Capítulo 11

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Voltei para a fazenda era fim da tarde exausta. A Luíza falava no telefone brava e logo a Priscilla entrou com o chicote dela na mão e nervosa. O braço dela estava sangrando. Fiquei assustada, mas nem ousei perguntar nada. 

Luíza: Ok, mas quando podem mandar o veterinário aqui? Tá bom, vamos aguardar, não demorem. – desligou.

Pri: E ai?

Luíza: Ele vem em duas horas. Vamos lá pra cima vou cuidar desse braço. Vai precisar de ponto. – elas saíram e a Priscilla nem me olhou. O Rodrigo veio da cozinha.

Rod: Já trataram do seu porco tá? Está dispensada por hoje.

Eu: O que aconteceu?

Rod: O Vilão apareceu.

Eu: Que bom. Ele se feriu?

Rod: Sim, e encontrou a Priscilla e quando ela foi tentar contê-lo, ele a atacou.

Eu: Meu Deus.

Rod: Ela sobrevive.

Eu: Mas eu talvez não.

Rod: O que disse?

Eu: Nada, vou subir... – fui para o meu quarto tomei um longo e quente banho coloquei um pijama fui na cozinha só fiz um sanduiche e peguei um suco e subi. Comi no quarto mesmo. Entrei nas minhas redes sociais tinham inúmeras mensagens dos meus amigos no Rio, querendo sabendo onde eu estava, perguntando se podiam me visitar. Falei para virem mais para frente, eu tinha acabado de chegar lá e até agora só tinha dado confusão. Ficamos um bom tempo conversando e eu fui dormir, estava exausta. Na manhã seguinte quando desci pronta para mais um dia terrível de trabalho, Priscilla já estava na mesa. O braço estava enfaixado. – Bom dia. – me sentei.

Pri: Bom dia – respondeu fria e continuou o café dela.

Eu: Como está o braço?

Pri: Bem.

Eu: E o veterinário veio ver o cavalo? Ele está bem?

Pri: Veio. Está...

Eu: Me desculpe mais uma vez por tudo isso.

Pri: Vai para o inferno com as suas desculpas... – levantou pegou a bolsa dela. Ela não estava vestida como sempre de bota de cano alto calça jeans e camiseta e seu chapéu com o inseparável chicote. Ela usava uma calça social preta, sapatilha, uma camisetinha branca e uma bolsa preta. – Bom dia para você... – bipolar. Ela saiu andando entrou no outro carro dela sem ser a caminhonete e saiu.

Luíza: Bom dia... – bocejou.

Eu: Bom dia...

Luíza: Ai que sono, está ficando difícil levantar cedo. – estava com carinha de cansada.

Eu: Você cuida da administração porque levanta tão cedo assim?

Luíza: Não levanto cedo assim todos os dias. Mas como a Priscilla vai sair hoje então eu vou dar algumas ordens que ela pediu.

Eu: Onde ela vai? Saiu daqui mal olhou na minha cara e ainda me mandou para o inferno.

Luíza: Ela vai ao médico ver o braço dela, e depois resolver coisas pessoais.

Eu: Você deu pontos nela?

Luíza: Não, eu só desinfetei e passei uma pomada e o enfaixei para esperar ela ir a cidade hoje porque eu sabia que ela não faria isso ontem antes que o Vilão fosse examinado. Mas ela vai precisar de pontos e uma injeção provavelmente, porque ele mordeu ela. E o Vilão está bem, ferido, mas está bem. Ele deve ter se ferido em alguma cerca. – tomamos nosso café, ela me passou o que eu teria que fazer e eu fui fazer. Trabalhei feito uma maluca o dia todo e quando voltei para casa, a Priscilla já tinha voltado e não desceria para o jantar. O clima na casa estava estranho, a Luíza está grávida, e o Rodrigo não quer que ela leve adiante a gravidez e ela não quer mais se casar por isso. Então os dois não se falam mais. A Priscilla não fala comigo direito e não me olha então fica aquele clima horrível e pesado e eu só pensava que eu queria ir embora a cada segundo do meu dia. Depois do jantar eu subi passei na porta do quarto dela e ela estava chorando, podia ouvir os soluços dela. Quis bater e perguntar o que houve, mas do jeito que ela estava arredia comigo e com raiva não seria boa ideia então fui para o meu quarto.

NATIESE EM: A FAZENDEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora