NATALIE NARRANDO...
O dia da quimioterapia mais agressiva estava chegando e com ela minha sogra e meu cunhado e uma surpresa bem desagradável, meus pais. Os levei para o escritório da Luiza para conversarmos, eu não queria ter que conversar eu não quer ter que discutir eu odiava isso.
Mãe: O que pensou que estava fazendo quando simplesmente sumiu do Rio de Janeiro sem dar satisfações a mim Natalie?
Eu: Eu sou adulta, não te devo satisfações e o que vieram fazer aqui?
Mãe: Levar você pra casa. Você tem um emprego te esperando chega de brincar de rainha do gado.
Eu: Se eu quisesse estar lá eu já estaria mãe. Eu não vou voltar, eu não vou voltar para a empresa, inclusive já pedi para o RH dar baixa na minha carteira e me mandarem os documentos. Eu não quero mais ter vinculo com sua empresa.
Mãe: Não é você quem decide. Não é você que diz que vai sair ou não. Eu mando em você.
Eu: O que? – eu ri – Você não manda em porra nenhuma, eu tenho vida própria eu não sou um brinquedo não sou uma criança que você pode controlar. Não vou ficar aqui ouvindo isso, vai embora e não volta mais aqui. Não deveria ter perdido seu precioso tempo vindo aqui. – falei com raiva.
Mãe: Se não voltar comigo você vai perder tudo. Seu apartamento sua vida boa, tudo que você mais gosta.
Eu: Tudo que eu mais gosto está aqui. Agora vai embora...
Pai: Natalie, você tem que voltar pra casa filha, essa não é sua vida, você não pode dar as costas a sua família dessa maneira.
Eu: Que família pai? Nunca fomos uma família. A mamãe te faz de capacho, a Emilly prefere trabalhar de domingo a domingo que ter que passar um dia com vocês, o Kevin não vem ao Brasil a uns cinco anos e não faz a menor questão de falar com vocês. Nunca foram pais de verdade, sempre preocupados com a imagem de vocês com o trabalho, com o dinheiro esquecendo que tinham três filhos. Agora esses três filhos não querem ter os pais por perto. Parabéns, a missão de vocês de nos afastar de vocês foi concluída com sucesso. – sai do escritório e a discussão continuou até que a Priscilla entrou no meio. Minha mãe me deu uma bofetada e aquilo foi o fim pra mim. Tudo que ela disse e ainda me agredir. Eu subi fui para o meu antigo quarto. Logo a Luíza veio ficou um pouco comigo em silencio. Eu só queria chorar e colocar aquilo pra fora, porque de certa forma eu vomitei tudo aquilo em cima dos dois e ainda fui agredida fisicamente. Eu queria sumir, mas eu amo a Priscilla e eu preciso cuidar dela agora. Eu ficaria bem, no fim das contas eu sempre fico bem no final. Eu demorei a pegar no sono aquilo tudo ficava rodando na minha cabeça. O dia seguinte foi longo a quimio foi difícil a Priscilla não passou nada bem e o final ela acabou entrando em coma. Aquilo foi assustador pra mim e pra mãe dela. Ela foi intubada, estava com a respiração difícil.
Patrícia: Doutor Ruiz, ela está morrendo, olha pra ela. – falava nervosa e chorando.
Ruiz: Ela está em coma dona Patrícia, são efeitos colaterais. É tudo muito forte e sabíamos que poderia acontecer. Ela sabia que era piorar pra melhorar. Ela está fraca com sistema imunológico zerado. Ela terá que tomar todas as vacinas da infância novamente em breve para refazer o sistema imunológico dela. Ela vai ficar na UTI isolada até ficar um pouco mais forte e vamos observar de perto.
Patrícia: Não teria sido melhor ter feito um transplante de medula?
Ruiz: Não era o caso dela dona Patrícia. Se a gente ver que não funcionou nada disso, se as células do câncer voltar a gente parte pra medula óssea, caso contrário não devemos partir pra um procedimento desse nível ainda. Se despeçam dela que ela vai pra UTI de isolamento agora. – eu fui até ela, eu usava máscara já não podia nem beijá-la. Fiz carinho nela.
Eu: Vai ficar tudo bem tá amor? Seja forte e fica boa logo. Não desiste tá? Por nós, não desista. Eu te amo.
Patrícia: Filha, a mamãe está te esperando, seja forte ok? Eu te amo, muito. – fez carinho nela e a levaram. O médico explicou mais algumas coisas e fomos para o apartamento. A Patrícia chorou todo o percurso, estava ansiosa e preocupada. Logo as meninas já sabiam, estavam preocupadas, a Luiza chorou muito, mas a gente já esperava que algo assim fosse acontecer. Depois de 3 longos dias ali ela saiu do isolamento e foi para UTI normal e poderia receber visita rápida. Ela ainda estava intubada. Coloquei a roupa especial, touca, luvas e máscara.
Eu:Oi amor da minha vida, que saudade de você – deixei cair uma lágrima – O médico disse que você está indo bem. Ascélulas do câncer diminuíram bastante, até mais que o esperado amor. Agoraprecisa recuperar um pouco pra sair daqui. Você precisa respirar sozinha meuamor. Vamos, tenta respirar sozinha... – fiz carinho nela – A Luíza está com saudade, ela disse que aAlícia se mexe toda vez que ela fala de você. O Trovão está com saudade, a Maya– ela deixou cair uma lágrima – AJolie só dorme no quarto e qualquer barulho de carro ela acha que é você. –outra lágrima caiu. – Não chora minhavida, logo você vai ficar bem. Eu te amo e eu estou esperando por você ok? –dei um beijo na testa dela. Fiquei mais cinco minutos e sai pra mãe delaentrar, a Vick ia entrar também e o Felipe que ia vê-la e iria embora a noite.A tia da Priscilla desembarca uma hora antes do voo do Felipe partir, então euiria leva-lo ao aeroporto, pegar a tia da Priscilla, ela chama Cristina, é irmãda Patrícia. Ela fará companhia pra Patrícia uns dias. Eu vou até a fazendapegar algumas coisas pra mim e pra Priscilla e dar uma assistência a Luíza. Anoite fomos para o aeroporto, conheci a tia dela, uma graça de pessoa.
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NATIESE EM: A FAZENDEIRA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 31 anos, sou formada em Administração e Zootecnia. Moro em Goiânia na Fazenda Pugliese. Sou dona de uma das maiores fazendas cafeeiras, frutíferas, de gados e cavalos do país atualmente, herança de famíli...