Capítulo 80

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Eu: Ai que dor no corpo... - gemi.

Luana: Oi... Como se sente?

Eu: Dolorida. Bateram em mim praticamente na rua de casa eu estava a uns 30 Km por hora. Ai... - gemi.

Luana: Seu corpo vai doer uns dias pelo impacto, mas fora o corte na testa os 5 pontinhos nela e as dores pelo corpo você está bem.

Eu: Como soube?

Luana: Ligaram pra mim e quando eu cheguei aqui sua irmã estava saindo de uma cirurgia e ficou bastante assustada.

Eu: Ela vai brigar comigo.

Luana: Ela ficou preocupada. - logo ela veio.

Emilly: Oi remendada, está melhor?

Eu: Já não basta a dor, tem que ter a humilhação. Eu estou bem, quando posso ir pra casa?

Emilly: O médico que te atendeu já vem te dar alta. Dirigindo alcoolizada Natalie? A polícia não vai te multar por isso porque você estava numa velocidade muito baixa e na rua da sua casa e quem errou foi o cara que bateu em você. Mas por pouco você não se dá mal.

Eu: E o meu carro?

Luana: Já acionei o seguro e foi para assistência. Na terça feira está pronto não foi nada demais, pegou no para-choque e te arrastou, seu airbag abriu e você bateu a cabeça no vidro por estar alcoolizada, mas o carro não teve danos significativos.

Eu: E a pessoa que bateu em mim?

Emilly: Está morto.

Eu: O quê? Mas eu me lembro de vê-lo sair do carro. - me assustei.

Emilly: Ele foi trazido pra cá, com a pressão arterial instável, totalmente alucinado e bêbado. Ele não morreu pelo impacto, ele morreu de overdose. Ele teve uma convulsão assim que chegou aqui e uma parada cardiorrespiratória. Heroína, cocaína e crack.

Eu: Nossa... quantos anos?

Emilly: 28. Os pais já vieram reconhecer o corpo estão arrasados.

Eu: Imagino. - logo bateram na porta.

XX: Podemos entrar? - uma mulher de uns 50 anos mais ou menos e o homem pouco mais velho que ela. Estavam abatidos.

Eu: Quem são vocês?

Emilly: São os pais do rapaz que atingiu seu carro. Eu sou a Emilly sou médica aqui e sou irmã dela.

XXX: Raquel Dias, e esse é meu marido Davi Dias. Natalie não é?

Eu: Sim.

Raquel: Viemos pedir desculpas em nome do nosso filho, por ele ter provocado seu acidente.

Eu: Tudo bem, eu estou bem é o que importa. Sinto muito pela perda de vocês.

Raquel: Obrigada. Nosso filho a dois anos se perdeu nesse mundo das drogas e ontem a noite ele brigou com a gente e pegou o carro do pai dele depois de agredi-lo - voltou a chorar - Ele estava transtornado e meu coração de mãe sabia que algo estava errado. E então veio a ligação, enfim... - respirou fundo - Desculpe por tudo isso.

Eu: Não precisa se desculpar. Sinto muito pela perda de vocês. Fiquem em paz, eu estou bem, estou indo pra casa daqui a pouco. - apertei a mão dos dois e eles foram embora. Eu senti algo tão ruim dentro de mim. Os dois estavam arrasados.

Luana: Nossa, isso doeu - secou a lágrima que caia.

Emilly: É... Fico triste pelos pais sabe, porque são boas pessoas, mas infelizmente ele escolheu esse caminho.

Eu: Pois é... - logo meu médico me deu alta e fui pra casa com a Luana. Quando peguei meu celular tinham inúmeras mensagens da Priscilla e uma delas era falando de mim e da Kelly.

Agora eu entendi porque não me respondeu sobre o pedido de casamento. Aproveite o anel e case-se com ela. Parabéns.

Mandou essa mensagem junto com uma foto da Kelly me beijando. 


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Essa Kelly só pode tá querendo morrer né?!

NATIESE EM: A FAZENDEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora