Capítulo 29

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PRISCILLA NARRANDO...

Natalie se recuperou da pneumonia, eu estava me sentindo melhor com a culpa de quase tê-la matado com aquela chuva. Ela tem me ajudado bastante na fazenda, e acho que ela já está aprendendo o valor do dinheiro e do trabalho. Adotei um cachorro, o encontrei na estrada a algum tempo, é uma fêmea. Ela estava amarrada a uma árvore, muito ferida, a beira de quase morrer. Meu coração doeu demais. Eu e o Rodrigo a colocamos na caminhonete e a levamos para um centro veterinário, ela precisaria de cirurgia de reabilitação. Eu custeei tudo e disse que ficaria com ela. Ela é tão carinhosa e quando me via chegar na clinica até chorava, abanando o rabo e chorava quando eu ia embora talvez por medo de ser abandonada de novo. Quando me ligaram dizendo que ela já poderia ir pra casa eu fiquei muito feliz, pedi que fossem busca-la e ela chegou logo após o almoço. Ela estava triste na caminhonete, acho que ela estava pensando que seria abandonada novamente. Eu abri a carroceria e ela me viu.

Eu: Hei Jolie... – ela levantou a cabeça na hora – Bem vinda a sua casa moça... – ela até uivou. – Achou que eu ia te deixar lá? Claro que não – subi na caminhonete e ajudei a descer a gaiola de transporte que ela estava. Logo desci e abri a porta e ela veio pulando em mim – Hei menina bem vinda a sua casa, olha o quanto de espaço você tem agora. – fiz muito carinho nela. Ela estava cheirosa, tinha tomado banho, o Rodrigo pegou a cama dela as vasilhas de comida, a ração e fomos pra dentro. Natalie dormia no sofá da varanda e ela lambeu a Natalie que assustou com ela. Jolie já estava se sentindo em casa. Eu olhava pra ela e me emocionava, ficava pensando como uma pessoa poderia ser tão cruel em fazer isso com um bichinho cheio de sentimentos. Na segunda seguinte chamei Natalie para me ajudar no celeiro e fomos surpreendidas por um porco selvagem, e é óbvio que ele correu atrás dela. Ficamos um tempo presas numa das baias até alguém nos resgatar. Conversamos o tempo que ficamos presas lá dentro, ela era diferente, não aparentava aquela pessoa inconsequente que a mãe dela me descreveu, e nem a pessoa que chegou bêbada de madrugada em casa e que quase destruiu minha fazenda. A noite tinha uma festa na fazenda do vizinho, eles levaram um tremendo golpe de um dos irmãos e estavam a beira de perder a fazenda deles. Eles não entendiam quase nada de administração já que quem cuidava de tudo era o irmão que os roubou, e aquela fazenda era o legado que o pai deixou a todos eles. Eram quatro irmãos, dois homens e duas mulheres e tinha a mãe deles que era uma mulher já um pouco mais velha e estava com problemas de saúde sérios e ela vivia ali a muitos e muitos anos. Minha presença como sempre foi muito notada e eu odiava chamar atenção, mas aceitei ser "usada" como mídia positiva para que pessoas fossem até lá os ajudassem comprando os produtos que estavam a venda, as comidas, os ajudassem de alguma forma. Eu já tinha um plano em mente com tudo aquilo então fiz questão de ir. Pedi que a Diorio convidasse a Natalie e ela topou ir, e nossa, ela estava linda, muito linda. Quando o Rodrigo chegou pedi para conversar a sós com os donos da fazenda eu tinha uma proposta para eles.

XX: Qual o motivo da reunião? – uma das irmãs entrou no escritório.

XXX: Estávamos te esperando pra saber. – todos chegaram inclusive a mãe deles.

Eu: Bem, eu soube do caso de vocês através do advogado de vocês. Estão com sérios problemas aqui e muito perto de perderem tudo por causa do que o irmão de vocês causou.

XX: Ele não é mais nosso irmão... – falou ressentida.

Eu: Compreendo... Eu estudei o caso de vocês e posso ajudar de uma forma.

XXXXX: E qual seria?

XX: Comprando nossa fazenda? Não queremos perde-la, estamos tentando recuperá-la.

Eu: Calma... Não é bem isso. Esse é o Rodrigo Tardelli vocês já o conhecem e ele trabalha pra mim a bastante tempo e ele estava saindo da minha fazenda por problemas familiares e voltaria para a fazenda dos pais dele. Eu não queria que ele fosse embora e logo soube do caso de vocês. Então quero fazer a vocês o empréstimo que vocês não conseguiram nos bancos e com outros fazendeiros. Vocês precisavam de 4 milhões para se reerguerem.

XXX: Meu Deus, mas e qual é a sua condição?

Eu: Vocês não entendem nada de administração. O Rodrigo está indo embora então ele fica aqui, ensina a vocês tudo que ele sabe sobre administração de fazendas, ensina a vocês a reerguerem as terras de vocês com o plantio e a reorganização de tudo. Ele vai administrar esse dinheiro e a fazenda por vocês e quando vocês estiverem de pé novamente, vocês começam a me pagar.

XXXXX: E qual vai ser a taxa de juros desse empréstimo? – a senhora perguntou.

Eu: Não teremos taxa. Confio no Rodrigo e ele é o melhor e ele pode salvar tudo isso aqui. O que acham?

XX: Eu... Eu acho perfeito – falou emocionada vindo me abraçar.

XXXXX: Eu não sei o que dizer, parece um milagre – a senhora falou emocionada também.

XXX: Por que está fazendo isso? – um dos irmãos perguntou – É muito dinheiro. Eu estou grato demais, mas estou tentando entender. – riu e eu ri também.

Eu: Eu amo a minha fazenda, e eu faço tudo por ela, e eu não suportaria perder o que eu amo por causa de sacanagem dos outros, principalmente de familiar. Vocês perderam quase tudo por causa do irmão de vocês que sequer pensou na mãe de vocês e isso é pesado demais. Eu posso ajuda-los a se reerguerem, o Rodrigo topou ajudar também, então vamos fazer isso. Vocês vão recomeçar e o destino do irmão de vocês é a cadeia bem em breve quando for encontrado. Vocês terão a vida de vocês de volta, as terras de vocês de volta. – conversamos mais algumas coisas, combinamos de conversar com os nossos advogados no dia seguinte na fazenda deles e fomos para a festa. – Obrigada por topar isso.

Rod: Eu gostei do desafio – sorriu e me abraçou.

Eu: Eu sei que você gosta de um... – ri. As meninas estavam comendo feito malucas, a Luíza então parecia que draga de tanto que comia. – Você vai passar mal.

Luíza: Eu estou com desejo. Quero um cachorro quente. – o Rodrigo saiu de perto.

Dani: Eu vou buscar um. – me chamaram para uma brincadeira da maçã, tínhamos que levar a maçã com outra pessoa sem tocá-la até o outro lado. Eram diversas brincadeiras e eu arrastei a Natalie comigo. Ela entendeu a brincadeira e começamos e quando chegamos no final ela pulou no meu colo. Parecia uma criança feliz por ter ganhado a brincadeira. Participamos de mais uma outra brincadeira e foi bem engraçado quando ela caiu com tudo no feno. Fomos para a etapa do labirinto, eu fui para um lado e ela para o outro. Ela logo me chamou.

Nat: Priscilla?

Eu: Oi?

Nat: Voltei para o começo – riu e eu ri também a encontrando.

Eu: Vamos morar aqui pra sempre.

Nat: Acho que sim. Vamos seguir juntas, senão não vamos sair daqui. - Num determinado momento nos separamos e trombamos uma com a outra batendo de frente. Ficamos nos olhando um tempo e ela me beijou. Só paramos o beijo quando nossos pulmões queimaram pela falta de ar. Ela era perfeita, nosso beijo tinha a sincronia perfeita, eu senti meu corpo todo dar choque com aquele nosso contato.

Eu:A gente precisa sair daqui... –logo conseguimos achar a saída. Meu coração estava disparado aquele beijo mexeumuito comigo. Dei graças a Deus dos nossos batons não saírem com o beijo e nosdeixarem feito duas palhaças para que todos notassem que nos beijamos. Asmeninas estavam jogando bingo e fomos jogar também. Natalie ganhou um urso depelúcia gigante, eu ganhei uma lasanha super cheirosa e quentinha, a Luíza jáqueria comer a lasanha, aquele poço sem fundo. Dani ganhou um jogo do Banco Imobiliárioe a Diorio é azarada que só ela e só perdeu dinheiro mesmo. Fomos embora porvolta de 1 da manhã. Eu estava morrendo de fome, as meninas também. Coloquei alasanha no forno para esquentar, abri um vinho e fui colocar um pijama.Decidimos não trabalhar de manhã para ficarmos vendo filme de madrugada e deifolga a Natalie também para nos fazer companhia. Logo a lasanha já estavaquente, o arroz estava pronto, levei o vinho e o suco para o cinema, a Natalielevou uma mesinha para colocarmos tudo, Dani levou os pratos e talheres, e aLuíza os copos e guardanapos. Colocamos um filme e nos servimos. A gente comeue ficou vendo o filme por um bom tempo. 

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Finalmente um beijo decente...

NATIESE EM: A FAZENDEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora