Capítulo 59

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Mãe: Não vai usar isso em mim não né? – apontou para o chicote na minha mão.

Eu: Deixa de ser boba mãe – ri soltando toda aquela tensão em mim e a puxei para um abraço. – Eu não te chamei para vir aqui não precisava vir aqui pra esse momento, mas... – suspirei – Eu estou feliz que veio.

Mãe: Eu te amo. Não sou a melhor mãe do mundo, mas eu te amo filha. Eu quero ver você bem, e sabe porque eu quase não venho aqui, porque parece que eu não ligo para você?

Eu: Por que?

Mãe: Por que você é a Priscilla do papai... – meu coração disparou – A garotinha forte, geniosa, batalhadora, que ama a natureza que ama o que faz e que não se curva nunca para nada. Mesmo quando está com medo. Você é a minha garota e a garota do seu pai que deve se orgulhar muito de você e eu sei que você fica bem sem sua mãe maluca do lado tirando sua paz. – rimos. – Eu sei que você está bem, por isso eu fico tranquila, mas eu sigo te amando mais e mais. E não sei se você está com medo, mas eu estou. – se emocionou.

Eu: É eu estou com um pouco de medo sim. Eu fiquei muito mal a pouco tempo e isso me deu medo, nunca me senti tão frágil assim.

Mãe: E você tem mãe, quase não me falou nada, e se eu não ligasse, eu nem saberia que estava doente né filha?

Eu: Esquece isso mãe. – a abracei de novo – Eu te amo.

Mãe: Eu também te amo.

Eu: Desculpa se de alguma forma eu estraguei sua amizade com a família Smith.

Mãe: Eu me entendo com a Deborah depois ok? E se não nos entendermos tudo bem. Não temos negócios juntas, e ela não é dona do Rio de Janeiro como ela pensa que é – rimos.

Eu: Eu vou subir pra ver a Natalie.

Mãe: Vai lá. – eu subi as escadas e fui para o meu quarto, ela não estava lá. Quando sai e fui bater no antigo quarto dela a Luíza apareceu.

Luíza: Ela quer ficar sozinha.

Eu: Como ela está?

Luíza: Chorando muito, mas ela quer ficar um pouco sozinha. – eu não sabia se invadia o espaço dela ou se respeitava. Eu realmente fiquei em dúvida. – Pri, ela precisa de um tempo sozinha. Ela não está fugindo de você, ela só precisa botar isso pra fora.

Eu: Mas...

Luíza: Priscilla... Parece criança teimosa... Vai tomar um banho se troca depois você bate e vê se ela está precisando de alguma coisa ok?

Eu: Tá... – eu tomei um longo banho, coloquei uma roupa confortável e bati na porta dela e abri devagar. Ela estava encolhida na cama. Me sentei ao lado dela. – Oi amor, quer alguma coisa? – fiz carinho nela.

Nat: Só quero ficar sozinha. – falou rouca.

Eu: Por que não ficou no nosso quarto?

Nat: Por que eu quero ficar sozinha amor, eu preciso. – soluçou.

Eu: Tudo bem. – dei um beijo na testa dela. – Vou dar seu tempo ok? Eu te amo.

Nat: Te amo. – sai do quarto e desci.

Luiza: O enxoval da Alícia chegou, o porteiro do prédio ligou dizendo que chegaram varias caixas da Macrobaby lá. Quando voltarem pra fazenda não esqueçam de trazer tá?

NATIESE EM: A FAZENDEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora