Capítulo 77

954 63 8
                                    

NATALIE NARRANDO...

Minha mãe me procurou depois de sair uma foto minha com a Zuleica. Ela foi na empresa com toda a arrogância dela falar comigo. Disse que eu estava traindo a família, que eu estava tentando arruiná-la trabalhando em outro lugar. Eu a coloquei para fora, disse que ela me excluiu e fez o mesmo com meus irmãos então não tínhamos mais vínculos e ela não tinha o direito de reclamar e nem querer nada. Ela não era mais minha família e isso foi escolha dela. Eu vinha me preparando mentalmente para a viagem a Goiânia, eu poderia encontrar com a Priscilla por mais que aquele desfile não fosse a vibe dela, ela poderia ir. Esse dia chegou e no caminho para o aeroporto a Zuleica falou comigo, ela sabia de toda a história.


Zuleica: Já sabe o que vai dizer se a encontrar?

Eu: Não. Eu não pensei nisso ainda.

Zuleica: Natalie, sabe que se decidir voltar pra ela, eu vou lamentar muito perder você, mas eu te apoio no que decidir.

Eu: Eu sei Zuleica e eu sou muito grata a você por isso. Mas saiba que se isso acontecer, eu posso trabalhar no que for possível remotamente e vir ao Rio sempre que precisar. Não vou deixar você na mão.

Zuleica: Fico feliz em saber disso.

Eu: Eu não pretendo voltar. Eu não consigo mais confiar nela, eu tenho medo de confiar entende?

Zuleica: Eu entendo. Mas você não vai saber se pode confiar de novo se não tentar.

Eu: Não quero pensar nisso não quero sofrer por antecipação.

Zuleica: Faz bem. Mas pensa bem em tudo. Se permita.

Eu: Obrigada por isso. - ela piscou pra mim. Chegamos em Goiânia dois dias antes do desfile. Era incrível como eu me sentia em casa naquele lugar. Fomos ver o local do desfile, decidimos algumas coisas, encontramos a Vicky fizemos algumas reuniões. Fui jantar sozinha num restaurante que tinha ido com a Priscilla uma vez. Me lembrei cada segundo dela, eu acabei indo dormir chorando. Que saudade. Na noite do desfile estava tudo pronto. Minha maquiagem estava perfeita, meu vestido, meu cabelo.

Tudo começou e foi como deveria ser, sensacional. Quando subimos na passarela para os agradecimentos e aplausos meus olhos caíram em cima da pessoa que eu mais temia encontrar por lá. A dona do meu coração, Priscilla Pugliese. Ela estava linda, perfeita, deslumbrante. Meu coração parecia ter errado a batida quando a vi. Fizemos algumas fotos cumprimentamos algumas pessoas e puxei a Vicky num canto.

Eu: Por que não me disse que ela viria? - falei tremendo.

Vicky: Por que não queria que ficasse preocupada, que ficasse tensa e sinceramente não achei que ela fosse vir.

Eu: Ela sabe que você encontrou comigo no Rio que eu estaria aqui? - perguntei nervosa.

Vicky: Não, claro que não. Eu não contei nada.

Eu: Não tinha o direito de fazer isso Vicky.

Vicky: Natalie, são negócios, ela é minha amiga se não fosse por ela, eu não estaria aqui hoje. Vocês duas são adultas e se amam, isso é uma festa tem umas 400 pessoas aqui, podem se evitar se quiserem.

Eu: Como você quer que eu evite o amor da minha vida? Você encontrou comigo no Rio você ouviu tudo que eu tinha pra dizer sobre ela. Deveria ter me contado que ela estaria aqui. - sai de perto dela fui até a Dani e a abracei.

Dani: Hei você está linda e foi lindo o desfile.

Eu: Obrigada.

Dani: Saudade de você. Todas nós estamos.

Eu: Eu também estou com saudades de vocês. Eu vou sair um pouco, preciso respirar, preciso de um ar.

Dani: Ok. - eu fui para perto do lago. Eu comecei a chorar e muito. Eu sentia um aperto dentro de mim. Doía muito. Logo ouvi a voz dela, cada fibra do meu corpo reagiu a voz dela. Quando ela tocou meu corpo eu achei que fosse desmaiar. Ela me pediu perdão, ela se explicou. Eu expliquei que eu estava refazendo minha vida e ela disse que compraria meu apartamento e meu carro e aquilo me irritou. Ela não perde essa mania de falar como se o dinheiro dela comprasse o mundo. Ela me pediu para voltar, para refazer a vida com ela e cada parte de mim queria dizer que sim e beijá-la até meus pulmões queimarem por falta de ar. Ela logo falou das fotos na boate com a Elisa, perguntando se eu estava com ela, se eu tinha alguém. Eu não devia explicações a ela, mas expliquei. Eu disse também que não confiava nela, que não me sentia segura com ela mais. Doeu dizer aquilo, mas eu não me sentia segura de ter ao meu lado uma pessoa que não se cuida e eu não saberia perde-la para a morte. Eu sai dali não podia ficar mais um minuto perto dela. Eu falei com a Zuleica e a Vicky e o motorista me levou para o hotel. Eu cheguei lá tirei aquele vestido, a maquiagem, tomei um longo banho e chorei ainda mais. Que saudade daquela mulher, do toque dela, do corpo dela no meu. Depois de um tempo sai do banho fiquei me olhando no espelho repassando tudo aquilo que ela me disse. Logo bateram na porta e eu sai dos meus pensamentos. Coloquei um roupão e fui atender. Eu não tinha pedido serviço de quarto e era tarde já. Quando abri a porta era ela.

Eu:Eu não pedi serviço de quarto. -abri a porta e me assustei - Priscilla?O que você está fazendo aqui? Como me encontrou? - seu olhar estavaintenso. Ela entrou fechou a porta e me beijou de maneira feroz. Eu nãoresisti, eu não podia resistir a ela. Nos beijamos e nos beijamos muito. Ela mesoltou por um momento tirando a blusa e o sutiã dela e tirando meu roupão.Fomos para cama e ela beijou cada parte do meu corpo e me chupou como nunca fezantes. Eu estava entregue a ela. E eu fiquei rendida assim, a madrugada toda.Todos os orgasmos do mundo que eu podia ter eu tive aquela madrugada. As 4 damanhã quando estávamos exaustas, eu pedi que ela fosse embora. Eu não podia merender mais do que isso. Ela foi embora e antes de sair ela me beijou, disseque me amava e me pediu para voltar para ela e pensar nisso. Eu tinha mais quecerteza que eu a amava com todas as minhas forças. Fiquei naquela cama nua,suada, com o cheiro dela no meu corpo por um bom tempo. Me levantei, tomei umbanho e me deitei de novo. Eu acabei dormindo estava exausta. 

NATIESE EM: A FAZENDEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora