Capítulo 99

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20 DE JUNHO...

Estou fazendo o tratamento a uma semana e os enjoos já começaram. O médico disse que seria normal que eu ficaria inchada também e de mau humor. Acordei bem irritada.

Pri: Amor, vamos andar a cavalo hoje?

Eu: Não, só quero ficar na cama.

Pri: Está com preguiça?

Eu: Estou. - a Luíza veio.

Luíza: Alguém toma conta pra mim enquanto eu tomo banho? Já dei banho nela, só dar a mamadeira.

Eu: Me dá... - a peguei. - Bom dia bonequinha da tia. Bom dia cheirosinha. Ai que delicia. - A Alícia está com 8 meses de muita fofura. Ela já segura a mamadeira dela sozinha. Ela deitou no travesseiro e ficou vendo desenho na minha cama enquanto eu respondia umas mensagens da Luana, da Zuleica, da minha irmã. Não demorou muito e ela já estava dormindo. Tirei a mamadeira da mão dela e a cobri. Desliguei a TV e dormir também. Acordei na hora do almoço a Alícia não estava mais na cama, a mãe dela deve ter pego. Tomei um banho me troquei apliquei a medicação e desci, estava faminta. Comi feito uma leoa e fui andar um pouco com a Jolie pela fazenda. A noite antes do jantar Priscilla veio falar comigo.

Pri: Está mais calma?

Eu: Não estava nervosa pra estar mais calma.

Pri: Está grossa desde cedo.

Eu: Priscilla, por favor tá...

Pri: Está vendo?

Eu: São os hormônios Priscilla, precisa ter paciência se quisermos ter um bebê.

Pri: Eu sei, mas é que você não fala comigo e eu fico sem saber o que fazer - fez bico e eu ri.

Eu: Bicuda... Relaxa vai. - a beijei - Eu te amo. Só que vai ter dia que eu vou estar insuportável como hoje.

Pri: Eu te amo. - aquele resto de mês foi terrível. Em julho fiz mais exames e estava tudo bem, eu estava com o humor melhor, tinha parado de engordar por conta do tratamento e se desse certo em agosto já poderíamos tentar a inseminação. Eu estava animada. Íamos esperar um ano para tentar mas a vida é muito breve então pra quê esperar?

Fui para o Rio, como fazia a cada duas semanas, tinha reuniões trabalhava horrores e voltava pra Goiânia. Numa das minhas idas, minha mãe foi atrás de mim na empresa, ela ainda não sabia onde eu morava.

Eu: O que está fazendo aqui?

Mãe: Vim conversar.

Eu: A gente não tem o que conversar. E eu preciso ir pra casa fazer mala e voltar pra Goiânia.

Mãe: Por culpa sua vou vender minha empresa.

Eu: Culpa minha? Você tem certeza que é por culpa minha? Está se ouvindo? A culpa disso é sua, que é tão insuportável que ninguém aguenta viver no mesmo ambiente que você. A culpa é da sua arrogância que não cabe dentro de você, da sua estupidez e de achar que é melhor que todo mundo. Eu quero que você se dane. Agora sai da minha sala e não dirija a palavra a mim nunca mais. - quando abri a porta ela segurou meu braço.

Mãe: Você vai me pagar por isso. Não pense que isso vai sair barato, porque não vai.

Eu: Sai daqui... - me soltei dela e ela saiu. Peguei minhas coisas e sai.

Luana: O que sua mãe faz aqui?

Eu: Me ameaçar, jogar o fracasso dela na minha cara como sempre.

Luana: Você está bem?

Eu: Não... Mas vou ficar. Preciso ir pra casa tenho que fazer mala e ir para o aeroporto.

Luana: Não é melhor ir amanhã cedo? Você está nervosa.

Eu:Não, eu vou pra casa. - a abracei fui para o estacionamento e fui pracasa. Terminei minha mala pedi um uber e fui para o aeroporto.

NATIESE EM: A FAZENDEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora