Eu: Você contou pra sua mãe que eu estou aqui não é?
Pri: O Felipe te contou não é?
Eu: Sim, contou.
Pri: Soltei sem querer, mas não se preocupe, ela não vai te entregar pra sua mãe.
Eu: Quem garante que ela não vai contar Priscilla? – suspirei.
Pri: Minha mãe pode ser fútil até os ossos, mas sabe manter a boca fechada quando é necessário Natalie. E acredite, se ela não falou até agora, ela não vai falar nada. Ela sabe que eu te amo e ela respeita isso e respeita muito. Ela pode ter todos os defeitos do mundo, mas ela respeita o fato que eu te amo e que não queremos ser expostas. – eu suspirei. – Amor fica tranquila. E mesmo que sua mãe soubesse, você não tem mais 14 anos, você deixa sua mãe te afetar demais, isso não é legal.
Eu: Você não a conhece Priscilla. – ri sem humor. – Você não sabe quem é Deborah Smith.
Pri: E porque você deixou essa Deborah Smith dominar tanto você até hoje se até seus irmãos conseguiram se libertar dela? Ela desconta tudo que ela não conseguiu fazer com seus irmãos, em você e você permite. Você até onde sei é uma grande profissional e não teria problemas em ser contratada em qualquer empresa se você saísse das garras dos seus pais.
Eu: Não vamos falar disso mais não tá. – eu virei as costas e voltei pra casa.
Pri: Natalie? Onde vai?
Eu: Pra casa...
Pri: Não acredito que ficou chateada.
Eu: Não fiquei. – fui embora. Fiz uma mala pequena, peguei um dos carros da fazenda e sai quando a Priscilla estava voltando. Meu celular tocou imediatamente. Eu não atendi. Quando cheguei na cidade me instalei num hotel e me joguei na cama, coloquei uma série. Quando meu celular tocou de novo cancelei a chamada e abri o whatsapp mandando uma mensagem pra ela.
Eu estou bem. Decidi passar o final de semana sozinha na cidade. Na segunda bem cedo estarei de volta para o trabalho. Beijos Natalie.
Liguei para a Luana conversamos mais de duas horas por chamada de vídeo falei o que tinha acontecido e ela disse que eu fui infantil em ter ignorado a Priscilla ter ficado com raiva e ido pra cidade. Talvez eu tenha sido mesmo, mas eu odiava isso de julgar a minha convivência familiar sem saber como realmente funcionava. Ninguém conhecia os limites dos meus pais principalmente da minha mãe para destruir minha vida e minha carreira em qualquer lugar desse país, por não fazer o que ela quer ou o que ela acha que é certo. Passei o final de semana no hotel não fui a lugar nenhum. Na segunda de manhã bem cedo fui para a fazenda, me troquei tomei café da manhã sozinha e fui trabalhar. Passei o dia todo pela fazenda trabalhando. Não fui almoçar, fui para o pomar comi frutas no almoço, não quis ir pra casa. Voltei já era mais ou menos sete da noite. Ouvia as risadas da Priscilla e do irmão dela na sala, as meninas estavam juntas. Na cozinha o jantar já estava pronto eu me servi antes que a Rose colocasse a comida na mesa da sala de jantar.
Rose: Não vai comer com eles?
Eu: Não. E não diz pra ninguém que eu estou aqui.
Rose: Tudo bem. – eu jantei e 20 minutos depois passei pela sala de jantar.
Eu: Boa noite a todos. – me responderam e eu continuei andando.
Pri: Não vai jantar?
Eu: Já jantei na cozinha. Vou tomar banho e dormir, boa noite pra vocês – fui para o quarto escovei os dentes tomei um bom banho, hidratei meu corpo coloquei um pijama e me deitei estava exausta. Depois de uma hora alguém bateu na porta e abriu.
Pri: A gente pode conversar?
Eu: Sobre?
Pri: Sobre você sair de casa com raiva de mim e me evitar todo o final de semana e hoje o dia todo ate agora porque eu falei da sua relação com a sua mãe. – suspirei – Desculpa. Eu invadi seu espaço, eu invadi sua privacidade familiar, eu não queria magoar você.
Eu: Não é fácil ficar livre dos meus pais, principalmente da minha mãe Pri. Eu sei do que ela é capaz só para me manter nas garras dela, então eu preciso me sentir segura o suficiente pra isso e infelizmente boa parte da minha segurança, minha mãe roubou de mim. Eu sei que é ridículo, mas ela ainda tem muito poder sobre mim e eu preciso trabalhar isso. Não é tão simples como você pensa.
Pri: Eu não acho que seja simples, eu devo ter me expressado mal, eu não queria magoar você. Me perdoa?
Eu: Tudo bem. – ela me deu um selinho.
Pri: Senti saudade. – fez bico.
Eu: Eu também senti.
Pri: Não faz mais isso. Não me deixa mais com saudade.
Eu: Vou pensar no seu caso.
Pri: Você é muito má.
Eu: Sou sim. – a beijei.
Pri: Vai ter sexo hoje?
Eu: Não.
Pri: Por que?
Eu: Por que você está de castigo.
Pri: Mas eu não fiz nada.
Eu: Não interessa... Minhas pernas não abrem hoje.
Pri: Você é uma pessoa horrível sabia. – falou fingindo de brava.
Eu: Eu sei que sou. Quando for deitar apaga a Luz.
Pri: Tá bom. – ela fez a higiene dela e se deitou comigo, mas ficou rolando na cama.
Eu: Tá com formiga no bumbum?
Pri: Estou sem sono e entediada.
Eu: Liga a TV.
Pri: Eu quero namorar. – fez bico.
Eu: Quantos anos você tem hein? 5? Querer não é poder.
Pri: Não pode me castigar pra sempre.
Eu: Priscilla...
Pri:Tá bom parei. –ligou a TV. Eu acabei dormindo estava exausta.
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NATIESE EM: A FAZENDEIRA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 31 anos, sou formada em Administração e Zootecnia. Moro em Goiânia na Fazenda Pugliese. Sou dona de uma das maiores fazendas cafeeiras, frutíferas, de gados e cavalos do país atualmente, herança de famíli...