Capítulo 62

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Eu: Vamos pegar estrada?

Pri: Queria dirigir.

Eu: E nos matar no meio do caminho? Sou muito nova pra morrer e muito velha pra virar anjo. Você está com o equilíbrio de um pião de brinquedo não vai dirigir tão cedo, pelo menos não comigo no carro.

Pri: Nossa amor... Na alegria e na tristeza... O que aconteceu com o na alegria e na tristeza? – falava indignada.

Eu: A gente nem casou e eu não me lembro de ter sido pedida em casamento. Aliás nem em namoro eu fui pedida. – fiz bico.

Pri: Filha da mãe... Deixa só eu ficar melhor. Agora vamos embora logo... – fomos para casa. Quando chegamos a Jolie corria de um lado para o outro super feliz latindo e uivando. – Oi minha menina, está feliz? Eu estou feliz em te ver em estar de volta.

Eu: Eu vou segurá-la, ela está muito empolgada e pode te derrubar.

Pri: Tá. – eu desci chamei a Jolie e a segurei. Patrícia e Cristina ajudaram a Pri a descer do carro e entrar em casa. Eu soltei a Jolie que correu até a sala, ela pulou no sofá e deitou a cabeça no colo da Pri.

Luíza: Ela está limpinha tomou banho ontem a tarde, tomou vacinas.

Pri: Oi minha menina estava com saudade? Eu também estava viu. – fez carinho nela. Conversou com todo mundo, a Jolie acalmou, logo a Diorio chegou fomos almoçar.

Eu: Quer subir, descansar um pouco?

Pri: Amor, eu estou numa cama a mais de uma semana só quero escovar os dentes, quero ver o quartinho da Alícia, as coisinhas dela, depois quero ver meus cavalos.

Eu: Amanhã cedo você vê seus cavalos. O sol está quente.

Pri: Natalie, eu não estou morrendo.

Eu: Eu sei que não está, mas precisa se cuidar. Você acabou de sair do hospital, vamos começar devagar.

Pri: Tá bom – rolou os olhos. Parecia adolescente birrenta. Fomos ver o quarto da Alícia. – Uau... Está lindo Luíza, nossa garotinha vai ser muito feliz aqui.

Luiza: Ficou lindo né? Vai sim. Olha as flores que coisa mais linda.

Pri: Ficou perfeito, tudo tão delicadinho.

Luíza: Sim. Não vejo a hora da minha pequena chegar, parece que estou vivendo um sonho. Finalmente uma gravidez que deu certo, que eu estou bem que meu bebê está bem. – passava a mão na barriga.

Pri: E o Rodrigo, vocês tem se falado?

Luíza: Não. Eu não o vejo faz tempo. Ele não conversa comigo, não me manda uma mensagem, não pergunta da filha. Ele não se importa Pri. Se ele não nos procurar até o dia do nascimento dela, eu vou registrá-la sozinha e ele nunca mais chega perto dela. Eu já não quero a aproximação dele mesmo, mas estou dando a chance o espaço pra ele fazer isso e ele não quer.

Pri: Ele vai arrepender tanto se não se aproximar.

Luíza: Ai é azar o dele, porque ele vai se privar do maior amor da vida dele, por ignorância.

Pri: Verdade – ela ficou vendo as roupinhas, vendo cada detalhe, ela estava muito feliz pela Luíza, ela queria tanto esse bebê. Fomos para o quarto dei o remédio dela e ela se sentou na varanda.

Eu: Quer alguma coisa? – eu tirei a máscara e ela também.

Pri: Vem aqui, senta do meu lado. – me sentei – Você não é minha enfermeira e você está sendo minha enfermeira a meses.

Eu: Eu estou cuidando de você amor.

Pri: Eu sei, mas somos namoradas.

Eu: Já disse que ninguém me pediu em namoro. – ri.

Pri: Natalie Kate Smith aceita ser minha Fiona? – eu gargalhei.

Eu: Aceito sim Shrek. – dei um selinho nela e me soltei.

Pri: Me beija direito, eu não estou morrendo e você estava convivendo comigo no hospital, a gente pode se beijar a vontade – eu ri e nos beijamos. – Quando eu estiver um pouco mais forte, vamos fazer uma viagem.

Eu: Vamos?

Pri: Vamos. Para Bonito no Mato Grosso do Sul. Só nós duas, sem trabalho, sem falar de doença, uma viagem de casal. Depois que a Alícia nascer eu estiver melhor a gente vai. Vamos viver nossa relação direito. Muito passeio, muito sexo, muito carinho, muito sexo.

Eu: Falou sexo duas vezes...

Pri: Eu sei – rimos e ela me deu um selinho. – Que saudade desse lugar – respirou fundo.

Eu: Eu também estava. – ri – Acho que desacostumei a morar num apartamento, no meio do caos, do barulho.

Pri: É bom acordar com pássaros e galos cantando. Com cheiro de terra molhada.

Eu: Sim, muito. Dormir com silêncio e só o som dos bichinhos a noite. E com a mulher que eu amo do meu lado.

Pri: Essa é a melhor parte, a que eu gosto muito. – sorriu. Ficamos ali um tempo e ela se sentiu sonolenta e cansada e foi dormir. Eu desfiz as malas, levei a roupa suja para a lavanderia e coloquei para lavar. Dani estava no notebook na sala.

Dani: Como ela está?

Eu: Está bem, está cansada, acabou de dormir. – me sentei no sofá. – É um alívio tê-la de volta em casa.

Dani: Nem fala viu. – minha sogra e a irmã dela ficaram mais 02 dias na fazenda e foram embora. O natal vai ser na fazenda a família da Priscilla virá e ela ficou feliz com isso. Patrícia parece ter repensado muitas coisas com a doença da Priscilla. Minha irmã mandou uma mensagem dizendo que queria conversar comigo e o Kevin, então fizemos uma chamada de vídeo a noite. Eu fui para o meu antigo quarto e fechei a porta então fizemos a chamada. 

NATIESE EM: A FAZENDEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora