Depois de 20 minutos Natalie e Diorio voltaram com muitas coisas. Diorio a examinou de novo e estava do mesmo jeito. Eu fazia massagem nas costas dela, ela dizia que aliviava a pressão, mas nas contrações ela quase quebrava meus dedos. A chuva ficava cada vez pior. Diorio ligou pra médica dela e ela disse que com a tempestade que estava caindo era melhor a criança nascer na fazenda. Ela estava saudável, a Luíza também, estava com 40 semanas, ela estava na posição bem encaixada, então não tinha erro. Diorio verificou a pressão dela e estava normal, mas os batimentos elevados pela dor. As 4:40 da manhã ela quis entrar na banheira, a água quente aliviava a dor. Ela começou a chorar.
Eu: Quer conversar?
Luíza: Era pra ele estar aqui Pri. Era pra ele ver a filha dele nascer, era pra ser um momento nosso – soluçava.
Eu: Quer que eu ligue pra ele?
Luíza: Não. – tentava secar as lágrimas – Ele não quis esse bebê, nem quando soube que era menina ele quis não vai ser agora que ele vai ter. Ele teve até o último segundo para se redimir e ser pai dela, e ele não quis. Então não... Eu vou ser a melhor mãe do mundo pra ela.
Eu: Você vai ser sim, e vamos estar com você pra tudo. – ela apertou minha mão na hora que a contração veio. Ela saiu da banheira foi pra cama. As 6 horas a energia caiu, a chuva estava mais forte e ainda parecia noite de tanto que chovia.
Luíza: Era só o que me faltava.
Eu: Não se preocupe, a casa tem gerador. – logo o gerador ligou.
Diorio: Luíza, está na hora...
Luíza: Eu não posso fazer isso, eu não consigo – entrou em desespero.
Eu: Consegue sim, a gente está aqui com você...
Dani: Luíza você foi forte até agora... Vamos a gente está aqui com você. – se sentou atrás dela para ajuda-la a empurrar. Eu fiquei de um lado da cama e a Natalie do outro. A gente a incentivava a empurrar, eu estava exausta, efeitos da quimioterapia ainda e da doença, mas eu tinha que ficar ali com ela. Depois de 25 minutos fazendo força o som mais esperado por todas nós e principalmente pela Luíza ecoou pela fazenda. A Alícia chegou. Eu não segurei as lágrimas, ela era perfeita demais, parecia uma bonequinha.
Eu: Ela é linda. – ria e chorava.
Nat: Meu Deus ela é perfeita – ela chorava bastante.
Diorio: Pega aquela coeiro ali pra mim Natalie. E olha o que está nas costas dela – a virou. Era o DIU da Luíza. Tem crianças que vem na mesma situação que ela, que nascem com o DIU na cabeça ou na mão.
Luíza: Está grudado? Está machucando? - perguntou assustada.
Nat: Não, só está encostado. - o tirou. Natalie deu o coeiro a ela deu a ela e ela a limpou um pouco, aspirou a sujeira da boquinha dela, do nariz e dos ouvidos e deu a Luíza. A Dani ria e chora e estava em choque olhando pra Alícia, ela era linda demais.
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NATIESE EM: A FAZENDEIRA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 31 anos, sou formada em Administração e Zootecnia. Moro em Goiânia na Fazenda Pugliese. Sou dona de uma das maiores fazendas cafeeiras, frutíferas, de gados e cavalos do país atualmente, herança de famíli...