Eu fiquei no meu quarto apenas ouvi a voz dela. Meu coração disparou. Como eu a amava, meu Deus era absurdo até. Logo sai do quarto e encontrei a Luíza.
Luíza: A hora é agora.
Eu: Eu vou lá... se eu não voltar em 30 minutos, me resgate por favor – ela riu e eu ri de nervoso. Coloquei uma máscara, bati na porta.
Pri: Entra... – eu abri e entrei e ela estava mexendo no celular dela – Meu quarto parece até um quarto de hospital quem o limpou desse jeito? – levantou a cabeça e se assustou – Natalie? O que faz aqui? – ela estava bem abatida, pálida e se assustou muito ao me ver ali.
Eu: Oi... Eu vim assim que eu soube. Você está fugindo de mim desde que eu fui embora.
Pri: Quando chegou? – engoliu seco.
Eu: No domingo. Eu pedi pra não contarem que eu estava aqui, não queria te deixar nervosa no hospital.
Pri: Quem tem contou que eu estou doente? – falava séria.
Eu: Sua mãe.
Pri: E seus pais?
Eu: Não sabem que estou aqui. Troquei meu chip também não quero ser encontrada.
Pri: Desertou?
Eu: Sim... Talvez... E eu não podia ficar lá, com a saudade que eu estava de você. – ela suspirou e abaixou a cabeça.
Pri: Eu não queria que me visse assim.
Eu: Assim como?
Pri: Acabada, pálida, cheia de olheiras, mais magra, pele horrível. Enfim... – suspirou.
Eu: Eu vim te ajudar eu vim ficar com você, trabalhar aqui enquanto você não pode. – falei um pouco aflita.
Pri: Natalie, não cabe a você fazer nada disso e... – a cortei.
Eu: Priscilla, deixa de ser cabeça dura. Você está doente e precisa de ajuda. Me deixa ajudar.
Pri: E a sua namorada?
Eu: Que namorada?
Pri: A garota da foto na boate que você estava beijando – ela viu a foto.
Eu: Ah... A Luana... Ela não é minha namorada. – ri – Luana é uma amiga muito querida, ela trabalha na empresa, ela é modelo e é do Marketing. Uma das pouquíssimas pessoas que bate de frente com a minha mãe. Quatro caras queriam ficar com a gente eles não paravam de nos perseguir pela boate, e a Luana falou que era lésbica e que éramos namoradas então eles disseram que só iam acreditar se a gente se beijasse e a gente se beijou e eles foram embora. Minha mãe deu o maior escândalo por causa da nota que saiu sobre isso. Minha mãe até apoia que eu me case com a Luana... Loucuras de Deborah Smith. Mas somos apenas amigas. Antes desse beijo na boate nunca aconteceu nada entre nós.
Pri: E sua amiga sabe que você está aqui?
Eu: Sim, ela é a única que sabe e a única no Rio que tem meu número novo. E ela me deu muita força para estar aqui.
Pri: Isso é loucura – suspirou.
Eu: Loucura porque? Eu não posso gostar de você? Você não pode gostar de mim? Eu não posso cuidar de algumas coisas por você enquanto você faz seu tratamento? Eu não posso cuidar de você? Você me bloqueou Priscilla. – falei irritada.
Pri: Eu não queria me envolver, eu não queria sentir nada, eu não queria me afetar com nada e nem te afetar com nada. Eu provavelmente não veria você mais. Você voltaria pra sua vidinha no Rio e esqueceria que um dia a gente já se beijou, já transou ou qualquer outra coisa. Eu não queria alimentar esperanças ou sentimentos atoa. – soltou o ar.
Eu: Muitos achismos né Priscilla. Olha eu aqui. – suspirei. – Me deixa cuidar de você? Me deixa entrar na sua vida?
Pri: Não posso fazer isso com você – falou triste e sem me olhar.
Eu: Eu estou aqui por que eu quero estar aqui. Ninguém está me obrigando a nada. Eu quero entrar na sua vida, eu quero estar na sua vida. Não me afaste de você. Você cuida de todo mundo, permita-se ser cuidada e amada também.
Pri: Pode me deixar sozinha? Eu preciso descansar um pouco. – eu suspirei.
Eu: Tudo bem. – me levantei e sai do quarto indo para a sala.
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NATIESE EM: A FAZENDEIRA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 31 anos, sou formada em Administração e Zootecnia. Moro em Goiânia na Fazenda Pugliese. Sou dona de uma das maiores fazendas cafeeiras, frutíferas, de gados e cavalos do país atualmente, herança de famíli...