Capítulo 67

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Acordei cedo desci fiz café tomei coloquei uma máscara peguei o carro e fui até o galinheiro. Tratei das galinhas, depois tratei dos coelhos, dos patos, dos gansos. Eu tinha equipes que se revezavam aos finais de semana. Fui ao celeiro fiz um carinho na Maya a soltei e fui dar uma volta com o Trovão. Andamos por trinta minutos e voltamos. – Melhor a gente voltar amigão, eu estou bem cansada. – tudo escureceu e eu puxei a rédea o fazendo parar – Por favor, eu preciso chegar em casa. – falei comigo mesma. A visão voltou ao normal. Eu estava exausta. Me inclinei até a cabeça do Trovão e falei – Me leva pra casa garoto... Vamos... – o abracei pelo pescoço. Ele sabia o que fazer. Eu fechei meus olhos eu estava sem energia.

XX: Dona Priscilla tudo bem? A senhora está passando mal?

Eu: Me ajuda a descer – pedi ajuda. – Trata do Trovão pra mim, o deixa solto um pouco com a Maya. Eu vou pra casa.

XX: Eu levo a senhora.

Eu: Eu consigo ir sozinha. Obrigada – entrei no carro respirei fundo tirando a máscara que me sufocava. Cheguei deixei o carro de fora mesmo e quando entrei em casa eu desmaiei. Quando acordei estava no sofá e uma Natalie muito nervosa falando no telefone.

Nat: Ela acordou. Ok, obrigada. – desligou. – Toma isso – me deu água e um remédio. Ela estava brava. – Se sente melhor?

Eu: Só um pouco de dor de cabeça. O que aconteceu?

Nat: O que aconteceu? Você desmaiou Priscilla, na porta da sala. Você cuidou dos bichos, andou a cavalo e ainda veio dirigindo e desmaiou. E se você desmaiasse na direção? Você cairia dentro do lago – falava nervosa. – Qual é o seu problema? Qual parte de que você não pode fazer esforço de que você precisa se cuidar você não entendeu?

Eu: Amor eu só...

Nat: Amor é o caralho. Chega Priscilla, não tem mais namoro, não tem mais amor. Enquanto você não aprender a cuidar de você, não tem mais nós duas. Levanta dai e vai almoçar, tem que comer. – saia da sala.

Eu: Onde vai? Natalie vamos conversar.

Nat:Não quero conversar com você. –ela saiu de casa. Fiquei uns 15 minutos sentada ali tentando entender o queaconteceu. Eu fui até a cozinha, almocei e subi. Escovei os dentes e fui para avaranda, ela não estava ali por perto. Liguei no celular dela e ela canceloutodas as chamadas. Era mais ou menos 14 horas quando as meninas chegaram da cidade. Luíza com a Alícia no colo e as meninas com as malas atrás.

Luíza: Chegamos filha, chegamos na sua casa.

Eu: Olá, bem vindas de volta, e bem vinda a sua casa Alícia – fiz carinho nela. Ela era tão perfeita. – Como você está? – perguntei a Luíza.

Luíza: Estou muito bem. Realizada.

Eu: E a pequena?

Luíza: Ela está ótima né filha, fala pra dinda que você é super saudável e a mamãe fez a tia Amanda virar você do avesso pra ver até se você tinha uma unha encravada. – rimos.

Eu: A menina nem nasceu direito e você já tá paranoica.

Luíza: Eu precisava disso, agora posso ficar tranquila. Ela chegou, ela é perfeita, saudável e estamos ótimas. 44 centímetros e 2,700 de muita gostosura da mamãe né filha.

Eu: Um frango...

Dani: Eu sabia que ela ia falar isso. – ria.

Eu: Por que?

Dani: Por que eu falei que as galinhas da fazenda pesam mais que ela – demos risada.

Luíza: Minha filha nem chegou e já está sofrendo bullying. A mamãe não vai deixar viu filha? A mamãe vai bater nessas tias bobonas sua. – a beijou.

Diorio: Cadê a Natalie?

Eu: Dando uma volta.

Diorio: Brigaram?

Eu: Mais ou menos.

Luíza: O que aconteceu?

Eu: Nada demais... Coisa de namoradas, logo passa. Agora vai descansar. – elas subiram e a Dani ficou comigo na sala.

Dani: O que aconteceu hein?

Eu: Eu desmaiei hoje... – contei tudo a ela.

Dani: Pri, você precisa descansar e você está exigindo do seu corpo mais do que ele suporta agora. Você sabe que sua imunidade está super baixa e a Natalie está fazendo tudo pra te proteger, mas você não colabora – falava calma.

Eu: Não vai gritar comigo também?

Dani: E adianta? – eu suspirei. – Ela está magoada e com razão, eu também estaria no lugar dela. Ela está fazendo de tudo pra te proteger, pra cuidar de você. Você está sendo como ela quando chegou aqui. Inconsequente, não se importa com o que acontece a sua volta, irresponsável. E você está sendo isso consigo mesma Pri. Ela te ama muito, ela mudou a vida dela em 100% para estar aqui, te dar amor, cuidar de você e você não faz o menor esforço para retribuir esse cuidado. Só dizer que ama e dar uns beijinhos não resolve muita coisa.

Eu: Eu vou me desculpar... Eu vou dar um jeito.

Dani: Espero que sim. Não perde ela não. Ela poderia estar agora no Rio enchendo a cara com os amigos, beijando mil bocas, dormindo com qualquer pessoa, criando polêmica e ela está aqui, com você, contra todas as possibilidades e expectativas. – ela tinha razão. A Natalie quando chegou, me fez odiá-la no primeiro minuto e ela era uma pessoa totalmente sem noção, fútil, que não se importava com nada nem ninguém além dela mesma e ela abriu mão de toda essa vida dela no Rio de Janeiro para cuidar de mim e ela tem feito isso com tanta dedicação que eu tenho sido egoísta demais com ela. 

NATIESE EM: A FAZENDEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora