Obrigada pelos 6 K pessoal. Gratidão...
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PRISCILLA NARRANDO...
Esses meses de tratamento não foram os mais fáceis, mas só de poder trabalhar eu já me sentia melhor. Me sentia cansada, mas estava conseguindo fazer minhas coisas. O médico disse que minha recuperação estava sendo muito rápida, eu fazia tratamento com uma medicação importada, meu plano não cobria então eu pagava uma fortuna por isso, então em 4 meses meu corpo já respondia positivamente. Eu ainda tinha células da leucemia no meu corpo e provavelmente teria ainda por 1 ou 2 anos, mas eu estava em remissão e poderia continuar meu tratamento com medicações orais agora inicialmente por 1 ano. Eu estava feliz e planejando pedir a Natalie em casamento. No dia 30 é minha quimioterapia power, é assim que venho chamando e sinceramente eu tenho medo dela. Me lembro de quando minha imunidade caiu muito e eu fiquei bem mal e agora vai ser uma dose enorme de quimioterapia de uma só vez no meu corpo. Eu estava ajudando na equoterapia era dia 29 então queria aproveitar meu ultimo dia me sentindo bem, quando terminei com um paciente o Miguel veio falar comigo.
Miguel: Dona Priscilla?
Eu: Oi?
Miguel: Acho bom a senhora ir pra casa.
Eu: Por que? O que houve?
Miguel: A senhora tem visitas. E não sei se isso é bom não.
Eu: Estou indo... – entrei no meu carro e fui pra casa, tinha um carro parado em frente e entrei pela cozinha. – Célia, tudo bem por aqui? – lavava as mãos. – O Miguel me falou pra vir pra casa, quem chegou?
Célia: Acho que não dona Priscilla. Seu irmão e sua mãe.
Eu: Ai meu Deus minha mãe de novo – fiz careta.
Célia: Mas isso não é o pior.
Eu: Tem como ficar pior? – arregalei os olhos.
Célia: Os pais da dona Natalie estão aqui também, chegaram praticamente juntos.
Eu: Jesus... – levei a mão no peito. Peguei um copo de água bebi num só gole e fui para a sala. – Cadê todo mundo Luíza? Estão todos mortos?
Luíza: Sua mãe e seu irmão estão se instalando e a Natalie está com os pais dela no meu escritório e eu estou usando minha barriga de mesinha de computador pra trabalhar.
Eu: Eu devo bater lá?
Luíza: Se você não morrer de leucemia vai morrer só com olhar da mãe dela, então acho melhor ficar murchinha no seu canto enquanto pode. – minha mãe desceu.
Eu: O que faz aqui?
Mãe: Oi filha eu estou bem e você? Eu sou sua mãe e uma mãe que preocupa com a filha e eu vim aqui para estar com você na sua última quimio é assim que você recebe sua mãe?
Eu: Por que os trouxe mãe?
Mãe: Eu não os trouxe. Eu os vi no avião já, e fiz de tudo para não ser vista por eles, eu cheguei aqui dois minutos antes deles. Eu nem sabia que ela sabia que a Natalie estava aqui, eu não abri minha boca. Depois daquele almoço, eu não vi ou falei com a Deborah mais. – depois de 30 minutos a porta do escritório se abriu.
Nat: FAÇA O QUE VOCÊ QUISER. EU NÃO ME IMPORTO. CHEGA... CHEGA DE CONTROLAR ATÉ O AR QUE EU RESPIRO. EU NÃO SOU MASSA DE MANOBRA PRA VOCÊ MÃE. SINTO MUITO SE O KEVIN NÃO FAZ A MENOR QUESTÃO DE FAZER PARTE DESSA IMITAÇÃO BARATA DE FAMÍLIA E A EMILLY PREFIRA VER GENTE MORRENDO TODO DIA NO HOSPITAL DO QUE PASSAR ALGUM TEMPO AO SEU LADO LADO. EU NÃO VOU MAIS ME SUJEITAR A ISSO, EU NÃO VOU MAIS PASSAR POR ISSO, EU NÃO VOU MAIS SUPORTAR ISSO... QUANDO QUISER SER MINHA MÃE ME AVISA, ENQUANTO CONTINUAR SENDO ESSE MONSTRO QUE NINGUÉM SUPORTA FICAR PERTO, ESQUEÇA QUE EU EXISTO. – ela deu uma bofetada na Natalie que doeu em mim.
Eu: DENTRO DA MINHA CASA VOCÊ NÃO TOCA NELA. - gritei com ela.
Deborah: Ah... Para me desafiar você não está doente não é? – eu peguei no braço dela e a encostei na parede.
Leandro: Solta minha esposa, que isso já é absurdo, vai agredi-la? - falou nervoso.
Eu: Cala boca galinho chicken Little, quem começou com a agressão e com a ofensa aqui foi ela. E você não é macho pra me enfrentar. – respondi ainda olhando nos olhos dela e ela cheirava a medo tentando se passar por imponente. – Você entra nas minhas terras, na minha casa, agride uma pessoa, me ofende e acha que está certa? Você é dona da sua empresa, do seu reduto de futilidade. Aqui você não apita em nada. Vai sair daqui ou vou precisar te tirar daqui com a ajuda da polícia ou de um chicote? Pode escolher.
Deborah: Abusada. – falou se soltando de mim.
Eu: Narcisista ridícula. Fora das minhas terras.
Deborah: Pega suas coisas agora Natalie, vamos voltar para o Rio ainda hoje.
Nat: Você ouviu alguma coisa do que eu te disse? – falou em choque e com raiva.
Deborah: Não me interessa o que você falou. Enquanto você depender de mim, você faz o que eu quiser, arruma suas coisas e vamos embora agora. – falou irritada.
Nat: Eu não dependo de você pra nada a muito tempo. Você me fez acreditar nisso o tempo todo. E eu não vou embora.
Deborah: Ok... Esqueça que tem mãe, que tem pai, esqueça que tem apartamento e carro.
Nat: Eu já vendi meu carro, eu comprei com meu dinheiro. E o apartamento, entra nele e coloca fogo, manda derrubar o prédio, eu não me importo.
Deborah: Esqueça o acesso a conta bancária conjunta com seus irmãos – Natalie riu.
Nat: Pode fechar a conta. Nós três conversamos. Dividimos todo aquele dinheiro passamos para nossas contas a alguns dias e ela está zerada, afinal era nossa não era? – ela subiu as escadas.
Luíza: Eu vou lá falar com ela.
Eu: Estão esperando alguma coisa? Um beijinho de despedida? – bati meu chicote na parede os assustando. – Ou esperando que eu os coloque para fora a minha maneira?
Deborah: Atrevida.
Eu: Insuportável. Vai morrer com seu próprio veneno, toma cuidado. – eles saíram. – MIGUEL... – ele apareceu na sala.
Miguel: Pois não dona Priscilla?
Eu: Peça ao Jorge que os siga, discretamente, veja onde estão hospedados, quanto tempo ficarão hospedados ou se vão para o aeroporto, por favor.
Miguel: Ok dona Priscilla.
Eu: Obrigada. – Minha mãe estava sentada no sofá.
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NATIESE EM: A FAZENDEIRA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 31 anos, sou formada em Administração e Zootecnia. Moro em Goiânia na Fazenda Pugliese. Sou dona de uma das maiores fazendas cafeeiras, frutíferas, de gados e cavalos do país atualmente, herança de famíli...