Eu precisa fazer minha vida andar, agora sem a Priscilla. Eu a amava tanto, mas não podia ver a vida dela se acabando aos poucos por negligência dela. No dia seguinte de manhã olhei o apartamento e fechei negócio. Uma arquiteta ia lá só fazer algumas coisas pra mim e decorar. Em 20 dias eu me mudo para meu apartamento. No outro dia fui procurar um carro, comprei um Jeep Compass pra mim. Eu tinha uma entrevista marcada com uma empresa de moda na mesma linha da empresa da minha mãe e por sinal era a maior concorrente da empresa da minha mãe Zuleica Kimura. Me arrumei para a entrevista e fui no dia e hora marcados. Logo fui chamada.
XX: Natalie Smith, que bom recebe-la - veio me abraçar.
Eu: Oi Zuleica, é um prazer revê-la.
XX: Sente-se por favor. Quer uma água, um suco, um café?
Eu: Uma água por favor - ela pegou pra mim.
XX: Quando vi seu currículo fiquei surpresa. Você trabalha para a sua mãe e está a procura de um emprego.
Eu: Eu não trabalho para a minha mãe já tem algum tempo. Na verdade não temos vínculos mais.
XX: É pessoal ou profissional?
Eu: Pessoal. Minha mãe dominou minha vida por muito tempo Zuleica. Mandando e desmandando em tudo principalmente na minha vida pessoal, fazendo chantagens. E eu encontrei uma pessoa que eu amei e amo muito. Eu me mudei para Goiânia e infelizmente tive que terminar meu relacionamento estou de volta ao Rio e não quero ficar parada, quero trabalhar então enviei alguns currículos.
XX: Sabe que se eu te contratar, assim que sua mãe souber, ela vai fazer de tudo para que eu te despeça não sabe?
Eu: Sei. Pode fazer o que ela quer, ou simplesmente me deixar trabalhar e não ceder a chantagens dela.
XX: Eu gosto de um desafio, você sabe disso. - riu. Conversamos sobre o trabalho sobre uma linha que ela queria desenvolver e fechamos parceria. Começaria em uma semana. No dia seguinte fui encontrar a design de interiores na loja de moveis, passamos o dia todo comprando moveis e eletrodomésticos para o meu apartamento. Eu estava exausta. Esse apartamento era melhor do que o que eu morava. Era um pouco menor, mas era mais novo e me atenderia super bem e o mais importante, era meu comprado com meu dinheiro e não teria minha mãe jogando na minha cara dia e noite que era dela. A Luana disse que quando minha mãe souber que eu estou de volta e trabalhando na empresa da Zuleica é capaz dela mandar me matar e deu gargalhada em seguida. Na manhã seguinte meu celular tocou quando vi quem era meu corpo gelou, era a Luíza. Eu não sabia se atendia ou não. Então resolvi atender.
Eu: Alô?
Luíza: Natalie?
Eu: Oi Luíza, bom dia.
Luíza: Bom dia - suspirou - Você está bem?
Eu: Como eu posso e você?
Luíza: Estou bem, com a Alícia mamando meu leite, meu sangue e minha alma - riu e eu dei uma risada anasalada.
Eu: Ela deve estar linda.
Luíza: Está a cada dia mais linda. - ficamos em silêncio. - Ela precisa de você. Ela sente sua falta todos os dias, não podia ter ido embora sem conversarem. - falou da Priscilla.
Eu: Foi ela quem pediu pra você ligar?
Luíza: Não. Ela nem sabe que eu estou te ligando. Ontem a noite ela não se sentiu bem, teve uma crise de choro, a Diorio precisou medicá-la. Ela sente muito sua falta Natalie. Ela sabe que errou, mas você conhece a Priscilla, esse é o jeito dela.
Eu: Luíza, o jeito dela pode ser o que for, mas ela não pode negligenciar a saúde dela como ela estava fazendo. Ela estava extremamente debilitada, ela pode ficar doente por qualquer coisa por causa da imunidade dela e ela simplesmente ignorou isso. Eu a amo muito e eu estou sofrendo por isso, mas eu não ia ficar do lado de uma pessoa que não se importa e deteriorar a própria saúde e dar a desculpa de ser o jeito dela. Eu não tenho ninguém, eu só tinha a ela e ela estava se matando aos poucos e eu assistindo sem poder dizer nada, eu não ia continuar vendo isso.
Luíza: Eu sei, eu te entendo. Mas ela está sofrendo também. Você mudou a vida dela assim como sua vida mudou completamente por ela Nat. Não se percam uma da outra.
Eu: Eu prefiro não falar mais disso. Eu já comprei meu apartamento, meu carro, me mudo em alguns dias, já arrumei um emprego. Agora eu vou trabalhar minha mente para esquecê-la. Ela faz o que ela achar melhor da vida dela. Eu não ia aguentar ficar ai fingindo que não estava vendo-a se matar aos poucos.
Luíza: Onde está morando?
Eu: Em São Conrado com a Luana minha amiga até meu apartamento ficar pronto. Começo a trabalhar na semana que vem numa empresa do mesmo segmento da empresa dos meus pais.
Luíza: Seus pais sabem que você está de volta?
Eu: Não. E nem precisam saber, afinal eu não faço mais parte da família.
Luíza: Posso te ligar ou mandar mensagens de vez em quando?
Eu: Claro que pode Luíza.
Luíza: Tá bom. Estou com saudades.
Eu: Eu também estou. Dá um beijo nas meninas por mim, e dá um beijinho na Alícia.
Luíza: Pode deixar. Vou te mandar umas fotinhos delas.
Eu: Manda sim.
Luíza: Se cuida, e até mais.
Eu:Você também, até mais. -ouvi no fundo a voz da Priscilla perguntando com quem ela estava falando. Meucorpo arrepiou todo e a Luíza desligou. Eu estava morrendo de saudade dela,cada célula do meu corpo sentia falta dela. Eu comecei a chorar, estava doendotanto, mas eu não podia ceder. Na semana seguinte eu comecei no meu novotrabalho, eu tinha uma sala só para mim era bem espaçosa bem decorada e bonita,meu nome já estava numa placa na porta. Me sentei liguei o computador, osprogramas eu já conhecia, eram iguais aos da empresa dos meus pais. Logo aZuleica veio me dar as boas vindas, começamos a falar sobre os trabalhos, elame passou um em especifico e eu comecei a trabalhar na ideia dela. Parei nahora do almoço, me encontrei num restaurante ali perto com a Luana, nósalmoçamos e voltei para a empresa. Minha rotina foi essa a semana toda além de medividir entre acompanhar a evolução da decoração da minha casa. As roupas eobjetos que não levei quando fui para a fazenda, estavam no apartamento daminha irmã. Minha mãe mandou tudo para lá, então fui até a casa dela na quintaa noite buscar tudo e levar para o meu apartamento. Na sexta trabalhei até as16 horas e fui pra casa.
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NATIESE EM: A FAZENDEIRA
أدب الهواةMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 31 anos, sou formada em Administração e Zootecnia. Moro em Goiânia na Fazenda Pugliese. Sou dona de uma das maiores fazendas cafeeiras, frutíferas, de gados e cavalos do país atualmente, herança de famíli...