Luiza: E ai?
Eu: Sua amiga é muito cabeça dura – contei a ela do que falamos.
Luíza: As vezes eu acho que a Pri morre de medo de amar e ser amada novamente. Ela tem medo de sentir o que ela sentia pela Laura, de esquecê-la. As vezes eu acho que o problema dela é esse. Medo de esquecer da Laura de ser feliz e isso ferir a adoração que ela tem pela Laura. De ter que esquecer o que elas viveram.
Eu: Luíza, eu jamais pediria para ela esquecer a Laura. Ela foi importante na vida dela, ela foi parte da vida dela. Elas tiveram uma vida juntas, elas criaram uma coisa linda em meio a dor para ajudar outras pessoas. Eu não quero tomar o lugar dela. A gente pode amar outras pessoas, mas nunca será igual a quem a gente amou antes. Ela amou a Laura e vai guardar isso no coração pra sempre. Nosso sentimento é outro, pode ser menos ou mais, mas será outro tipo de sentimento.
Luíza: Eu entendo eu sei disso. Mas ela não deve pensar assim... Eu não sei o que ela pensa.
Eu: Ela é difícil... – logo alguém chegou, Luíza foi até a porta.
Luíza: É a Vicky.
Eu: Ainda tem isso. – suspirei.
Luíza: Natalie, elas são amigas. Elas já tiveram envolvimento sexual, mas nunca foram apaixonadas nem nada. A Pri ajudou a Vicky no momento mais difícil da vida dela. Eu não sou fã dela, mas com tudo isso, eu tenho visto que ela não é má pessoa e tem ajudado bastante por aqui - ela apareceu na porta.
Vicky: Luíza me ajuda aqui. – ela estava com uma bandeja na mão e com a mala.
Luíza: Que cheiro bom.
Vicky: Minha mãe quem fez e mandou pra vocês e principalmente para a Pri. Biscoitos amanteigados, bolo de laranja, bolo de cenoura.
Luíza: Delicia. A Pri vai adorar.
Vicky: E como ela está?
Luíza: Está bem, mas para entrar no quarto dela, só de máscara pelo menos por alguns dias.
Vicky: O médico avisou no hospital mesmo. Oi Natalie não vi você ai – veio me cumprimentar.
Eu: Oi Vicky como está?
Vicky: Bem e você?
Eu: Bem.
Vicky: Não pensei que voltaria.
Eu: Vim assim que eu soube. Não podia deixa-la assim.
Vicky: E ela com certeza já tentou te botar pra correr não foi?
Eu: É – ri sem graça.
Vicky: Você se acostuma, ela me manda embora umas cinco vezes por dia. É só fingir que não está ouvindo. – rimos. A noite no jantar, Priscilla não quis descer, estava fraca, então eu levei o jantar pra ela. Me sentei na varanda da sala e a Vicky veio.
Eu: Oi.
Vicky: Oi. – suspirou. – Está tensa.
Eu: Estou – suspirei. - Estou muito.
Vicky: Quer falar sobre isso?
Eu: Ela vai ficar bem?
Vicky: Vai. A quimio dela está funcionando e se tudo continuar funcionando bem, ela não vai precisar de transplante de medula. O que aconteceu com ela agora, era esperado, poderia acontecer mais cedo ou mais tarde. Ela está fraca, o sistema imunológico dela está praticamente zerado. Ela vive no lugar mais puro possível, ela se alimenta super bem, a recuperação dela está indo bem apesar de tudo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
NATIESE EM: A FAZENDEIRA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 31 anos, sou formada em Administração e Zootecnia. Moro em Goiânia na Fazenda Pugliese. Sou dona de uma das maiores fazendas cafeeiras, frutíferas, de gados e cavalos do país atualmente, herança de famíli...