho e ele correndo atrás de mim e a Dani fazia o que? Filmava e ria. Por que não bastava o sufoco, tinha que ter a humilhação. Vicente conseguiu pegar o ganso e prendê-lo. Eu eu estava exausta de correr.
Dani: Isso vai viralizar.
Eu: Se postar isso eu mato você. – ofegava.
Dani: Foi engraçado Natalie. Parecia até que você estava correndo de um assassino.
Eu: E quem disse que ele não ia me matar? A gente não sabe as intenções de ninguém.
Dani: Você é uma piada ambulante sabia? – riu. – Trouxe noticias da Priscilla.
Eu: Como ela está?
Dani: Está reagindo bem, vão tirá-la da sedação fazer novos exames. Ela está indo bem.
Eu: Ai que bom ouvir isso. – sorri.
Dani: Precisa contar a ela que está aqui.
Eu: Assim que for possível eu conto. Vou voltar lá para os gansos assassinos.
Dani: Boa sorte. – saiu rindo. Tratei dos gansos, depois fui na horta e fui pra casa.
Nathalia: Natalie, vou precisar de ajuda agora a tarde no ambulatório pode me ajudar? Hoje é atendimento das crianças, e aplicação de vacinas.
Eu: Posso sim. Vou tomar um banho primeiro e almoçar. – subi tomei um bom banho coloquei uma roupa fresca, estava calor e fui almoçar com elas. Logo fui para o ambulatório com a Nathalia. A ajudei o resto da tarde com as vacinas com as crianças e foi uma choradeira sem fim. O ambulatório atendia também as crianças e familiares dos funcionários das fazendas vizinhas então era muita gente. Estava acontecendo uma obra onde seria o novo ambulatório, na verdade seria uma pequena clinica, para pequenos procedimentos cirúrgicos de emergência ali mesmo. Como a cidade ficava longe, em caso de emergência teria como socorrer se fosse algo não tão grave. Com isso, mais um médico seria contratado e enfermeiras também. A parte de exames seria onde funciona o ambulatório hoje, porque lá tem raio x, vai ser feito um pequeno laboratório de analises clinicas e já tem as paredes tratadas contra radiação e com isso um tomógrafo seria incluído no espaço. Era um projeto caro e que a Priscilla tinha como bancar sozinha, mas vários fazendeiros da redondeza quiseram contribuir já que podem usufruir também do local. No dia seguinte recebemos a notícia de que ela estava bem melhor e estava no quarto e no máximo em dois dias ela estaria em casa, mas teríamos que usar máscaras perto dela por alguns dias e ela deveria ter o mínimo de contato possível com os animais com a área externa da casa e com muitas pessoas. Dois dias depois ela recebeu alta e era hora da verdade. Ela não sabia que eu estava de volta. Dei mais uma esterilizada no quarto dela e ela chegou e foi para o quarto. Eu fiquei no meu quarto apenas ouvi a voz dela. Meu coração disparou. Como eu a amava, meu Deus era absurdo até. Logo sai do quarto e encontrei a Luíza.
Luíza: A hora é agora.
Eu: Eu vou lá... se eu não voltar em 30 minutos, me resgate por favor – ela riu e eu ri de nervoso. Coloquei uma máscara, bati na porta.
Pri: Entra... – eu abri e entrei e ela estava mexendo no celular dela – Meu quarto parece até um quarto de hospital quem o limpou desse jeito? – levantou a cabeça e se assustou – Natalie? O que faz aqui? – ela estava bem abatida, pálida e se assustou muito ao me ver ali.
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Volto em alguns dias.
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NATIESE EM: A FAZENDEIRA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 31 anos, sou formada em Administração e Zootecnia. Moro em Goiânia na Fazenda Pugliese. Sou dona de uma das maiores fazendas cafeeiras, frutíferas, de gados e cavalos do país atualmente, herança de famíli...