Capítulo 127

780 59 6
                                    

Logo foi a vez dos dois que me sequestraram. A mulher dizia que foi paga para me matar o homem para me sequestrar. Os dois deram versões muito diferentes do caso. Logo foi a vez da minha mãe.

Juiz: Senhora Deborah Marie Smith lembre-se que está sob juramento.

Deborah: Sim meritíssimo.

Advogado de defesa: Temos aqui as provas protocoladas de que minha cliente que não tinha um relacionamento afetivo saudável com a filha a algum tempo, queria descobrir onde a filha morava e tentar conversar tentar uma aproximação então pagou duas pessoas para fazerem isso. Nas conversas por SMS e Whatsapp comprovam que ela deixa claro várias vezes que quer saber apenas onde ela mora para que pudesse ir de encontro a filha que não dava abertura a ela mais e que no local de trabalho dela era proibida de entrar. – ele falou varias coisas fez varias perguntas e meu advogado perguntou porque ela mandou alguém de má índole me seguir e não contratou um detetive particular profissional ou não foi a minha casa em Goiânia. Ela disse que estava tão desesperada que não pensou nisso. Se explicou de mil maneiras. O juiz então perguntou porque ela não foi até o local quando disseram que estavam comigo já que objetivo não era sequestrar? E ela disse que ficou com medo e resolveu esperar. Ela não tinha argumentos. Foram 6 horas ali. Luana falou também. Houve um recesso de 2 horas. Então fomos em casa ver a minha filha comer alguma coisa rapidamente e voltamos.

Pri: Você está bem?

Eu: Sim... Só quero que isso acabe logo.

Pri: É impressionante como ela simplesmente não tem argumentos.

Eu: E vai argumentar o que amor? Ela tem culpa. Ela vai conseguir reduzir a pena dela e bastante, mas ela tem culpa.

Pri: Eu ouvi um dos advogados falando mesmo. Ela deve responder por planejamento, cumplicidade, perseguição. E o casal por perseguição, sequestro, agressão e homicídio.

Eu: Queria que ela fosse responsabilizada pela morte dos nossos filhos.

Pri: Eu também queria. – estava frustrada, mas a justiça brasileira é falha. Voltamos para o tribunal e seria lida a sentença dos dois e da minha mãe.

XX: De pé para o veredicto... – ficamos em pé.

Juiz: Pelos testemunhos, fatos e provas aqui apresentados, declaro Sérgio Silva culpado pela execução de perseguição e sequestro de Natalie Kate Smith Pugliese. Por cumplicidade nas agressões da vitima que culminou na morte dos bebês que ela esperava declaro Sérgio Silva culpado. Fica fixado aqui a pena de 9 anos e 9 meses pelos primeiros crimes citados e 8 anos e seis meses pela morte dos bebês. – bateu o martelo. 18 anos e 3 meses de prisão. – Declaro Cintia Silva culpada pela execução de perseguição, sequestro de Natalie Kate Smith Pugliese. Pela agressão a vítima que quase culminou sua morte e que levou a morte de seus bebês declaro Cíntia Silva culpa. Fica Fixado aqui a pena de 9 anos e 9 meses pelos primeiros crimes citados, 5 anos pela tentativa de homicídio contra a vítima e 14 anos e 6 meses pela morte dos bebês causadas pela agressão praticada por ela. – bateu o martelo. 29 anos e 3 meses de prisão pra ela. Eles foram retirados do tribunal. – Declaro Deborah Marie Smith culpada por arquitetar perseguição da filha e vítima Natalie Kate Smith Pugliese. Culpada por cumplicidade no sequestro e culpada por omissão de socorro já que soube que o que ela planejou não foi executado e sim foi além e não fez nenhum tipo de intervenção. Culpada por cumplicidade na agressão e nas mortes dos bebês. Fica estipulado aqui um total de 12 anos de reclusão pelos crimes citados. Pena reduzida por ser ré primária, e por provar que o que foi feito não foi o que ela desejou, mas saiu de seu controle. – ele bateu o martelo. – Essa sessão está encerrada. – bateu o martelo novamente.

Mãe: Não... Natalie pelo amor de Deus... Não pode fazer isso comigo – a algemaram. Ela pegou a pena mínima possível porque também havia feito um acordo antes. Eu me levantei e abracei a Priscilla chorando muito. Luana veio me abraçou em seguida, a Zuleica também. Agradecemos a presença de todo mundo agradecemos aos advogados e fomos pra casa. Eu estava dirigindo, fomos para o apartamento minha sogra tinha ido ao cinema ver um desenho com a Maria Júlia e disse que a levaria a noite pra casa. Eu cheguei em casa e fui para o banheiro vomitar. Eu vomitei muito.

Pri: Está tudo bem?

Eu: Sim, está... – escovei os dentes e entrei no chuveiro. Eu chorei muito. Quando sai Priscilla olhava o cardápio de um restaurante.

Pri: Luana chamou a gente pra jantar na casa e eu a chamei pra jantar aqui tudo bem pra você? A Zuleica também vem.

Eu: Sim, tudo bem. – sorri de leve.

Pri: Desabafou?

Eu: Sim. Eu precisava chorar, fiquei o dia todo segurando. Estou aliviada. 12 anos é pouco pra ela e ela vai recorrer em algum momento e pedir prisão domiciliar e ela vai conseguir. Mas ela vai passar um tempo antes de conseguir, numa cela e isso já é importante pra mim.

Pri: O casal só pegou pena maior porque tinham muitos crimes nas costas deles também amor, foram descobertas muitas sujeiras atrás deles. Como eles não tem como provar mas sabem que eles cometeram o crime, jogaram as penas máximas de cada delito. Sua mãe pegou a mínima de cada um por ser ré primária. Ela terá 12 anos sem a liberdade total dela para refletir sobre tudo que fez.

Eu: É... – dei um selinho nela. Logo minha filha chegou, era 20 horas, a Luana e a Zuleica chegaram também. Minha sogra não quis ficar para o jantar porque ia jantar com um casal de amigos. Priscilla fez o pedido, em 40 minutos chegaria, então fui dar banho na minha menina, ela já tinha jantado então fiz meia mamadeira pra ela e peguei um livro pra ler pra ela. Contei a historia enquanto ela mamava e ela dormiu as 21 horas. – Te amo filha, boa noite. – a beijei e a cobri. Puxei a porta do quarto e fui para a sala de jantar.

Pri: Dormiu?

Eu: Sim, apagou. Deve ter brincado horrores com a sua mãe e o Armando.

Pri: Sim. Vou descer pra pegar a comida. – ela saiu.
Zuleica: Como está?

Eu: Em paz. Justiça foi feita embora eu quisesse que ela ficasse mais tempo, mas foi feita.

Luana: É... Sensação de alívio né?

Eu: Sim... – a gente jantou, conversamos sobre o futuro, sobre muitas coisas. Elas logo foram embora a gente caiu na cama, eu estava exausta. No dia seguinte almoçamos com meu pai e minha irmã e fomos para Goiânia. 

NATIESE EM: A FAZENDEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora