Capítulo 31-Ligação

145 20 1
                                    

(S/n)'s pov

Eu estava na cozinha, ajudando Amber e Mike a organizar as coisas enquanto nós conversávamos sobre as crianças.

-(S/n)- Começou Amber- Como é ter gêmeos?

-É muito bom- Eu sorri para a mulher de cabelos loiros, sentia muito orgulho de meus filhos- mas no começo eles me deram trabalho... Eles choravam ao mesmo tempo para mamar e antes de aprenderem a falar, eu percebia que eles tinham criado uma língua própria, só dos dois, hoje em dia eu ainda acredito que eles têm uma conexão um com o outro.

Amber terminou de secar um prato e jogou o pano sobre o ombro e disse.

-Realmente deve ter sido difícil e trabalhoso, porque você passou por tudo isso sozinha.

Desviei o olhar e assenti.

-Você tem razão... O William fez muita falta nesses anos...

Nesse momento a nossa conversa foi interrompida pelo som do meu celular que ecoou na cozinha, o aparelho vibrava sobre o balcão.

-Se quiser atender, está tudo bem.- Disse Mike de forma educada.

Eu assenti para ele, pegando meu celular e caminhando em direção a sala.

-Alô?- Eu falei.

-Alô, (S/n). Sou eu, Thomas.

-Você de novo? Você não desiste mesmo... Eu já lhe disse que não quero mais saber de desculpas, você me traiu várias vezes -Eu ataquei, tentando não aumentar o volume de minha voz para não chamar atenção do casal na cozinha.

-(S/n), eu sei... Eu sei... Eu fiz merda, mas por favor, vamos tentar conversar... Não como namorados, mas sim como duas pessoas que se conhecem e que se dão bem, vamos sair como amigos...

Desliguei o telefone sem lhe responder e voltei meu corpo, em direção a cozinha, foi quando me deparei com o olhar curioso de Mike.

-Aconteceu alguma coisa, (S/n)?

-Não, Mike... Está tudo bem agora...- Eu tentei desviar o assunto, mas ele insistiu, com a mesma preocupação que tinha comigo anos atrás.

-Você não parecia nada bem falando ao telefone. Quem era?

Suspirei.

-Era só uma pessoa sem importância...

Mike não se convencera da minha resposta, mas ele parou de insistir e voltou para a cozinha para terminar de lavar as louças.

Nesse instante meu telefone tocou novamente e eu mais uma vez atendi, mas dessa vez estava ciente de quem ligava.

-Thomas, eu já lhe disse que não quero mais conversar com você.

Do outro lado a voz do homem soava triste.

-(S/n), por favor, me dê uma chance... Eu viajei até Hurricane atrás de você...

Quando Thomas mencionou a cidade, senti meu coração disparar. Como ele sabia que eu estava lá?

-Você fez o que?

Ele repetiu.

-Eu viajei até Hurricane...-O homem suspirou antes de disparar em um tipo de choro- E fiz isso por você, por que estou disposto a tudo por você, (S/n) por favor me escute...Vamos nos encontrar e resolver tudo isso... Pense nos seus filhos, quando eu estava ao seu lado, eles tinham uma figura paterna que nunca tiveram na vida...

-Thomas... -soltei, o fazendo parar de falar. -Está bem... está bem... nós podemos nos encontrar, mas não pense que será um encontro.

-Tudo bem, (S/n). -Ele ainda falou onde queria me encontrar e que horas estaria lá, eu assenti e desliguei o telefone, sentindo uma dose de culpa, não era justo com William que eu saísse com outro homem, afinal após longos onze anos, nós finalmente havíamos nos reencontrado, mesmo que não pudéssemos ficar juntos como no passado, William continuaria próximo de mim de alguma forma. E como eu mesma havia falado para Thomas aquilo não seria um encontro, eu apenas queria deixar claro que não estava interessada em um relacionamento com o homem.

Now the purple rise- Springtrap X Reader (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora