Eu: Ai que dor no corpo... - gemi.
Luana: Oi... Como se sente?
Eu: Dolorida. Bateram em mim praticamente na rua de casa eu estava a uns 30 Km por hora. Ai... - gemi.
Luana: Seu corpo vai doer uns dias pelo impacto, mas fora o corte na testa os 5 pontinhos nela e as dores pelo corpo você está bem.
Eu: Como soube?
Luana: Ligaram pra mim e quando eu cheguei aqui sua irmã estava saindo de uma cirurgia e ficou bastante assustada.
Eu: Ela vai brigar comigo.
Luana: Ela ficou preocupada. - logo ela veio.
Emilly: Oi remendada, está melhor?
Eu: Já não basta a dor, tem que ter a humilhação. Eu estou bem, quando posso ir pra casa?
Emilly: O médico que te atendeu já vem te dar alta. Dirigindo alcoolizada Natalie? A polícia não vai te multar por isso porque você estava numa velocidade muito baixa e na rua da sua casa e quem errou foi o cara que bateu em você. Mas por pouco você não se dá mal.
Eu: E o meu carro?
Luana: Já acionei o seguro e foi para assistência. Na terça feira está pronto não foi nada demais, pegou no para-choque e te arrastou, seu airbag abriu e você bateu a cabeça no vidro por estar alcoolizada, mas o carro não teve danos significativos.
Eu: E a pessoa que bateu em mim?
Emilly: Está morto.
Eu: O quê? Mas eu me lembro de vê-lo sair do carro. - me assustei.
Emilly: Ele foi trazido pra cá, com a pressão arterial instável, totalmente alucinado e bêbado. Ele não morreu pelo impacto, ele morreu de overdose. Ele teve uma convulsão assim que chegou aqui e uma parada cardiorrespiratória. Heroína, cocaína e crack.
Eu: Nossa... quantos anos?
Emilly: 28. Os pais já vieram reconhecer o corpo estão arrasados.
Eu: Imagino. - logo bateram na porta.
XX: Podemos entrar? - uma mulher de uns 50 anos mais ou menos e o homem pouco mais velho que ela. Estavam abatidos.
Eu: Quem são vocês?
Emilly: São os pais do rapaz que atingiu seu carro. Eu sou a Emilly sou médica aqui e sou irmã dela.
XXX: Raquel Dias, e esse é meu marido Davi Dias. Natalie não é?
Eu: Sim.
Raquel: Viemos pedir desculpas em nome do nosso filho, por ele ter provocado seu acidente.
Eu: Tudo bem, eu estou bem é o que importa. Sinto muito pela perda de vocês.
Raquel: Obrigada. Nosso filho a dois anos se perdeu nesse mundo das drogas e ontem a noite ele brigou com a gente e pegou o carro do pai dele depois de agredi-lo - voltou a chorar - Ele estava transtornado e meu coração de mãe sabia que algo estava errado. E então veio a ligação, enfim... - respirou fundo - Desculpe por tudo isso.
Eu: Não precisa se desculpar. Sinto muito pela perda de vocês. Fiquem em paz, eu estou bem, estou indo pra casa daqui a pouco. - apertei a mão dos dois e eles foram embora. Eu senti algo tão ruim dentro de mim. Os dois estavam arrasados.
Luana: Nossa, isso doeu - secou a lágrima que caia.
Emilly: É... Fico triste pelos pais sabe, porque são boas pessoas, mas infelizmente ele escolheu esse caminho.
Eu: Pois é... - logo meu médico me deu alta e fui pra casa com a Luana. Quando peguei meu celular tinham inúmeras mensagens da Priscilla e uma delas era falando de mim e da Kelly.
Agora eu entendi porque não me respondeu sobre o pedido de casamento. Aproveite o anel e case-se com ela. Parabéns.
Mandou essa mensagem junto com uma foto da Kelly me beijando.
-------------------------
Essa Kelly só pode tá querendo morrer né?!
VOCÊ ESTÁ LENDO
NATIESE EM: A FAZENDEIRA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 31 anos, sou formada em Administração e Zootecnia. Moro em Goiânia na Fazenda Pugliese. Sou dona de uma das maiores fazendas cafeeiras, frutíferas, de gados e cavalos do país atualmente, herança de famíli...