O Felipe foi embora, as deixei no prédio, pedi ajuda para guardar as compras da Luíza que haviam chegado, coloquei tudo no carro e fui para a fazenda. Cheguei por volta de 21 horas. Dani e Diorio me ajudou a descer com tudo, era muita caixa. – Nossa, a sua filha não vai precisar de roupa até os 15 anos dela você comprou muita coisa.
Luíza: Nem tudo é roupa, tem de tudo um pouco ai – riu. – Como a Pri está?
Eu: Falei da Alícia, falei dos cavalos e da Jolie e ela deixou cair duas lágrimas.
Luíza: Essa fazenda fica tão vazia sem ela. Sem aquele furacão em forma de gente com um chicote na mão. – deixou cair uma lágrima. – Ela precisa ficar bem. Ela tem que estar aqui pra quando a Alícia chegar.
Eu: Ela vai estar Luíza, ela vai estar. – a abracei. Eu já tinha jantado então fiquei ajudando as meninas abrirem tudo e era muita coisa. Elas iam lavar tudo aquela semana, passar no final da semana pra organizar. O quartinho já estava quase pronto e estava lindo. Eu demorei a dormir, a cama dela ficava enorme sem ela. No dia seguinte eu levantei cedo tomei café com as meninas, dei uma volta com a Jolie, fui ver os cavalos dela e voltei pra casa. Fiz duas malas pra gente coloquei no carro. A mãe da Vicky ia comigo ia ver umas coisas da casa nova com a Vicky então ela ia aproveitar a carona. Chegamos no apartamento a Vicky esperava por ela lá. Elas logo foram embora almocei com a minha sogra e a tia da Pri num restaurante e fomos ao hospital. O doutor Ruiz veio falar com a gente...
Ruiz: Oi boa tarde, sentem-se... – nos sentamos.
Patrícia: Essa é Cristina, minha irmã.
Ruiz: Muito prazer dona Cristina eu sou Guilherme Ruiz.
Cristina: O prazer é meu. Como minha sobrinha está hoje?
Ruiz: Ela já saiu da intubação. Ela está respirando sozinha. Começamos a diminuir os medicamentos no fim da noite e de madrugada tiramos totalmente. Ela está só no oxigênio. Ela já acordou, abriu os olhos, está com os reflexos normais, pediu água está falando bem baixinho e dormiu de novo. Ela foi para a Semi intensiva vai ficar lá até fortalecer mais um pouco depois vai para o quarto e pra casa.
Eu: Ai que bom e os exames?
Ruiz: Estão muito bons, a quimio fez efeito esperado, aliás, mais que esperado. Foi pesado pra ela por isso ela precisou de intubação e UTI, mas ela está se recuperando. – ele explicou algumas coisas, e disse que daqui um mês ela terá que começar a tomar as vacinas da infância novamente. Fomos vê-la, tínhamos que higienizar bem as mãos e usar máscara.
Eu: Oi amorzinho – fiz carinho no cabelo dela e ela abriu os olhos e sorriu de leve. – Oi vida... – sorri.
Pri: Oi... – falou baixinho.
Eu: Que saudade.
Patrícia: Oi filhinha – ela olhou pra mãe e pra tia. – Olha quem está aqui.
Pri: Oi mamãe... Oi tia Cristina... Saudade...
Cristina: Oi querida que bom te ver.
Pri: Estou com sono.
Patrícia: Pode dormir filha... descansa. – só podia ficar uma pessoa com ela, então a Patrícia foi pra casa com a irmã e eu fiquei lá. Ela acordou de novo quando eu voltei a noite depois do jantar. Trouxeram uma sopa pra ela, eu a ajudei a comer e ela não demorou muito a dormir. Foram 2 dias de semi intensiva e mais 4 dias de quarto até a alta dela. Ela estava bem disposta, ainda usávamos máscara, inclusive ela. Estávamos esperando o resultado do ultimo exame.
Eu: Para de balançar essas pernas que eu estou ficando nervosa já amor.
Pri: Eu quero ir logo pra casa – falava igual criança fazendo birra.
Eu: Birrenta, sossega que você já vai. – dei risada. O médico veio.
Ruiz: Pronta pra ir pra casa?
Pri: Já queria estar lá.
Ruiz: Aqui sua receita, as orientações, e a máscara sempre que tiver contato com outras pessoas por 2 semanas tá.
Pri: E com meus bichos?
Ruiz: Com os bichos também. Você não tem um sistema imunológico funcional, não pode pegar nenhum vírus ou bactéria agora. Em 15 dias você volta para novos exames e já com as marcações para as vacinas que terá que tomar novamente. Coma bem, beba bastante líquido, faça atividade física se possível, uma caminhada leve na sombra, tome um pouco de sol também, não fique só na cama. Ainda sentirá enjoo as vezes, um pouco de cansaço e fraqueza, mas vai melhorar com o tempo. Agora vai embora antes que você pule dessa janela de tanta ansiedade – a gente riu.
Pri: Muito obrigada doutor... A gente vai fazer um almoço assim que possível e conto com sua presença.
Ruiz: Pode me chamar que eu vou sim. – ela sentou na cadeira de rodas e saímos. O acesso central dela tinha sido retirado. Minha sogra já tinha levado a mala para o carro. A ajudei a entrar no carro, passamos na farmácia para comprar os remédios dela que eram caríssimos por sinal. Compramos tudo que precisava.
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NATIESE EM: A FAZENDEIRA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 31 anos, sou formada em Administração e Zootecnia. Moro em Goiânia na Fazenda Pugliese. Sou dona de uma das maiores fazendas cafeeiras, frutíferas, de gados e cavalos do país atualmente, herança de famíli...