Capítulo 5

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Fomos para o carro e fomos para a casa levar o leite. 

Eu: Não foi tão ruim assim para o primeiro dia. Você logo pega o jeito. É uma questão de prática, só treinar que dá certo.

Nat: Eu não vou fazer isso todo dia. – falou me olhando indignada.

Eu: Ah vai... Vai sim... – ela resmungou alguma coisa e eu não dei atenção. A Célia pegou o leite e fomos ver o chiqueirinho de filhotes.

Nat: Meu Deus como isso cheira mal. – fez careta.

Eu: É lógico, isso é um chiqueiro, queria que cheirasse lavanda?

Nat: Cavalo.

Eu: Jumenta.

Nat: Eles são pequenininhos demais.

Eu: São mini porcos as crianças adoram.

Nat: Mas vocês matam eles para comer?

Eu: Claro que não, são mini porcos já disse. São criados como de estimação. Eles estão sujinhos porque no final de semana eles ficam mais livres, mas normalmente são limpinhos ainda mais quando vão pra casa de alguém, quando são adotados.

Nat: Eles ficam de que tamanho?

Eu: Não crescem mais que isso. Eu tinha um de estimação, mas ele morreu.

Nat: E você comeu ele quando morreu? – eu rolei os olhos.

Eu: Não. Eu o enterrei. Ele era de estimação, qual parte você não entendeu garota? Caramba... – falou impaciente.

Nat: E qual era o nome dele?

Eu: Alejandro. – ela explodiu numa gargalhada. – O que foi? Qual a graça? – arqueei uma sobrancelha.

Nat: Você tinha um mini porco mexicano? Fiquei imaginando ele gritando "arriba" ao invés de "oinc". – eu comecei a rir.

Eu: Idiota. Vamos logo com isso. Você vai abrir a portinha entrar e fechar essas duas da lateral. Ai você abre a que eles estão e a outra vazia pra lavar a que eles estavam. Mas primeiro você vai jogar uma aguinha neles, vai colocar água limpa e comida pra eles na que está vazia. – ela fez isso com muito nojo mas fez. Eram 10 mini porcos, um deles eram menorzinho ainda e meio desajeitado e ela ficou com dó dele. Quando estava lavando o chiqueiro ouvi um grito e voltei correndo, ela tinha caído e o cabelo dela estava todo espalhado na sujeira. Isso ia dar trabalho pra limpar.

Nat: QUE NOOOOJJOOOOOO... – gritou.

Eu: Precisa de uma mãozinha?

Nat: Some da minha frente, isso é culpa sua. – gritava.

Eu: Não posso fazer nada se você é desajeitada. – ela jogou a água no cabelo dela pra limpar depois de deixar tudo limpo, ela jogou mais uma água nos porquinhos. – Agora você vai abrir a outra portinha e eles vão para as baias deles que já estão limpinhas. – ela abriu.

Nat: O pititico ficou pra trás. - falou com dó.

Eu: Ele é novinho, e fraquinho, não deve sobreviver por muito tempo.

Nat: Que maldade. Eu posso ficar com ele?

Eu: Mas você não tem nojo? – a encarei.

Nat: Mas ele é bonitinho e os outros quase passam em cima dele.

Eu: Você quem sabe. A gente leva um pouco da ração lá pra casa. – ela o pegou meio desajeitada lavou as patinhas dele.

Nat: Eca, você está fedendo precisa de um banho.

Eu: Na casa tem um shampoo para animais é próprio pra eles, pode dar banho nele, já que ele vai ficar dentro de casa né. – fomos para o carro eu coloquei um plástico no meu banco pra ela não molhar todo e nem deixar meu carro fedendo chiqueiro e fomos pra casa. Rodrigo a levou onde poderia cuidar do porquinho e eu fui no escritório.

Luíza: E ai como está?

Eu: Um festival de vídeo cacetadas – dei risada.

Luíza: Ela parece ser bem desajeitada.

Eu: Totalmente. Até chamar uma galinha de homofóbica ela chamou - ria - Pegou um mini pig.

Luíza: Ah meu Deus... Qual? O menorzinho?

Eu: Sim, ficou com dó.

Luíza: Mas ele vai morrer, ele é muito miúdo.

Eu: Eu avisei. Mas ela quer cuidar dele eu deixei. – dei de ombros. – A Vicky foi embora?

Luíza: Sim – rolou os olhos.

Eu: Não fica assim Luíza.

Luíza: Sabe que eu não vou muito com a cara dela né? E eu não posso falar nada porque a gente acaba brigando por causa dela.

Eu: Vicky é uma amiga pra mim acima de tudo, eu gosto dela apesar de algumas futilidades. Você que é muito implicante. Vamos mudar de assunto. E você e o Rodrigo?

Luíza: Estamos bem. Organizando as coisas do casamento em 2 meses serei a senhora Tardelli – sorriu.

Eu: Apaixonada. – ri.

Luíza: Muito. Agora vamos aos negócios? Precisa assinar esses papéis pra mim – me explicou o que era e eu assinei. – Ah tem que montar as sacolinhas das crianças, elas vem as 13 horas.

Eu: São quantas mesmo?

Luíza: 20.

Eu:Ok. – sai do escritório

NATIESE EM: A FAZENDEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora