Capítulo 75: Tatuagem.

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Cold me carregou até a cama, me colocando sentada na ponta dela. Ergui os braços quando ele segurou a camiseta e a puxou para cima, me deixando apenas de calcinha. Observei ele tirar a jaqueta, antes de se inclinar e beijar meus lábios, me empurrando até que nós dois estivéssemos deitados, com ele sobre mim.

Cold se afastou só um pouco, tentando abrir os botões da camisa, mas se atrapalhando por conta do curativo na mão. Soltei uma risada, agarrando a camisa dele e a puxando por cima da sua cabeça, o que arrancou uma risada dele também. Logo eu já estava jogando a camisa no chão e Cold já estava se deitando sobre mim, devorando minha boca com seus lábios.

O calor se espalhou pelo meu corpo em uma onda que estremeceu todos os meus músculos. Cada beijo e toque de Cold era um combustível para me deixar na beira do abismo, desesperada por conseguir ainda mais contato dele. Suas mãos deslizaram pelo meu corpo, causando um arrepio delicioso que me arrancou um gemido, antes de Cold se abaixar e tirar minha calcinha.

Dessa vez ele não se preocupou em apagar a luz quando ficou de pé, me observando completamente nua no meio da sua cama. Eu estava vermelha dos pés a cabeça, com o peito subindo e descendo com força, queimando de ansiedade. Mas Cold me encarou como se eu fosse realmente linda. Como se eu fosse a única coisa que importava pra ele. Aquilo me deixava sem fôlego. Me deixava transbordando.

O observei abrir a calça, antes de tirar o restante das roupas muito lentamente, fazendo questão que eu visse absolutamente tudo dessa vez. Já havia sentido o corpo nu de Cold. Mas vê-lo de pé na ponta da cama, mostrando não só seu corpo, mas tudo que ele escondia dentro de si, ia além de qualquer coisa que eu já sentia por ele. Mesmo com o curativo aonde havia levado o tiro, ele era perfeito. Cada músculo e cada parte cuidadosamente desenhada como uma estátua de um Deus grego.

—O que foi? —Cold se aproximou da cama, enquanto eu me sentava, agarrando o lençol com força, para controlar tudo que eu estava sentindo.

—Você é lindo. —Afirmei, sentindo meu coração derreter dentro do peito quando Cold sorriu. Um sorriso tão bonito que iluminou todo seu rosto e deixou suas bochechas vermelhas.

Mas o que me chamou mais atenção, foi a tatuagem rabiscada entre o ombro e o início do seu braço direito. Cold ficou de joelhos na cama, percebendo que eu estava olhando pra ela. Engoli em seco quando ele ficou sobre mim, enquanto eu permanecia meio sentada na cama, com as mãos sobre o colchão, segurando meu tronco erguido.

—O que significa? —Indaguei, sabendo que aquela tatuagem tinha mais significado do que aparentava ter. Era uma única palavra, seguida de um desenho de uma peça de xadrez. O rei. A peça que sempre estava presente nas pichações do Traidor.

Xeque-mate é a expressão que usamos em um jogo de xadrez, quando vamos colocar fim a partida. —Cold sussurrou, trazendo o rosto para perto do meu, até seus lábios roçarem na ponta do meu nariz. —Quando o rei não tem mais para onde fugir.

Abri um sorriso quando Cold envolveu minha cintura, grudando o peito contra os meus seios, antes de me puxar para um beijo. Abracei os ombros dele, devorando os lábios dele da mesma forma que ele costumava fazer comigo, enquanto ele se sentava na cama e me deixava montada em seu colo. Aproveitei a posição para deslizar minhas mãos pela sua pele, sentindo o calor do corpo dele, que parecia ferver contra o meu.

—Você também é linda. —Cold sussurrou, me arrancando um sorriso, enquanto eu me inclinava e beijava aquela tatuagem.

Aquela parte de Cold que eu não sabia que existia, mas que agora estava ali e eu amava igualmente, como todas as outras partes dele. Beijei aquela tatuagem por vários segundos, antes de segurar o rosto de Cold e beijar os lábios dele, deixando o mundo lá fora se tornar um sussurro de escuridão enquanto eu estava com ele.

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