Eu: Rodrigo viu a senhorita Smith?
Rod: Está tomando banho, o porquinho dela está acomodado já, e ela foi tomar um banho.
Eu: Ok... – eu fui para o meu escritório que era do outro lado da casa, fiz algumas coisas e subi. Quando ia bater no quarto da senhorita Smith a porta estava encostada. Ela deixou a toalha cair e ficou nua e nossa... que corpo perfeito. Ela era linda demais. Dei um tempinho até ela se vestir e bati na porta. Ela disse para entrar. Eu empurrei. – Pronta?
Nat: Tem mais? Eu acabei de tomar banho. – resmungou.
Eu: O dia mal começou. Temos 20 sacolinhas para montar para as crianças, vem... – ela acabou de colocar a bota e saímos do quarto. Seu cheiro era delicioso... Ai Priscilla, olha lá hein... pensei. Fomos para o haras e para o escritório. – São 20 crianças, você vai pegar uma sacolinha dessas de pano e vai colocar um chaveirinho, um caderninho de colorir, uma caixinha de lápis de cor, um porta retrato desses, porque elas tiram uma foto aqui e recebem na saída pra colocarem no porta retrato. Depois você monta essa caixinha aqui e pega uma mudinha de fruta e coloca dentro. Pode ser aleatória, não precisa ser tudo igual. Tem mudinha de laranja, de maçã, de goiaba, de mexerica, de tangerina, de jabuticaba enfim de várias frutas. Cada criança vai receber uma sacolinha e uma mudinha de fruta pra plantarem em casa ou no sitio ou onde quiserem ok?
Nat: Ok. Pelo menos não vou me sujar toda.
Eu: Dessa vez... – eu me sentei liguei o computador comecei a fazer umas coisas pendentes e depois fui ajuda-la. Ela olhava para fora.
Nat: O que está acontecendo ali?
Eu: Equoterapia.
Nat: E o que é equoterapia?
Eu: É uma terapia assistida por cavalos. É um método terapêutico que utiliza o cavalo por meio de atividade interdisciplinar nas áreas da saúde, da educação, com o objetivo de buscar o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências ou com necessidades especiais.
Nat: Mas não é perigoso para as crianças? O cavalo pode se assustar.
Eu: Não. Sempre tem um cuidador junto, elas ficam bem seguras e os cavalos que usamos nessas atividades são os mais calminhos e tranquilos possíveis. Assim como os cavalos que as crianças tiram fotos. Para não coloca-las em risco.
Nat: Ah tá... E você tem vários prêmios né? Você concorre? – olhava para a estante.
Eu: Não mais... – suspirei. – Mas meus cavalos concorrem, menos o que eu monto, os da equoterapia e a Maya.
Nat: Quem é a Maya?
Eu: Vou te apresenta-la depois. – a ajudei a terminar as sacolinhas. – Temos que ir pra casa almoçar, e montar os lanchinhos das crianças.
Nat: Elas vem todos os dias?
Eu: Não. Normalmente uma vez por semana vem uma turminha ou duas vezes. Costuma vir o pessoal do asilo também, do centro de assistência psicossocial.
Nat: E eles pagam pra isso?
Eu: Não. Essa é a minha parte feita gratuita aqui, assim como a equoterapia.
Nat: E porque decidiu tudo isso?
Eu: Longa história. Não vamos falar disso, vem... Vamos pra casa – fomos almoçar e descansar um pouco, depois a chamei pra ajudar a arrumar o lanchinho das crianças. A Luíza veio nos ajudar, a Célia fazia algumas coisas, eu montava o cachorro quente, a Luíza os sanduiches de presunto e queijo, a Natalie a saladinha de frutas no potinho e os tampava. Logo estava tudo pronto e fomos levar para as crianças. Deixamos nas mesinhas onde elas iriam parar para lanchar, organizamos tudo. Elas estavam tirando fotos com a Maya. – Aquela é a Maya.
Nat: Ela é linda parece dócil.
Eu: Sim, ela é. Ela foi muito maltratada pelos antigos donos. Eles iam sacrificá-la se não conseguissem vende-la. Só tinham ela. Ela estava pele e osso, toda ferida. Eu a comprei e cuidei dela pessoalmente. Ela é muito dócil, carinhosa, gosta de carinhos. Ela não é montada nunca para passeios ou aulas, só para as crianças tirarem fotos. Ela é meu xodó junto com o Trovão, meu cavalo.
XX: Dona Priscilla... - eu olhei pra trás.
Eu: Obrigada Marcelo.
Nat: Santa Mãe de Deus isso não é um cavalo é um dinossauro... – assustou com o Trovão. Eu ri.
Eu: Ele é grande né, imponente.
Nat: A parte do imponente deve ter aprendido com você. Mas ele é lindo, e como brilha o pelo dele.
Eu: Sim... Hei garoto, cumprimenta a moça... – ele dobrou a pata e abaixou a cabeça pra Natalie.
Nat: Meu Deus, mais gentil que a dona... – eu a encarei.
Eu: E ele é melhor que muita gente. – respondi.
Marcelo: Aqui a Sereia...
Eu: Vem, vou te ajudar a subir.
Nat: Não... Não vou subir nisso não. Já tem aventuras demais para o meu gosto e é só a metade do primeiro dia. Não subo nem em moto que dirá num cavalo.
Eu: Deixa de ser medrosa Natalie, ela não vai te derrubar. Anda logo... – eu expliquei como subir e a ajudei. Logo eu montei no meu cavalo expliquei a ela como guiar e fomos andando, logo entramos nos pomares.
Nat: Tem pé de tudo aqui.
Eu: É, tem sim. Mas os principais são, laranjas, tangerinas, mexericas, acerola, morangos, abacaxi, maçãs e limões.
Nat: Qual a história do Trovão?
Eu: Ele era de uma pessoa muito importante pra mim. E hoje ele é meu.
Nat: Posso perguntar de quem?
Eu: Não... Vamos... – fomos andar mais rápido, mostrei boa parte da fazenda pra ela.
Nat: Isso aqui é enorme.
Eu: É... Ainda tem o cafezal, tem muitas coisas. Vamos voltar. – voltamos para o haras. As crianças estavam lanchando.
XX: Digam oi para a Dona Pugliese pessoal.
Todos: Oi...
Eu: Olá... Gostaram do passeio?
Todos: Sim. É muito legal... – ficaram contando o que acharam mais divertido. Eles estavam super felizes. Distribuímos as sacolinhas, as mudinhas de frutas para plantarem e logo foram embora. O dia acabou e fomos pra casa.
Nat: Eu estou morta.
Eu: Primeiro dia é mais difícil mesmo. Vou tomar banho e descer para jantar.
Nat:Eu também vou tomar um banho e ver meu porquinho. – ela foi para o quarto dela e eu fui para omeu. Tomei um belo banho, coloquei uma roupa confortável e desci. Vi a Luíza eo Rodrigo discutindo do lado de fora. Achei melhor não me meter. Fui até acozinha o jantar estava sendo preparado, então fui para o meu escritórioassinei alguns papéis, falei com meu irmão um pouco, eu sentia saudade dele.Ele vem nas férias pra cá. Minha mãe me ligou perguntando da Natalie eu faleicomo foi o primeiro dia e desliguei.
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NATIESE EM: A FAZENDEIRA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 31 anos, sou formada em Administração e Zootecnia. Moro em Goiânia na Fazenda Pugliese. Sou dona de uma das maiores fazendas cafeeiras, frutíferas, de gados e cavalos do país atualmente, herança de famíli...