Eu desci e jantei com as meninas. Rodrigo estava calado e a Luíza triste, com certeza brigaram. Nos sentamos na varanda para tomar um vinho.
Dani: O que aconteceu hein Luíza? Está toda triste e o Rodrigo não falou nada no jantar.
Luíza: Decidimos terminar de vez. Ele vai para uma das casas da vila, eu vou continuar aqui ou vou pra ala norte da fazenda onde nós dois íamos morar.
Eu: Você não vai ficar sozinha do outro lado da fazenda com um bebê Luíza. Se ele não sabe lidar com o fato de que ele vai ser pai, então problema é dele. Você vai ser mãe com a nossa ajuda. Você continua aqui perto de mim vamos fazer um quarto lindo pra essa criança e vida que segue.
Dani: Só espero que ele não se arrependa disso futuramente.
Luíza: Eu também espero que não, porque pra minha vida, ele não vai se rastejar de novo. E eu não tenho a menor pretensão de colocar o sobrenome dele nessa criança, afinal, ele não a quer.
Diorio: Vocês trabalham juntos, como vão conviver com isso? Com esse mal estar gerado?
Luíza: Os incomodados que se mudem. Se ele estiver incomodado comigo ele que peça demissão. Eu moro aqui a muito mais tempo que ele, eu trabalho aqui a mais tempo que ele. E ele só trabalha aqui porque começou a namorar comigo. Ele pode voltar a trabalhar na fazenda dos pais dele que mais o tratam mal que tudo nessa vida. E por falar em bebê, segunda tem pré natal, você vai comigo Pri?
Eu: Claro. Não perco a chance de ver meu sobrinho por nada no mundo. – sorri. Eu queria muito que essa gestação desse certo. Ela merecia ser feliz depois de tudo que ela passou com as outras gestações dela. E ela estava fazendo tudo certinho para ficar tudo bem com o bebê. Ficamos até tarde bebendo e conversando. Luíza foi dormir mais cedo, ela não estava bebendo e estava cansada já. Ela subiu então eu abri outro vinho e fiquei com a Dani e a Diorio lá fora. A noite estava bonita, o céu estava estrelado nem parecia que no dia anterior o mundo parecia acabar em chuva. Ficamos até as duas e meia da manhã bebendo e conversando. Antes de ir dormir passei pra ver a Natalie e ela dormia pesado. A Diorio tirou o soro dela, ela estava sem febre e dormia serena, parecia muito melhor. Eu apaguei estava exausta. Acordei naquele sábado por volta de 10 da manhã tomei um banho me troquei, passei no quarto da Natalie e ela tomava banho. Vi uma bandeja em cima da cama, ela já tinha tomado café. Então eu desci tomei café conversando com a Célia, era o final de semana dela. Diorio, Luíza e Dani ainda dormiam. Logo alguém chegou.
Nat: Bom dia.
Eu: Bom dia – me virei pra ela. – Está melhor? – ela colocou a bandeja no balcão.
Nat: Sim estou, obrigada – tossiu – Tossindo muito ainda, mas estou bem. A medicação ontem me fez bem.
Eu: Isso é bom. Célia me vê um remédio pra dor de cabeça, acho que eu bebi demais ontem.
Nat: Rolou uma festinha essa noite? – riu.
Eu: Eu bebi demais com as meninas agora estou de ressaca de vinho então minha cabeça está do tamanho do mundo. – tomei o remédio. – Eu vou lá ver como o Vilão está. Natalie descansa, precisa se recuperar.
Nat: Eu vou descansar. – eu fui até a baia e o Vilão não estava bem.
Eu: Como ele está?
XX: Mal dona Priscilla. Ele não aceita nem uma frutinha mais. Ele está muito debilitado, não responde a chamado. Até ontem ele ainda tentava nos atacar e agora nem se move.
Eu: Hei rapaz... Você não vai mesmo melhorar? – fiz carinho nele. Uma hora depois a Dani veio vê-lo.
Dani: Pri, não tem o que fazer, ele não vai recuperar. Ele está muito e parece estar em estado comicial. – eu suspirei.
Eu: Então vamos sacrificá-lo. Não vamos deixa-lo sofrendo assim.
Dani: Ok. Eu vou fazer a medicação. – eu me sentei no chão ao lado dele fiquei fazendo carinho, falando com ele. Logo a Dani veio com a medicação. Eu fiz carinho nele o tempo todo até que ele se foi de vez. Pedi que cuidassem da remoção dele com muito cuidado e fui pra casa. Entrei no meu escritório e chorei, estava bem chateada com tudo isso. Logo bateram na porta, era a Natalie.
Nat: A Célia está chamando para almoçar.
Eu: Eu já vou, obrigada.
Nat: Sinto muito pelo cavalo. Foi tudo culpa minha e...Eu: Tudo bem senhorita Smith... – a cortei. – Preciso fazer algumas ligações, podem almoçar sem mim, depois eu como.
Nat: Tudo bem. – ela saiu e fechou a porta. Liguei para um amigo meu que está cuidando dos cavalos para a equoterapia para mim. Ele vai levar os novos cavalos para mim. Pedi mais alguns cavalos para aulas e para a equoterapia, ele ia providenciar pra mim e eu fui almoçar. Me sentei com as meninas, mas não falei nada. Elas já estavam comendo. Eu comi pouco, não quis sobremesa, pedi licença e fui para o meu quarto. Minha cabeça estava doendo, meu nariz voltou a sangrar, mas logo parou. Eu passei o resto do final de semana sem sair do meu quarto. Na segunda de manhã eu sai com a Luíza, ela tinha uma consulta com a obstetra dela. No caminho não conversamos muito, eu estava chateada com a perda do cavalo. Doutora Fernanda disse que estava tudo bem com ela e o bebê. Ela estava com 10 semanas completas, pediu novos exames, depois fomos resolver umas coisas e fomos embora. Chegamos na hora do almoço. Natalie estava no ambulatório com a Diorio pra ver como estava o pulmão dela, Dani estava no centro veterinário, Rodrigo em algum canto daquela fazenda. Luíza foi para o escritório e eu fui para o meu. O telefone tocou, era pra mim. Era o delegado dizendo que aquelas pessoas que estavam na minha propriedade foram soltas após pagarem fiança e que receberam orientação para não aparecerem nos limites das minhas terras.
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NATIESE EM: A FAZENDEIRA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 31 anos, sou formada em Administração e Zootecnia. Moro em Goiânia na Fazenda Pugliese. Sou dona de uma das maiores fazendas cafeeiras, frutíferas, de gados e cavalos do país atualmente, herança de famíli...