Capítulo 25-Você o encontrou?

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Pov normal

Na casa de Mike, havia um ar de preocupação velado, todos pensavam que algo grave acontecera com (S/n), mas ninguém tinha sequer coragem de comentar a situação.

Mike já cogitava chamar a polícia, afinal ela havia saído pela manhã e já começava a anoitecer e a mulher ainda não havia retornado. Amber por sua vez tentava manter um certo otimismo, mesmo com medo do pior, ela tentava convencer a si mesma de que logo (S/n) voltaria. Violet e Vincent compartilhavam o mesmo sentimento, algo próximo ao luto, pois ambos acreditavam que sua mãe, assim como seu pai, não voltaria mais.

A única que estava despreocupada era Vanessa, a menina desenhava na mesa de centro da sala, totalmente alheia a preocupação dos mais velhos.

Michael entrou na sala correndo com a impressão de ter ouvido o som da porta se abrindo, mas não havia ninguém ali, apenas Vanessa que pintava seu desenho totalmente concentrada no zig zag que o giz de cera fazia sobre o papel.

Mike soltou um suspiro profundo ao notar que o ruído era fruto de sua mente ansiosa. A menininha olhou para seu pai por um breve momento, e logo voltou a rabiscar a folha de papel, e assim ela disse.

-Papai, não fique assim... A (S/n) saiu para brincar com o Sr. Coelho.

Michael olhou para sua filha, atônito com as palavras da menina. Como ela sabia que (S/n) havia ido atrás de William?

Antes que o homem pudesse questionar a garotinha, o carro de (S/n) parou diante da casa, fazendo com o que Mike se sentisse aliviado.

Ao ouvirem o som característico do carro da mãe , Violet e Vincent correram em direção a sala. Os irmãos pareciam duas crianças pequenas competindo pela liderança na corrida até o cômodo, depois de tantas horas longe de (S/n), os dois queriam apenas abraçá-la. Os gêmeos não se imaginavam longe da mãe de forma alguma, (S/n) sempre fez o seu melhor para criar os filhos e eles sabiam disso. Depois que Mike lhes contara a verdade sobre William, os gêmeos sentiam um sentimento ainda mais forte com relação à mãe.

A porta se abriu, revelando (S/n). A mulher mal teve tempo de pisar para dentro da casa, quando seus dois filhos se lançaram sobre ela em um abraço sincronizado.

-Mãe! Nós sentimos sua falta- Disse Vincent, lutando contra as lágrimas.

-Nunca mais faça isso... -Completou Violet em um tom choroso, longe de ser uma ordem, parecia mais uma súplica.

A mulher abraçou os filhos com força.

-Shhh, está tudo bem, eu estou de volta... eu só precisava de um tempo, mas agora já está tudo bem...-Disse (S/n) de forma doce enquanto acariciava as costas dos filhos.

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Quando todos já estavam mais calmos, (S/n) decidiu que seria o momento ideal para conversar com Mike sobre o seu encontro com William.

A mulher o encontrou do lado de fora da casa, sentado nos degraus que davam acesso a casa e com uma xícara de chá em suas mãos. Michael tinha um ar pensativo em seu olhar.

-Mike... podemos conversar?- Ela questionou, já sabendo que a resposta do homem seria um sim, acompanhado por um sorriso simpático.

Foi exatamente o que aconteceu.

-É claro. -ele sorriu.

Ela se sentou ao seu lado.

-Mike, você tinha razão -O olhar de (S/n) se perdeu no horizonte.

-Sobre o que? -Ele perguntou quase se engasgando com o chá.

-Sobre seu pai...-falou a mulher sem desviar o olhar de uma constelação qualquer.

-Você o encontrou?

(S/n) assentiu com a cabeça, finalmente encarando o rosto de Michael que estava com a boca entreaberta.

-Foi por isso que eu passei tantas horas longe de casa.- ela explicou.

-Então ele está realmente vivo... -Mike concluiu. -Mas como?

-Aparentemente ele usou aquela coisa de remanescentes em si mesmo, como você disse, mas William continua preso naquela roupa e parece ter se tornado um tipo de zumbi, ou múmia, com partes robóticas, quase como se ele e a fantasia fossem um só.

O homem ensaiou uma cara de nojo, mas logo sua expressão se tornou séria, Mike deu um gole na bebida quente e (S/n) mudou de assunto.

-Ele prometeu que viria me visitar essa noite...

Mike quase engasgou uma segunda vez e assim que se recuperou, ele a aconselhou.

-Acho melhor você tomar cuidado... nós não sabemos se esses remanescentes podem fazer mal.

(S/n) meneou com a cabeça, Michael tinha razão, nenhum dos dois sabia com que estavam lidando, aquela coisa que se dizia ser William poderia ter algum plano sombrio em mente, nenhum deles sequer sabia o que os remanescentes realmente faziam a longo prazo.

A mulher então decidiu contar seu plano para o enteado.

-Mike, eu estou decidida a conversar com ele... Vou tentar fazer com que ele se afaste de nós.

-Eu não sei se isso vai funcionar... ou você já esqueceu do que meu pai fez quando você pediu para que ele se afastasse?

As memórias retornaram como uma torrente na mente de (S/n), anos antes ela insistira para que William mantivesse distância, mas o homem não desistiu e acabou a conquistando novamente.

Ela sacudiu a cabeça lentamente em afirmação,Michael estava certo, independente do que ela falasse para o coelho, ele não desistiria em se aproximar.

-Sim, Mike, eu me lembro... -(S/n) suspirou- Mas eu não posso me relacionar com um cadáver...

Essa foi a vez de Mike concordar com a mulher.

-Você está certa... então fique atenta, ele pode aparecer a qualquer momento.

A conversa acabou ali, Mike e (S/n) continuaram ali, sentados, sentindo a brisa noturna enquanto cada um pensava em tudo o que estava acontecendo.

Now the purple rise- Springtrap X Reader (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora