Capítulo 17

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Luíza: O que foi?

Nat: O... O... – soluçava.

Eu: Fala criatura... - falei sem paciência.

Dani: Ela está nervosa Priscilla. Calma Natalie o que foi?

Nat: O Maicon Rodnei faleceu... – soluçava e eu rolei os olhos.

Dani: Quem é Maicon Rodnei meu Deus? Namorado? - perguntou assustada.

Luíza: É o mini porco que ela adotou no primeiro dia que chegou aqui.

Eu: Não conseguiu manter o porco vivo uma semana direito meu Deus...

Luíza: Priscilla... – me repreendeu.

Eu: Onde ele está?

Nat: No meu quarto.

Eu: Eu vou tirá-lo de lá e alguém joga fora.
Nat: Ele não é um simples animal pra jogá-lo fora.
– falou triste.

Eu: A gente faz bacon dele. - brinquei.

Dani: Priscilla, meu Deus... – me repreendeu – Eu vou enterrá-lo Natalie... – deixou a taça na mesinha – Queria que a gente fizesse bacon do Alejandro quando ele morreu? Você ficou igual ela, sua ridícula. – eu ri. Eu estava sendo maldosa eu admito. Eu subi com elas a Dani pegou o porquinho enrolou num paninho e descemos com ele. Eu fui numa casinha de ferramentas peguei uma pá e fui até o jardim onde eu enterrei o Alejandro cavei o buraco e a Dani o colocou lá. Eu o cobri.

Luíza: Quer falar umas palavras?

Eu: Que bizarro. - fiz careta.

Dani: Priscilla, cala essa boca. - falou entredentes me cutucando.

Nat: Ele foi meu melhor amigo aqui nesses poucos dias, e eu fiz tudo direitinho pra cuidar dele. Fica com Deus Maicon Rodnei.

Dani: Vá em paz Maicon.

Luíza: Que você seja recebido no céu dos porquinhos – eu olhei pra Luíza. Aquilo estava ficando estranho. – Fala alguma coisa Priscilla. – me cutucou.

Eu: Vai na fé bacon...

Dani e Luíza: Priscilla...

Eu: Ele era um bom garoto... Aliás, bom porquinho. Fica com Deus, garoto Maicon... - as meninas rolaram os olhos. - O que? - sussurrei.

Nat: Obrigada por enterrarem ele... Eu vou subir... – ela entrou na casa e subiu.

Luíza: Você é má... Você é horrível sabia?

Eu: Desculpa eu não resisti. - comecei a rir.

Luíza: Melhore Priscilla... Ela está mesmo triste. Ela errou sim, mas você foi mais cavalo que o Vilão com ela todos esses dias. E como a Dani disse, ela não vai mudar assim da noite para o dia. Quanto tempo demorou pra Laura mudar você? Muito...

Eu: Eu vou lá falar com ela... – suspirei. Eu fui pra casa e subi. Ela estava sentada na cama dela e chorando muito. Acho que nem era tanto pelo porquinho, era por tudo. – Natalie?

Nat: Me deixa sozinha, chega de ser maltratada, eu vou fazer minhas malas amanhã cedo agora me deixa em paz... – falou brava.

Eu: Eu não vim brigar. Eu vim pedir desculpas... – entrei e fechei a porta me sentando na cama. – Eu não queria ser rude sobre o porquinho eu sei que dói. Eu fiquei assim com o Alejandro também. Sinto muito por ele, mas ele era muito novinho ele era doentinho por isso ele era tão menor que os outros. Não foi nada de errado que você tenha feito. – passei a mão nas costas dela. – E eu quero pedir desculpas por ontem. Eu fiquei muito brava e com raiva, porque você foi muito irresponsável Natalie. Eu não ligo se você quiser sair conhecer a cidade, ir numa balada, sinceramente não me incomoda. Os finais de semana são para você descansar, relaxar. Mas entende o risco que você correu pegando rodovia que você não conhece, tão tarde e bêbada? As rodovias aqui de Goiânia são muito perigosas e você não as conhece.

Nat: Desculpa, eu não queria preocupar.

Eu: Tudo bem. Não faça mais isso. Se queria ficar por lá, você poderia ter me falado e ficado no meu apartamento, para que ficasse em segurança e não vir dirigindo tão tarde e alcoolizada. - suspirei - Vou dormir, boa noite.

Nat: Boa noite... – eu sai o do quarto dela. Eu dormi cedo aquele dia, estava cansada. Acordei um pouco mais tarde e quando desci todos já tinham tomado café e ido trabalhar. Fui até o celeiro e a Dani estava lá vendo o Vilão.

Eu: Bom dia, está tudo bem por aqui?

Dani: O Vilão não está legal não Pri.

Eu: O que ele tem? – perguntei preocupada.

Dani: Ele está amoado, não quer comer, e o ferimento dele está muito infeccionado.

Eu: E o que vai fazer a respeito?

Dani: Vou entrar com antibióticos e anti inflamatórios de amplo espectro e hidrata-lo também. Se em 48 horas ele não melhorar, ele vai piorar gradativamente e então vou recomendar sacrificá-lo.

Eu: Dani...

Dani: Pri, sabe que não tem como fazer muita coisa. O ferimento foi sério. – eu suspirei e passei por ela.

Eu:Faz o que for melhor... –fui até a baia do Trovão e o peguei saindo de lá. Pedi um funcionário paraprepara-lo para mim, e logo estava pronto e eu sai. Fui para o pomar andeidevagar por lá, estava bonito todo recheado de frutas. Fui até a cachoeira oTrovão bebeu água dei uma fruta pra ele e eu me sentei ali um pouco. Eudetestava ter que sacrificar um animal. Um dos cavalos que eu competi quebrou aperna e eu tive que sacrificá-lo na competição e aquilo foi insuportável pramim. O Vilão era bem difícil de lidar, mas não queria que ele fossesacrificado. Estava chateada e irritada com isso. 

NATIESE EM: A FAZENDEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora